Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 8,78 bilhões no 2T23, confirmando expectativas

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra prédio do Banco do Brasil (BBAS3)
Imagem mostra prédio do Banco do Brasil (BBAS3)

Já era esperado que os números do Banco do Brasil (BBAS3) se destacassem nesta temporada de balanços. Na noite desta quarta-feira (9), a instituição reportou lucro líquido ajustado de R$ 8,78 bilhões no 2° trimestre de 2023 (2T23), alta de 11,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do semestre, o resultado bateu R$ 16,56 bilhões, valor 15,2% acima do lucro líquido auferido no 2T22.

Segundo o banco, contribuíram para o aumento do lucro no trimestre o crescimento das carteiras de crédito, que impactaram positivamente a margem financeira bruta, e as receitas de serviços, em especial as vinculadas ao desembolso de crédito. Já no semestre, além dos resultados de crédito, o banco destaca os bons resultados de títulos em tesouraria e o crescimento das receitas de prestação de serviços, especialmente em consórcio e seguros.

.”A adequada gestão da liquidez e as receitas das empresas do grupo se somam ao resultado. O Índice de Basileia alcançou 15,7% e o Índice de Capital Principal finalizou junho em 12,2%”, disse o BB no relatório de resultados do 2T23.

Melhora da margem financeira bruta

A margem financeira bruta atingiu R$ 22,88 bilhões no 2T23, crescimento de 34,2% na comparação com o mesmo trimestre de 2022. O indicador foi positivamente impactado pelo aumento das receitas financeiras com operações de crédito (+28,3%) e tesouraria (+56,1), o que compensou parcialmente o aumento das despesas financeiras do período com captação comercial e institucional (+34,7).

De janeiro a junho de 2023, a margem financeira bruta somou R$ 44,04 bilhões, valor 36% superior ao do primeiro semestre de 2022.

Reperfilamento de dívida e piora de risco aumentam PDD

A PDD ampliada totalizou R$ 7,17 bilhões no 2T23, crescimento de 22,6% frente ao trimestre imediatamente anterior e de 144,3% um ano antes. Sobre o aumento da provisão, o banco atribui principalmente a um reperfilamento de dívida de cliente do large corporate (R$ 2,54 bilhões) e ao crescimento do provisionamento de outro cliente do mesmo segmento (supostamente Americanas), cuja provisão passou de 50% para 70% do risco. Por fim, a carteira de pessoa física também se deteriorou nas linhas não consignadas.

Carteira de crédito cresce em todas as frentes de negócios

Ao final de junho, a carteira de crédito ampliada do BB era de R$ 1,04 bilhão, crescimento de 13,6% na comparação com o 2T22 em todas as áreas de negócios.

Na carteira ampliada pessoa física, a evolução foi de 10% ano a ano, principalmente pelo desempenho do crédito consignado (+2,0% no trimestre e +9,3% em 12 meses).

Na carteira ampliada pessoa jurídica, o incremento foi de 10,4% em 12 meses, com destaque para as operações de capital de giro (+6,8%), investimento (+8,1%) e ACC/ACE (+4,8%)

A carteira ampliada Agro cresceu 22,7% em 12 meses, influenciada pelas operações de custeio (+30,6%) e de
investimento (+46,8%).

Risco Americanas impacta a inadimplência acima de 90 dias

O índice INAD+90d (operações acima de 90 dias / saldo da carteira de crédito classificada) ficou em 2,73%, e o índice de cobertura (provisões / operações vencidas há mais de 90 dias) foi de 201,3%.

“No trimestre, parte das operações de crédito com o cliente específico do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023 passou a impactar o indicador de inadimplência acima de 90 dias. Sem este impacto, o INAD+90d do Banco do Brasil seria de 2,65%”, informou o banco.

Dividendos pagos em 2023

O Banco do Brasil informa ter destinado R$ 6,5 bilhões aos acionistas no primeiro semestre de 2023, com valor por ação de R$ 2,266, correspondente a 40% do lucro líquido do período.

Revisão de projeções

Para 2023, o banco manteve sua projeção de lucro líquido ajustado (entre R$ 33,0 e R$ 37,0 bilhões) e revisou todas as outras.

Para a carteira de crédito, a nova expectativa de crescimento é de 9% a 13%; antes era entre 8% e 12%. Para a margem financeira bruta, a instituição prevê crescimento entre 22% e 26%, em vez do intervalo entre 17% e 21% projetado inicialmente. Já as receitas de prestação de serviços devem crescer entre 4% e 8%, e não mais entre 7% e 8%. Por fim, a PDD ampliada deverá aumentar segundo o novo guidance, ficando entre R$ 27 e R$ 23 bilhões, e não mais entre R$ 23 e R$ 19 bilhões.

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