Bradesco (BBDC4): lucro do 1T23 cai 37% e inadimplência dispara

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Bradesco (BBDC4)
Bradesco (BBDC4)

As provisões para perdas continuam penalizando os resultados do Bradesco (BBDC4), que reportou lucro líquido recorrente de R$ 4,28 bilhões no 1° trimestre de 2023 (1T23). O valor veio 37,3% abaixo do resultado do mesmo período do ano passado, mas ainda assim foi superior ao consenso de mercado divulgado pela Bloomberg, que previa lucro de R$ 3,74 bilhões para o trimestre.

Novamente, um dos pontos que mais chamaram atenção nos números divulgados no final desta quinta-feira (4) foi a PDD expandida, que quase dobrou em relação ao 1° trimestre de 2022, totalizando R$ 9,51 bilhões. Observa-se, porém, que o indicador veio abaixo dos R$ 14,88 bilhões do trimestre imediatamente anterior, no qual o banco provisionou todo o risco Americanas.

O 1T23 do Bradesco (BBDC4) foi marcado também pela perda de rentabilidade, com queda do ROAE (retorno sobre PL médio) para 10,6% contra 18% nos três primeiros meses de 2022. Por outro lado, o índice de eficiência operacional do banco fechou em 47,1%, alta de 3,6 pontos percentuais na comparação entre os trimestres.

A margem com clientes alcançou R$ 16,96 bilhões de janeiro a março, alta de 7,3% ante o 1T22. Segundo o relatório de resultados, a evolução deve-se ao crescimento da carteira de crédito em produtos mais rentáveis e ao aumento na margem de passivos. Em relação ao 4T22, a queda de 2,9% do indicador está diretamente ligada à maior rigidez na concessão de crédito, o que diminuiu o volume de operações tendo em vista o foco na melhora do perfil de risco da carteira.

Já a margem com o mercado ficou negativa em R$ 312 milhões no 1T23, contra R$ 803 milhões negativos no 4T22 e R$ 1,24 bi positivo de janeiro a março de 2022.

Inadimplência do Bradesco volta a disparar

Ao final de março deste ano, a inadimplência acima de 90 dias atingiu 5,1% da carteira de crédito, contra 4,3% no final de 2022. Já no 1° trimestre do ano passado, o índice estava em 3,2%. Segundo o banco, a inadimplência se concentra nas pessoas físicas, micro e pequenas empresas, justamente os perfis que mais sentem cenários de juros altos e inflação.

“No 1T23, o estoque de PDD totalizou R$ 60,0 bilhões, representando 9,3% da carteira de crédito, o equivalente a um índice de cobertura para créditos vencidos acima de 90 dias de 182%”, disse o Bradesco no relatório de resultados.

A provisão total sobre a carteira atingiu 9,3%, um aumento de 0,5 p.p. em relação aos 8,8% do 4T22.

Evolução da carteira de crédito

A carteira de crédito expandida do Bradesco terminou o trimestre em R$ 879,28 bilhões, um crescimento de 5,4% na comparação com o mesmo período de 2022. Já em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve redução de 1,4% devido ao atual momento da economia e à mudança na política de crédito, que atualmente visa modalidades de menor risco.

No segmento pessoa física, a carteira de crédito cresceu 1,2%, totalizando R$ 365,312 bilhões. Já pessoa jurídica, o volume reduziu 3,2%, para R$ 513,872 bilhões.

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