Entenda por que o Brasil está entre os maiores produtores mundiais de alimentos

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra cientista de um dos países maiores produtores mundiais de alimentos
Imagem mostra cientista de um dos países maiores produtores mundiais de alimentos

A cada ano, o Brasil vem consolidando sua posição entre os maiores produtores mundiais de alimentos. Em 2021, nosso agronegócio registrou os seguintes marcos importantes:

  • – liderança mundial na exportação de soja (91 milhões de toneladas);
  • – terceiro maior produtor de milho e feijão (105 milhões e 2,9 milhões de toneladas, respectivamente);
  • – liderança mundial no açúcar (mais de um terço da produção mundial é brasileira);
  • – maior exportador de carne bovina (2,5 milhões de toneladas).

Esses dados fazem parte do estudo “O Agro no Brasil e no Mundo – edição 2022” de autoria do pesquisador Elisio Contini e do analista Adalberto Aragão, ambos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O levantamento apontou ainda que, mesmo em culturas de representatividade menor, mas com produção estável – como o trigo, por exemplo – a expectativa é de que se reduza a dependência das importações com o aumento da produção nos próximos anos.

Em relação à produção de frutas, o Brasil ocupa hoje o terceiro lugar, com 58 milhões de toneladas, o que representa 5,4% da produção internacional. Atualmente, estamos somente atrás da China e Índia, e existe grande potencial de crescimento, pois nossa exportação desses itens ainda é insipiente.

E o que explica o destaque do Brasil entre os maiores produtores mundiais de alimentos?

De acordo com o presidente da Embrapa, Celso Moretti, os bons resultados brasileiros são fruto de décadas de investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia.

“Trata-se de um esforço contínuo e que não pode parar. No ano passado, lançamos a soja BRS 539, resistente à ferrugem asiática e ao percevejo. Além disso, lançamos um bioinseticida que controla a lagarta-do-cartucho e é inofensivo a outros seres, um avanço importante para as culturas do milho e da soja. Ainda elaboramos o protocolo Carne Baixo Carbono, que, ao lado do Carne Carbono Neutro (também fruto de pesquisa), responde a uma demanda de países compradores da carne brasileira: a garantia de procedência de um sistema sustentável de produção. São apenas três exemplos recentes entre dezenas de soluções da pesquisa que ajudam o Brasil a manter e expandir seu protagonismo no agro”, explica Moretti.

Necessidade de investimento constante em tecnologia

O presidente da Embrapa destaca os constantes desafios da agropecuária, devido ao dinamismo do setor. Nesse sentido, alterações climáticas, ocorrência de novas doenças, demanda por aumento da produção, exigência permanente de sustentabilidade são questões que demandam soluções que somente um sistema bem estruturado pode atender.

“As instituições estaduais de pesquisa, as universidades e a Embrapa atuam para dar seguimento aos avanços na produção de alimentos. São dos laboratórios e campos experimentais que saem as soluções de que o agro precisa para crescer e produzir”, Observa Moretti.

Atualmente, o Brasil exporta para mais de 200 mercados em todo o mundo. Segundo o presidente da Embrapa, isso foi conquistado pela ciência e pelo agricultor brasileiro, que teve determinação e coragem de investir em um setor que se tornou um dos mais pujantes da economia brasileira.

A crescente necessidade de investimento no agro tem promovido o aumento de startups focadas nesse segmento no Brasil. Em 2021, as agtechs – nome dado às startups do agronegócio, cresceu 8%, chegando a 1,7 mil empresas em território nacional.

Compromisso do Brasil com a alimentação mundial

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2030 o planeta deverá ter algo entre 8,5 bilhões de pessoas. Esses mesmos dados indicam que, exceto pela Europa, os demais continentes terão incremento da população, um maior processo de urbanização e, em alguns lugares, aumento da longevidade e mais concentração de renda.

Todo esse cenário aponta para um aumento da demanda na ordem de 35% para alimentos, 40% para energia e cerca de 50% para água. Segundo Moretti, com as tecnologias disponíveis e os prováveis investimentos em ciência, tecnologia e inovação agropecuária, o Brasil continuará tendo papel extremamente importante até 2030.

O dirigente da Embrapa também observa que as cinco décadas recentes de inovação agropecuária no Brasil tiraram o país da condição de importador de alimentos e o alçaram à posição de grande exportador e gerador de tecnologias. Além disso, destaca que o agronegócio brasileiro atua forte e seriamente na preservação do meio ambiente.

“O Brasil só chegou a esta situação porque investiu em ciência, tecnologia e inovação agropecuária”, afirma o presidente da Embrapa.

(Fonte: Embrapa)

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