Nos últimos anos, é cada vez maior o número de pessoas que investem em títulos públicos, justamente pela simplicidade e acessibilidade desse tipo de aplicação. Mesmo assim, ainda tem gente que comete erros no Tesouro Direto que podem comprometer muito a rentabilidade do investimento.
Erros no Tesouro Direto: conheça 4 dos mais comuns
Pensando nisso, relacionamos cinco dos principais equívocos que muitos cometem ao investir nesses títulos. Portanto, para não tomar decisões erradas que possam sacrificar a rentabilidade da sua carteira, leia com atenção o conteúdo a seguir!
1 – Não saber as diferenças entre os títulos
Esse é um dos erros no Tesouro Direto que ocorrem com mais frequência entre os investidores.
Nesse sentido, algumas pessoas pensam que, pelo fato de o emissor desses títulos ser o governo federal, não há diferenças entre eles. No entanto, cada título tem as suas peculiaridades e serão mais ou menos adequados dependendo do objetivo do investimento e do cenário econômico.
Em relação à remuneração, existem três tipos de Tesouro Direto: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+. Por exemplo, se você está em busca de títulos públicos para a reserva de emergência, a única opção é o Tesouro Selic. Isso porque esse é o único entre os títulos do Tesouro que tem liquidez diária em D+1. Em outras palavras, se você solicitar o resgate hoje, amanhã o dinheiro estará na sua conta.
Já se o seu objetivo for investir para o longo prazo, então pode pensar no Tesouro Prefixado e no Tesouro IPCA+. Porém, para escolher em qual deles colocar o seu dinheiro, é preciso antes avaliar o cenário e as perspectivas para a economia, conforme veremos a seguir.
2 – Não avaliar o cenário econômico antes de investir
Agora que conhecemos os três tipos de Tesouro Direto e já sabemos que o Tesouro Selic é a única opção para o curto prazo, é hora de entendermos a diferença entre os outros dois.
Como o nome diz, no Tesouro Prefixado você já sabe o quanto o título irá render no momento da aplicação. Ou seja, a taxa é fixa, independentemente do que acontecer com os juros durante o período em que o dinheiro estiver investido.
O Tesouro Prefixado deve compor a parte da carteira que você destina ao longo prazo, pois ele tem vencimento mínimo de três anos. Além disso, ele é mais interessante em momentos em que o cenário econômico aponta para uma tendência de queda nos juros. Por outro lado, se a sinalização do Banco Central é de aumento da Selic, faz mais sentido investir em um título pós fixado, ou seja, que acompanhe os movimentos da taxa básica de juros.
Já o Tesouro IPCA+ possui parte dos rendimentos atrelados a uma taxa anual fixa e a outra parte ao IPCA, principal índice de inflação do Brasil. Por isso, ele é uma boa alternativa em momentos de alta dos preços, para proteger o seu dinheiro da inflação. Lembrando que, a exemplo do Tesouro Prefixado, esse título também é um investimento de longo prazo.
Perceba o quanto é importante estar sempre bem informado sobre o que acontece na economia. E isso não vale só para possíveis erros no Tesouro Direto, mas também para vários outros investimentos. Lembre sempre disso!
3 – Não observar a forma de pagamento dos juros
Além da forma de remuneração, outro ponto que diferencia os títulos públicos de longo prazo é a forma de recebimento dos juros. Nesse sentido, tanto o Tesouro Prefixado quanto o Tesouro IPCA+ podem pagar juros semestrais ou somente no seu vencimento.
Sem dúvida, é muito atrativo ver periodicamente juros entrando na conta, não é mesmo? No entanto, se o seu principal objetivo é formar reservas para o longo prazo, o melhor é não mexer nesses recursos pelo maior tempo que você puder.
Quando você recebe juros semestrais, o montante total investido acaba reduzindo. Dessa forma, você não consegue aproveitar totalmente o poder multiplicador dos juros compostos sobre os seus recursos. Por isso, o Tesouro Direto com juros semestrais é mais indicado quando o principal objetivo é a renda passiva com investimentos. Normalmente, isso faz mais sentido quando as pessoas já têm uma boa reserva para o longo prazo.
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4 – Resgatar antecipadamente o título
Exceto pelo Tesouro Selic, que tem liquidez diária, nos outros tipos de Tesouro Direto a rentabilidade só é garantida quando você fica com o título até o vencimento.
Nesse sentido, você até pode resgatar o Tesouro Prefixado ou IPCA+ antes da data contratada. No entanto, dependendo das condições de mercado, é possível que você tenha dificuldades para fazer isso, ou mesmo precise sacrificar o seu rendimento.
Imagine a seguinte situação: você adquiriu hoje um Tesouro Prefixado com vencimento em cinco anos, que paga 12% ao ano. Daqui a um ano, a inflação se agrava e o Banco Central decide subir os juros para conter a alta dos preços, e faz isso por meses seguidos. Tempos depois, no segundo ano que você está com o título, você tem um imprevisto financeiro e precisa resgatá-lo. Nesse caso, precisará negociá-lo no mercado secundário, pois o emissor do título (que é o governo federal), não o comprará de você antes da data acordada.
Com os juros em alta, os títulos prefixados que foram emitidos depois do seu oferecem rendimentos maiores. Isso significa que acaba não sendo tão atrativo se comparado aos títulos mais novos. para os investidores. É claro que o contrário também pode acontecer. Ou seja, os juros podem cair, e isso poderia lhe beneficiar em uma venda antecipada. Mas esse é um risco que não vale a pena correr, e é por isso que se deve evitar o resgate antecipado do Tesouro Direto de longo prazo.
Esses são alguns dos principais erros no Tesouro Direto que fazem muitas pessoas perderem dinheiro. Se você ainda tem dúvidas sobre esse assunto, ou sobre outros temas ligados a investimentos, que tal contar com uma curadoria de investimentos? Na Terra, temos uma das equipes mais especializadas e experientes do mercado financeiro. Abra já a sua conta e conheça os nossos serviços!