O Federal Reserve (Fed) elevou a taxa de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual na primeira reunião do ano, para o intervalo entre 4,50% a 4,75%. A decisão veio em linha com as expectativas do mercado, que já previa a desaceleração do aperto monetário que marcou todo o ano de 2022.
Em todas as reuniões do ano passado, o banco central americano subiu os juros, sendo que, de julho a novembro, esses aumentos passaram a ser mais agressivos (0,75 ponto percentual em cada reunião). Veja como se comportaram os juros norte-americanos de janeiro de 2022 até agora:
- – Janeiro/2022: 0 a 0,25%
- – Março/2022: 0,25% a 0,50%
- – Maio/2022: 0,75% a 1,00%
- – Junho/2022: 1,50% a 1,75%
- – Julho/2022: 2,25% a 2,50%
- – Setembro/2022: 3,00% a 3,25%
- – Novembro/2022: 3,75% a 4,00%
- – Dezembro/2022: 4,25% a 4,50%
- – Fevereiro/2022: 4,50% a 4,75%
Inflação mais alta dos últimos 40 anos
As sucessivas altas dos juros visaram conter o período inflacionário mais alto dos últimos anos da história do país. De fato, a inflação americana está arrefecendo, mas os juros em alta estão pressionado a atividade econômica, que também já deu sinais de desaceleração.
Segundo o FOMC (comitê de política monetária do banco central americano), a decisão foi unânime. Nesse sentido, o colegiado afirmou que o aumento dos juros é adequado para atingir uma postura de política monetária suficientemente restritiva, de forma a alcançar a meta de inflação, que é de 2%.
“A inflação diminuiu um pouco, mas continua elevada. O comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo”, diz o comunicado.
Em dezembro de 2022, a inflação anual no país chegou a 6,5%. Assim como outras economias, os EUA também sofrem com a pressão dos preços, ocasionada pela pandemia e pela guerra na Ucrânia. Em relação a futuras decisões, o FOMC disse que “levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômico-financeiros”.