Semana morna com ansiedade e preparação para volatilidade

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Imagem mostra mulher calculando a dívida líquida de uma empresa
Imagem mostra mulher calculando a dívida líquida de uma empresa

A temporada de balanços, em seu início, e as expectativas sobre as eleições dividiram a atenção dos investidores na última semana antes do pleito que definiria o presidente do país pelos próximos quatro anos. O cenário desenhado pelas pesquisas eleitorais serviu como base para o mercado em uma semana de reajuste de expectativas sobre ativos listados em bolsa diante das políticas públicas que podem ser implementadas no próximo governo. Após tanto receio, os investidores internacionais retornam lentamente aos ativos de risco com desenvolvimento da economia americana e clima político ameno na Europa, enquanto a China desferiu um grande golpe no mercado de commodities.

Cenário Brasileiro

Às vésperas das eleições presidenciais, os investidores se escoraram nas pesquisas para definir em quais ativos iriam se posicionar, dando preferência aqueles que se beneficiariam independente do candidato escolhido como o presidente para o próximo mandato. Os balanços divulgados, e expectativas para aqueles que ainda não foram, serviram como catalisadores tanto para a valorização quanto para a desvalorização de empresas listadas. Dando destaque para a Weg, que se mostrou resiliente em meio à debilitada demanda internacional, apresentando um bom resultado. A Vale e a Usiminas, por outro lado, demonstraram que as metálicas não devem conseguir desvencilhar seus resultados do adverso cenário. A decisão do Banco Central sobre manutenção da taxa básica de juros, em linha com o esperado, passou despercebida.

Cenário Internacional

Temendo o pior, investidores reagiram positivamente ao crescimento acima do projetado para a economia americana, que afasta – pelo menos por enquanto – a perspectiva de que os EUA estaria a caminho de uma recessão profunda. Mas isso também significa que os juros devem continuar subindo no país, a exemplo da zona do euro, que novamente tornou sua política monetária mais restritiva a fim de conter a inflação crescente no continente. Após a flexibilização em algumas regras de combate à Covid-19, muitos investidores passaram a acreditar que a retomada da segunda maior economia do mundo estava no horizonte. Entretanto, diante da nova escalada de casos da doença em grandes cidades, o governo chinês ampliou as restrições, uma decisão que afetou os mais otimistas dos investidores.

Na Carteira Semanal Top 5 não realizamos nenhuma alteração nessa semana.

Em 12 Meses, a Carteira apresenta uma valorização de 30,77% ante o Ibovespa com alta de 7,78%.

Confira o que foi Manchete na semana:

Internacional

– PIB americano registra alta anualizada de 2,6% no terceiro trimestre de 2022, segundo a primeira leitura efetuada pelo Departamento de Comércio. Presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que o resultado é um indício de que a recuperação econômica do país segue avançando.

– BCE decidiu por aumentar a taxa básica de juros em 75 pontos-base, em linha com o esperado. Presidente da instituição, Christine Lagarde, afirmou que os juros podem ter que subir além da normalização monetária.

– Alemanha apresenta dificuldade em leiloar títulos de dívida pública a fim de cobrir pacote de 200 bilhões de euros em medidas para conter efeitos da crise inflacionária.

– Rishi Sunak, ex-secretário do Tesouro de Boris Johnson, foi apontado como o primeiro-ministro do Reino Unido, após receber mais de 100 declarações de apoio no Parlamento, o que torna a votação aberta entre os filiados do Partido Conservador desnecessária.

– Elon Musk finaliza compra do Twitter por US$ 44 bilhões, dirigentes e conselheiros foram demitidos, as negociações do papel em bolsa estão suspensas, Musk planeja fechar o capital da companhia.

Nacional

– Em decisão unânime, COPOM decidiu por manter a taxa de juros brasileira, a Selic, em 13,75% ao ano. Segundo comunicado do comitê, o nível está adequado para lidar com as incertezas sobre a economia brasileira.

– Ministro da Economia, Paulo Guedes, destaca garantir o Auxílio Brasil no próximo mandato como a “prioridade absoluta” do governo. Para financiar a medida, o primeiro objetivo seria aprovar a tributação de lucros e dividendos.

– Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, num eventual novo governo, irá negociar com o congresso a extinção do orçamento secreto. Segundo o mandatário, o congresso, que agora se mostra muito mais pró-governo, permitiria que o projeto fosse revisto.

– Datafolha apontou Lula (PT), com 49% das intenções de voto, liderando a corrida pelo Palácio do Planalto, ante 44% de Bolsonaro (PL). Lula acabou ganhando a disputa com pouco mais de 50% dos votos válidos na eleição mais disputada da história.

– Taxa de desemprego cai de 8,9% em agosto para 8,7% em setembro, conforme a Pnad Contínua de elaboração do IBGE. O resultado está em linha com o projetado pelo mercado e é a menor taxa já registrada em um mês de setembro.

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