Novo ciclo da Selic: veja por que o mercado espera uma alta

Tempo de leitura: 2 minutos

Ciclo da Selic

Nesta terça, 17 de setembro, iniciou a sexta reunião do Copom de 2024, e a expectativa do mercado é de que inicie um novo ciclo da Selic, com os juros aumentando pela primeira vez desde agosto de 2022.

A maioria dos analistas do mercado espera que a Selic suba 0,25 ponto percentual, atingindo 10,75% ao ano. Essa também é a opinião do time de economistas da Terra Investimentos, devido basicamente à evolução dos fundamentos da economia e às incertezas em relação à condução da política monetária com a nova composição do Copom.

A seguir, veja o que mais pensam os nossos economistas sobre o atual cenário econômico.

A que se deve o provável novo ciclo da Selic?

Desde a última reunião do Copom, quatro fatores se sobressaíram no cenário econômico:

1 – Redução da incerteza em torno da política monetária dos EUA e do cenário de soft landing (desaceleração gradual do crescimento econômico, para evitar uma recessão).

2 – Atividade doméstica mais forte, mas que demonstra um crescimento desbalanceado. Isso porque o impulso veio da política fiscal, e foi compensado parcialmente por uma forte contração da demanda externa.

3 – O quadro de desancoragem das expectativas persiste.

4 – Embora as perspectivas para a inflação sejam favoráveis, existem preocupações que deterioram o cenário de curto prazo, como incertezas climáticas e o efeito das variações da taxa de câmbio sobre os preços.

De acordo com nossos economistas, tudo isso pode contribuir para que inicie um novo ciclo de alta da Selic. Entre os fatores listados, predomina a influência da condução da política monetária do Banco Central, considerando principalmente a redução da incerteza quanto à desaceleração gradual da economia norte-americana e os efeitos da desvalorização cambial ocorrida no primeiro semestre deste ano.

A equipe da Terra avalia que os desequilíbrios parecem ter aumentado desde a última reunião do colegiado. Em especial, há preocupação com a demanda doméstica, que está crescendo muito acima do PIB potencial, ao mesmo tempo que existe uma forte contração da demanda externa.

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Outros fatores importantes

Outro fator de preocupação são as expectativas de inflação desancoradas, distantes aproximadamente 50 pontos-base da meta desde o início deste ano.

Como fator positivo, temos o IPCA de agosto, que caiu 0,02% – a primeira taxa negativa em 2024 – influenciado por serviços. No entanto, essa queda foi pontual, e será preciso mais tempo para ver se realmente se sustentará. Segundo os economistas da Terra, isso parece pouco provável, devido ao elevado aquecimento do mercado de trabalho.

Nos próximos meses, a situação climática do Brasil também deve impactar os preços dos alimentos, das tarifas de energia e da produção industrial. Isso tudo é preocupante, pois contribui para o aumento da inflação.

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

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