Preço do milho despenca no Brasil

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra produtor no campo e a importância do hedge no agronegócio
Imagem mostra produtor no campo e a importância do hedge no agronegócio

O preço de milho despencou no Brasil, em uma semana movimentada. A versão final para o projeto do novo arcabouço fiscal será analisado por Câmara e Senado, com necessidade de maioria simples para aprovação, ou seja, 257 votos entre os 513 deputados e 41 dos 81 senadores.

No campo político, o ministro Gonçalves Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pediu exoneração do cargo após a divulgação de imagens que mostram sua movimentação no Planalto, durante a invasão do prédio em 8 de janeiro. E aumenta a pressão pela abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o caso.

O Banco Central Europeu (BCE) divulgou ata de sua última reunião de política monetária, em que subiu os juros em 50 pontos-base. O documento reafirma a necessidade de continuar a subir juros até que a meta da inflação, de 2% ao ano, seja alcançada.

Os novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA subiram a 245 mil, ante estimativa de 240 mil reivindicações.

SOJA

As cotações da soja em Chicago andaram de lado na semana terminando próximos a U$ 15/bushel (27,215 kg). A grande oferta brasileira, as vendas fracas do grão nos EUA e o plantio avançando no meio-oeste não colaboraram para um cenário altista para a commodity.

No mercado interno os preços apresentaram leves valorizações. Em Sorriso-MT a cotação teve alta de 1,6%, para R$ 121/saca.

O fortalecimento do dólar frente ao real visto nesta semana também favoreceu os preços aqui dentro do Brasil.

Soja CME

Maio – US$ 33,03,

Julho – US$ 32,34

Setembro – US$ 29,14

Novembro – US$ 28,55

MILHO

Em Chicago apresentou queda de 0,4%, terminando a sexta-feira a U$ 6,64 /bushel (25,40 kg). O milho foi pressionado pela desvalorização do trigo e acompanhou o movimento, já que ambos são utilizados para fazer ração.

No Brasil os preços despencaram. O preço em Sorriso-MT caiu 8,7% entre quinta-feira, o último dia útil da semana passada, contra a sexta-feira anterior, atingindo a R$ 49,00/sc.

A boa oferta da 1ª safra e expectativa de produção recorde para a safrinha continuam pressionando os preços. Além disso, com os prêmios da soja muito negativos, os produtores preferem neste momento segurar a soja e vender o milho.

Milho B3

Maio – R$ 66,63

Julho – R$ 66,60

Setembro – R$ 67,60

Novembro – R$ 69,20

CAFÉ

Com a semana volátil em Nova York, o vencimento do contrato de café para maio deste ano registrou alta de 1,3% comparado com a última sexta.

No Brasil as cotações do arábica cederam 1,2%, terminando a semana a R$1.112/saca, e as cotações do conilon andaram de lado, terminando a R$665/saca.

A estimativa de boa safra brasileira, início de colheita e valorização do dólar na semana contribuíram para um mercado estável na semana.

Café B3

Maio – US$ 245,00

Julho – US$ 241,10

Setembro – US$ 235,00

SUCROENERGÉTICO

Os preços de açúcar em Nova York atingiram novas altas, alcançando U$25,25 /lb, ganhos de 4,8% frente à última sexta-feira.

Esses preços refletem o fluxo global mais apertado, em consequência da finalização da colheita da safra do hemisfério norte e as chuvas nas regiões produtoras brasileira dificultando o início da colheita e consequentemente a produção de açúcar.

No etanol, o atraso da safra centro-sul também refletiu em alta de 4,7% nos preços do hidratado , cotados a R$ 3,21 em Paulínia-SP.

Junho – R$ 2.700,00

Agosto – R$ 2.750,00

Setembro – R$ 2.750,00

PROTEÍNAS

A boa oferta de gado terminado em conjunto com a parcial das exportações de Abril – mostrando volumes fracos -, juntos com à apreciação cambial na semana passada dificultaram para que as cotações subissem.

As cotações do CEPEA em SP fecharam praticamente estáveis frente à última sexta. No mercado futuro a curva sentiu mais, com o contrato de outubro recuando 2,4% a R$ 281 e o de maio fechando a R$ 269.

O preço das aves, com queda de 2,8%, e de suínos, recuo de 0,5% refletem que além das quantidades exportadas com dólar menor (sinalizadas na parcial de Abril), ambos tem conseguido capturar quedas nos custos do milho e farelo de soja, o que deve compensar a baixa nos preços.

BOI B3

Abril – R$ 275,50

Maio – R$ 268,35

Julho – R$ 272,20

Outubro – R$ 281,00

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