O resultado do primeiro turno das eleições foi o grande propulsor do mercado na semana passada, que apresentou forte valorização perante a perspectiva de um congresso com visão pró-mercado. Os dados fracos da indústria americana impulsionaram as bolsas do país no início da semana sob a expectativa de uma decisão mais branda do FED na próxima reunião.
Porém, mais dados negativos na Europa e corte na produção da OPEP+, alavancando os preços do petróleo, denotaram aos investidores que a recessão esperada para o hemisfério norte pode estar mais próxima do que se imaginava, assim os ganhos foram reduzidos.
Para essa, na nossa Carteira Semanal Top 5 realizamos uma alteração, saindo Iguatemi (IGTI11) após bom desempenho e iniciando a recomendação de compra em Totvs (TOTS3). Em 12 Meses, a Carteira apresenta uma valorização de 24,31% ante o Ibovespa com alta de 6,33%.
Cenário Brasileiro
Para os próximos anos, teremos um congresso formado, em maioria, por representantes com visões ideológicas de centro e direita, que geralmente se posicionam a formar de medidas que favoreçam o mercado e são contrários às intervenções pelo governo nas estatais, algo muito temido pelos investidores. Essa foi a razão que sustentou o grande avanço do índice, que esteve durante semanas operando numa mesma faixa de preço em meio à grande incerteza sobre como se dará os próximos anos da economia brasileira diante de uma disputa acirrada entre dois candidatos com ideais divergentes.
Cenário Internacional
A atividade industrial nos EUA apresentou um recuo expressivo, de 52,8 em agosto a 50,9 em setembro. Para o mercado, esse foi um grande indicativo de que o FED teria que repensar sobre a aumento de juros previstos para as próximas reuniões a fim de lograr o “pouso suave” da economia, mas o otimismo não durou muito com dados do payroll acima do esperado, demonstrando que o cenário não está tão certo. O anúncio da OPEP+ em cortar sua produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia também foi um grande fato na última semana, a decisão impulsionou a cotação do petróleo internacionalmente e adiciona mais um peso sobre a crise inflacionária do hemisfério norte.
Confira o que foi Manchete na semana:
Internacional
-PMI Industrial dos EUA, elaborado pelo ISM, recua além das estimativas em setembro ante o mês anterior, de 52,8 para 50,9.
– PPI da Zona do Euro subiu 43,3% em agosto na comparação com o mês anterior, excluindo a escalada de preços de energia, o índice apresentou aumento marginal de 0,3%.
– OPEP+ decide por cortar a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia justificando que a medida busca a estabilidade dos mercados.
– Agência de segurança doméstica da Suécia afirmou que a investigação preliminar reforçam as suspeitas de que os danos nos gasodutos NordStream são resultados de sabotagem.
– Blackrock afirma que não haverá “pouso suave” da economia britânica e projeta recessão profunda na Zona do Euro na virada do ano.
Nacional
– O primeiro turno das eleições foi encerrado sem definição de qual candidato assumirá o cargo de presidente da República, havendo um segundo turno para os eleitores decidam entre Lula (PT), que terminou o turno com 48,43%, e Jair Bolsonaro (PL), logo atrás com 43,20% dos votos válidos.
– No congresso, PL contará com a maior bancada de deputados, com 99 representantes. O PT terá a segunda maior, com 79. A bancada do PL também será a maior no senado federal, totalizando 14 das 81 cadeiras na próxima legislatura, após a eleição de 8 senadores.
– IGP-DI recua 1,22% em setembro ante agosto. O índice de preços elaborado pela FGV acumulou 5,54% no ano e 7,94% nos últimos 12 meses.
– Lula (PT) afirmou que para revelar os nomes que irão compor o ministério da Economia terá que ganhar as eleições primeiro. O ex-presidente apenas disse que o time não será formado apenas por membros do seu partido e aliados, mas por pessoas fora do seu círculo político.
– Ministério da Cidadania divulga novo cronograma de pagamentos do Auxílio Brasil para o mês, a expectativa do governo é que os pagamentos do benefício sejam finalizados cinco dias antes da votação referente ao segundo turno das eleições.