Custos da previdência privada: o que você deve saber para escolher o melhor plano

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra mulher calculando os custos da previdência privada
Imagem mostra mulher calculando os custos da previdência privada

Seja para complementar a aposentadoria, ou para outras formas de planejamento financeiro, o fato é que os planos de previdência privada têm sido cada vez mais procurados pelos brasileiros de forma geral. Por isso, é muito importante conhecer os detalhes desse investimento, e, entre eles, estão os custos da previdência privada.

A seguir, mostraremos quais são esses custos e como eles podem afetar os rendimentos da aplicação. Dessa forma, você saberá o que avaliar para tomar a melhor decisão na hora de escolher o seu plano de previdência privada. Continue a leitura e confira!

Quais são os custos da previdência privada?

Aqui, estamos falando basicamente sobre dois aspectos: as taxas da previdência privada e o tipo de tributação. Acompanhe.

Taxas da previdência privada

De forma geral, são três tipos de taxas que incidem (ou podem incidir) sobre os fundos de previdência privada: a taxa de administração, a taxa de performance e a taxa de carregamento. Entenda como funciona cada uma delas.

Taxa de administração

A taxa de administração serve para remunerar o trabalho do gestor e do administrador do fundo de previdência. Ela é uma taxa fixa, que incide sobre o patrimônio total do fundo. Embora seja expressa em percentual ao ano, o seu desconto ocorre de forma diluída, todos os dias úteis do ano.

Diferentemente da taxa de performance (que veremos a seguir), a taxa de administração é relacionada ao valor investido no fundo. Isso significa que a sua incidência e recolhimento não dependem do rendimento da previdência.

Taxa de performance

Já a taxa de performance, como o nome diz, é um valor cobrado sobre o desempenho do fundo. Nesse sentido, ela funciona como uma recompensa ao gestor que conseguiu superar o benchmark da aplicação, correspondendo a um percentual sobre o valor que ultrapassar o índice de referência.

Por exemplo, imagine que a taxa de performance de um fundo de previdência seja 20%, e que o seu referencial seja o CDI. Em um determinado ano, o rendimento desse fundo foi de 130% do CDI. Dessa forma, a taxa de performance incidirá somente sobre o que ficou acima do índice, ou seja, sobre os 30%.

Nem todos os fundos possuem taxa de performance, pois normalmente ela é cobrada na gestão ativa. Nessa estratégia, o objetivo é justamente superar o índice de referência, o que, teoricamente, demanda mais trabalho do gestor.

Para saber mais sobre gestão ativa e gestão passiva, clique no link abaixo:

Taxa de carregamento

A taxa de carregamento nos fundos de previdência incide sobre cada movimentação financeira, que pode ser de entrada e/ou saída. Ao contrário da taxa de performance, ela não é cobrada sobre os rendimentos, mas somente sobre o valor principal do fundo.

Além dos aportes e resgates, essa taxa também pode incidir sobre a portabilidade da previdência. Ou seja, quando o cliente decide mudar a instituição que faz a gestão do fundo.

Basicamente, a taxa de carregamento serve para cobrir custos como corretagem, despesas administrativas e outros para comercializar o plano. No entanto, nem todas as instituições a cobram e, por isso, vale sempre observar o seu impacto na rentabilidade do fundo.

Tipo de tributação na previdência privada

Além de optar pela modalidade certa de previdência privada, outro cuidado que o investidor precisa ter é na escolha do tipo de tributação. Nesse sentido, existem duas tabelas de tributação: a progressiva e a regressiva.

A tabela progressiva da previdência privada é a mesma aplicada aos salários. Ou seja, quanto maior a renda declarada no IR (incluindo o valor resgatado da previdência, maior será o valor do imposto cobrado.

Atualmente, as faixas de renda e alíquotas da tabela progressiva são as seguintes:

Renda mensalAlíquota IR
Até R$ 1.903,98Isento
De R$ 1.903,99 a R$ 2.826,657,5%
De R$ 2.826,66 a R$ 3.751, 0515%
De R$ 3.751,06 a R$ 4.664,6822,5%
Acima de R$ 4.664,6827,5%

Já na tabela regressiva, as alíquotas do imposto começam em 35% para as contribuições feitas em até dois anos. Depois disso, reduzem cinco pontos percentuais a cada dois anos, até chegar à menor alíquota de 10%:

Veja agora os prazos e alíquotas da tabela regressiva:

Prazo da aplicaçãoAlíquota IR
Até 2 anos35%
De 2 a 4 anos30%
De 4 a 6 anos25%
De 6 a 8 anos20%
De 8 a 10 anos15%
Acima de 10 anos10%

Perceba que, na tabela regressiva, as alíquotas reduzem gradualmente ao longo do tempo. Por isso, se você for escolher esse tipo de tributação, é importante ter certeza de que os recursos ficarão aplicados por um prazo mais longo. Porém, se há dúvidas quanto a precisar do dinheiro antecipadamente, é melhor optar pela tabela progressiva. Caso contrário, o IR sacrificará o rendimento do seu investimento.

Outro ponto a observar são restrições em relação à mudança de plano. Isso porque, se você optar pela tabela progressiva, poderá migrar posteriormente para um plano de previdência com a tabela regressiva. No entanto, se a tributação for regressiva, não poderá haver migração para um plano com tabela progressiva.

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