Na Carteira Semanal Top 5 não realizamos nenhuma alteração nessa semana! Em 12 Meses, a Carteira apresenta uma valorização de 19,74% ante o Ibovespa com alta de 1,59%. O índice voltou para o positivo, mas ainda perde de lavada da nossa carteira – conforme podemos perceber.
Descolado do exterior, índice brasileiro de ações se valorizou na semana com o risco interno se tornando atrativo novamente e maiores expectativas acerca de estabilidade fiscal e econômica nacional no próximo ano. Na semana de grandes decisões dos bancos centrais ao redor do mundo, os investidores brasileiros estão entre os poucos que receberam uma boa notícia, o ciclo de alta de juros parece ter terminado, beneficiando os ativos de risco e o crescimento da economia em mercado nacional. Numa realidade oposta, as potências econômicas da América do Norte e Europa se veem no caminho de políticas cada vez mais restritivas a fim de conter os avanços inflacionários vistos nos últimos meses.
Cenário Brasileiro
Em uma realidade paralela aos países desenvolvidos, os investidores seguem otimistas quanto a economia brasileira. O anúncio de apoio do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao candidato à presidência Lula, foi o primeiro fato relevante que impulsionou o mercado na semana, pois indica certa moderação quanto a política fiscal e monetária num possível governo petista. No decorrer da semana, o mercado voltou a subir com a decisão do Banco Central em manter a taxa Selic em 13,75%, determinando o fim do ciclo de alta, uma ocorrência singular quando se olha para as decisões recentes das autoridades monetárias de outros países.
Cenário Internacional
Os investidores internacionais presenciaram fatos divergentes ao dos investidores brasileiros. O Federal Reserve deliberou pelo aumento em 75 pontos-base na taxa básica de juros. Após a decisão, o presidente da instituição, Jerome Powell, expôs ao mercado que o patamar dos juros atuais ainda não é restritivo o suficiente para causar o efeito necessário sobre a crescente inflação americana. Então, com contribuição dos péssimos dados de atividade econômica dos países europeus, os mercados globais se esfacelaram sob o temor de uma recessão compartilhada entre as grandes potências.
Confira o que foi Manchete na semana:
Internacional
– Banco Central da Alemanha – Bundesbank prevê desaceleração da economia alemã mesmo que racionamento de energia seja evitado.
– O Banco Central da China (PBoC) decidiu por manter inalterada suas principais taxas de juros, como era previsto.
– Federal Reserve decide por aumentar taxa básica de juros em 75 pontos-base, para faixa entre 3,00% e 3,25%.
– Alemanha fecha acordo para nacionalizar gigante de energia Uniper, prejudicada pelos cortes de gás natural russo.
– BoE eleva taxa de juros em 50 pontos-base, em linha com as expectativas do mercado.
– Vladimir Putin, anunciou mobilização militar parcial do país alegando ser a única opção neste momento. No pronunciamento considerou o uso de armamento nuclear no conflito, sob a prerrogativa de que o território russo está ameaçado.
Nacional
– Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirma que teto de gastos foi mal construído pois impede que o governo faça investimentos necessários em momentos de desaceleração econômica, justificando o rompimento da norma.
– Ex-presidente do BC, Henrique Meirelles anuncia apoio ao candidato à presidência do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
– Foi anunciado pelo COPOM na última quarta, a manutenção da taxa básica de juros em 13,75%, confirmando a expectativa do mercado em fim do ciclo de alta. A decisão não foi unânime, dois dos nove membros do comitê votaram por uma “elevação residual” de 0,25 ponto percentual.
– Anatel estimula prazo de 15 dias para operadoras de telecomunicações repassam redução na alíquota do ICMS para o consumidor final como está determinado em lei.
– IGP-M demonstra deflação de 0,91% na segunda prévia de setembro, de acordo com divulgação da FGV. Dentre os componentes, apenas o INCC-M indica aumento de preços, mas em um patamar menor ao registrado em agosto.