Gerdau (GGBR4): com menos vendas, lucro desaba no 4T22

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra logo da Gerdau (GGBR4)
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A Gerdau (GGBR4) reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,33 bilhão no 4° trimestre de 2022 (4T22), resultado 61,7% inferior ao do mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o resultado líquido somou R$ 11,59 bilhões contra R$ 13,87 bilhões em 2021, queda de 16,5%.

No 4T22, a produção e a venda de aço também diminuíram, o que é uma tendência histórica do último trimestre do ano. No entanto, segundo a empresa, as eleições no Brasil e a Copa do Mundo potencializaram essa sazonalidade, o que fez com que a produção de aço recuasse 12,6% (fechando em 2,9 milhões de toneladas), e as vendas, 15,6% (2,6 milhões de toneladas) na comparação com o último trimestre de 2021.

“O nível de utilização da capacidade de produção em 68% reflete a sazonalidade esperada para o trimestre, principalmente no mercado interno da ON Brasil e ON América do Norte, além das paradas programadas de manutenção em algumas unidades da companhia, típicas desta época do ano”, explicou a Gerdau.

Em 2022, as vendas de aço atingiram 11,9 milhões de toneladas, queda de 6,4% em relação a 2021. Porém, a empresa destaca a gradual retomada do setor automotivo e a resiliência da construção e indústrias, setores que atende.

No 4T22, a receita líquida totalizou R$ 17,96 bilhões, queda de 16,7% na comparação com o último trimestre de 2021, devido aos fatores já explicados. Já no acumulado do ano, o indicador alcançou R$ 82,41 bilhões, alta de 5,2% em relação aos doze meses de 2021, devido à demanda resiliente nos principais mercados de atuação da companhia.

Já o custo de produção (CPV) cresceu 10,7% em 2022, principalmente por causa dos energéticos e redutores (carvão, gás natural e coque). Além disso, os custos das ligas metálicas também aumentaram em 24%, principalmente nas operações da América do Norte e Aços Especiais.

Dessa forma, o lucro bruto no 4T22 foi de R$ 2,92 bilhões, inferior em 43,5% na comparação com o 4° trimestre de 2021. No acumulado de 2022, o indicador somou R$ 18,75 bilhões, queda de 9,9% frente ao ano anterior, impactado também pelas vendas, cujo aumento no ano não foi suficiente para diluir os custos maiores.

O EBITDA ajustado do 4T22 foi de R$ 3,63 bilhões contra R$ 5,98 bilhões em igual período do ano anterior, queda explicada pelos motivos acima. Já a margem EBITDA ajustada ficou em 20,2%, 5,2 pontos percentuais abaixo do último trimestre de 2021.

No acumulado de 2022, o EBITDA alcançou R$ 21,5 bilhões, 7,4% abaixo de 2021, e a margem EBITDA fechou em 26,1% (-3,5 p.p. no comparativo anual).

Ao final de 2022, a posição de caixa era de R$ 5,4 bilhões, resultando em uma dívida líquida de R$ 7,17 bilhões, valor praticamente em linha com o de dezembro de 2021, e dívida líquida/EBITDA em 0,33x.

“Contribuiu para o aumento do endividamento líquido o pagamento dos expressivos dividendos declarados no 3T22, que totalizaram R$ 3,6 bilhões de reais”, declarou a Gerdau.

Sobre o perfil da dívida, a companhia informa que 75% do total vencem no longo prazo (prazo médio de 7,4 anos), com custo médio de 7,5% ao ano.

Pagamento de dividendos

Em 28 de fevereiro, o conselho de administração da Gerdau aprovou a distribuição de R$ 332,7 milhões em dividendos (R$ 0,20 por ação). O pagamento ocorrerá a partir de 23 de março de 2023, com base na posição de ações em 14 de março de 2023. A data ex-dividendos será no dia 15 de março de 2023.

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