Recentemente, o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgou que a probabilidade de ocorrência do fenômeno El Niño em 2023 é de 75%. E, segundo, o NOAA (administração nacional oceânica e atmosférica dos EUA), de novembro/23 a janeiro/24, a estimativa é de quase 90%.
Segundo a Wikipédia, Os fenômenos El Niño são alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima. Estes eventos modificam um sistema de temperaturas do oceano Oscilação Sul e, por essa razão, são referidos muitas vezes como ENOS (El Niño Oscilação Sul). Seu papel no aquecimento global é uma área de intensa pesquisa, ainda sem um consenso.
Esses fenômenos ocorrem regularmente, em intervalos de 2 a 7 anos (média de 3 a 4 anos), sendo que os eventos anteriores mais recentes foram:
- – 2002-2003: intensidade moderada
- – 2004-2005: fraca intensidade
- – 2006-2007: forte intensidade
- – 2009-2010: intensidade moderada
- – 2015-2016: forte intensidade
- – 2018-2019: fraca intensidade
Estima-se que o El Niño deverá provocar um rombo de US$ 3 trilhões na economia global até 2029.
Impactos do El Niño na agricultura brasileira segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
Região Sul: excesso de chuvas (fim do inverno e primavera)
Sugestões ao produtor:
- – Manejo de solo para chuvas volumosas;
- – Diversificação de épocas de semeadura, dentro do calendário do ZARC;
- – Uso de cultivares de ciclos diferentes;
- – Monitoramento das lavouras e medidas de proteção fitossanitárias;
- – Rotação de cultura;
- – Não procrastinar a colheita.
Regiões Sudeste e Centro-Oeste: temperaturas mais altas e pancadas de chuvas (primavera e verão)
Sugestões ao produtor:
- – Manejo de solo para chuvas intensas;
- – Monitoramento das lavouras e medidas de proteção fitossanitárias;
- – Ações como curvas de nível para evitar erosão de solo.
Regiões Norte e Nordeste: déficit de chuvas a partir de 2024
Sugestões ao produtor:
- – Prever o impacto da estiagem na agricultura;
- – Manejo de solo para períodos de seca;
- – Monitoramento das lavouras e medidas de proteção fitossanitárias;
- – A irrigação pode ser um diferencial interessante nesta futura safra
Possíveis impactos do El Niño em cada commodity negociada na B3
Café
Quando há El Niño, a produção de café reduz 5% em média, pois o fenômeno provoca um inverno mais quente, o que prejudica a florada e o desenvolvimento vegetativo. Com menor produção e demanda constante, espera-se alta nos preços do café.
Açúcar e Etanol
Se o El Niño tiver forte intensidade, o inverno poderá ser mais úmido. Se isso acontecer, será mais difícil moer a cana, e a concentração de sacarose na planta ficará menor. Caso haja reflexo na disponibilidade da cana, espera-se alta nos preços do açúcar e etanol.
Milho e Soja
O maior volume de chuvas é benéfico para a safra de milho de inverno nos estados de MT e GO, e também favorece a safra de soja no sul do país. No entanto, a umidade em excesso pode prejudicar a soja no Centro-Oeste, onde o tempo é mais seco. Caso haja aumento na produção destes grãos, espera-se redução nas cotações, desde que a demanda se mantenha no mesmo patamar.
Proteínas
Se a chuva realmente vier e a produção de grãos aumentar, espera-se redução no custo da ração para os produtores de frango, suínos e confinadores. Com a chuva ampliando a área de pastagem, a oferta de gado bovino também aumenta e, com isso, espera-se uma redução nos preços, caso sejam mantidas as demandas interna e externa.
Orientações gerais ao produtor
De forma geral, a orientação é investir em tecnologia, bom manejo e orientação técnica
Quanto à orientação técnica, a Terra Investimentos pode prestar assessoria de qualidade nos seguintes quesitos:
Seguros
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