Cenário econômico 2024: o que esperar daqui para frente?

Tempo de leitura: 3 minutos

Cenário econômico 2024
Cenário econômico 2024

Parte do sucesso de uma estratégia de investimento é acompanhar permanentemente o mercado, pois o tempo todo surgem eventos que podem mudar os rumos da economia. Inflação, alta ou queda dos juros, oscilações do dólar, desempenho do PIB, política fiscal, são algumas das variáveis que influenciam diretamente as finanças e os investimentos, com maior ou menor intensidade.

Quando os ventos sopram a favor da estratégia, pode ser interessante turbinar os ativos vencedores da carteira. Por outro lado, quando o contexto vira, é hora de rebalancear o portfólio para substituir o que não está indo tão bem. Mas só conseguimos chegar a essas conclusões com uma boa e eficiente análise de cenário econômico.

Pensando nisso, preparamos este conteúdo com o parecer de Régis Chinchila, analista CNPI e chefe de Research da Terra Investimentos sobre os principais pontos que impactam hoje os mercados. Continue a leitura e saiba o que podemos esperar para os próximos meses, na opinião do especialista.

Cenário econômico 2024: perspectivas para os próximos meses

De acordo com Chinchila, o cenário econômico deve se mostrar incerto até o final de 2024, devido a uma série de fatores que moldarão o mercado, conforme veremos a seguir.

Japão

No final de julho, o banco central do Japão (BoJ) elevou os juros para 0,25% ao ano, patamar mais alto desde 2008. Para alguns economistas, ainda haveria espaço para novas altas, principalmente depois do anúncio do PIB do segundo semestre, que veio mais alto do que o esperado (3,1% contra 2,1% previsto pelo mercado).

Apesar disso, o BoJ descartou um novo aumento imediato nas taxas – ao menos, por enquanto, o que, segundo Chinchila, trouxe alívio temporário aos investidores, resultando na recuperação das bolsas e na desvalorização do iene. Além disso, há também quem pense que o consumo no país precisa continuar se recuperando, o que, teoricamente, não justificaria taxas mais altas.

“Essa decisão reflete a intenção do BoJ de manter uma política monetária acomodatícia para apoiar a economia japonesa, contrastando com a postura mais agressiva de outros bancos centrais, como o Federal Reserve dos EUA”, observa o analista.

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Estados Unidos

Segundo especialistas, o ciclo de cortes de juros poderia iniciar já na próxima reunião do banco central americano (Fed), em setembro. No entanto, não existe consenso sobre a magnitude da queda até o final do ano.

Por lá, as expectativas foram ajustadas para do uma redução acumulada de 1 ponto percentual para 2024, após uma previsão mais drástica de 1,25 pontos percentuais. Segundo Chinchila, apesar dessa diminuição nas apostas de corte, o risco de recessão continua presente, com Goldman Sachs elevando essa probabilidade para 25% nos próximos 12 meses.

“O ISM de serviços e a redução no número de novos pedidos de auxílio-desemprego ofereceram um alívio temporário. Mas as preocupações permanecem, devido à instabilidade econômica e às expectativas de um crescimento potencialmente mais fraco”, alerta.

Brasil

No Brasil, a ata do Copom revelou uma postura mais firme do Banco Central em relação à taxa Selic. Nesse sentido, houve sinalização de é possível um aumento dos juros caso o risco de inflação venha a se intensificar.

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, expressou preocupações sobre a meta de inflação de 3%. Isso por causa da volatilidade dos mercados e dos riscos externos, como as políticas monetárias de outros países e a atividade econômica na China.

E para 2025, o que esperar?

Regis Chinchila observa que as projeções continuam desafiadoras para 2025. Segundo ele, a dinâmica global e a possível recessão nos EUA, aliada à instabilidade econômica interna, poderão influenciar o comportamento dos mercados financeiros e a economia global.

Além disso, as empresas de tecnologia e os setores que enfrentam alta alavancagem e desafios econômicos poderão ser particularmente vulneráveis a ajustes significativos. “No Brasil, a trajetória da Selic e a resposta do mercado às políticas monetárias serão cruciais para determinar o ambiente econômico futuro e as oportunidades de investimento. O monitoramento contínuo das condições globais e locais será essencial para ajustar estratégias e mitigar riscos”, alerta o especialista da Terra Investimentos.

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

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