Taxa Selic e inflação: entenda a relação entre ambas

Tempo de leitura: 4 minutos

Taxa Selic e inflação: qual a relação?
Taxa Selic e inflação: qual a relação?

Com a inflação em alta, a taxa de juros tem ganhado cada vez mais destaque no noticiário econômico brasileiro. Isso porque taxa Selic e inflação têm uma estreita relação, e entender isso é fundamental para o o planejamento de suas finanças.

Portanto, para não correr o risco de perder dinheiro com a inflação, continue a leitura e entenda as variações da Selic em função da inflação!

Taxa Selic e inflação: qual a relação entre elas?

Aqui no blog, já falamos sobre a importância da taxa Selic para a economia e para as suas finanças de forma geral. A Selic é a taxa básica de juros da nossa economia. Por isso, as suas movimentações impactam diretamente a atividade econômica e o mercado financeiro, tanto nos empréstimos e financiamentos quanto nos investimentos.

Além disso, a Selic é um dos principais instrumentos da política monetária para controlar a circulação de dinheiro na economia. Dessa forma, o Banco Central consegue também atuar sobre a inflação, e é isso o que veremos com mais detalhes a seguir.

Inflação no Brasil

Para entender melhor a importância da Selic na economia brasileira, é interessante falarmos um pouco sobre o nosso histórico de inflação.

Durante décadas, o Brasil sofreu com a alta generalizada e excessiva dos preços. Para quem é mais velho, é impossível esquecer como eram as compras no supermercado nos anos 80 e início dos 90. Literalmente, os preços subiam da noite para o dia. Isso quando você não estava em frente à prateleira e um funcionário remarcava o preço dos produtos bem na sua frente. Para as novas gerações, isso pode parecer absurdo. Mas era exatamente essa a realidade da época de hiperinflação no Brasil.

Esse momento de alta desenfreada dos preços durou até o início do Plano Real, em 1994. De lá para cá, não que a inflação tenha desaparecido. No entanto, apesar de a alta dos preços ter voltado a assustar nos dias de hoje, eles estão bem mais sob controle do que há alguns anos.

A partir do Plano Real, o governo começou a adotar diversas ações para segurar o descontrole dos preços, sendo que uma delas foi a criação do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) em 1996. Desde que foi criado, o Copom é o responsável por deliberar sobre os mais importantes temas da política monetária brasileira, entre eles a taxa Selic.

A cada 45 dias, o Copom se reúne para decidir o rumo da taxa básica de juros. Dependendo do cenário macroeconômico, a Selic pode ser mantida no mesmo patamar ou sofrer alterações, para cima ou para baixo. E uma das variáveis mais importantes para definir isso é a inflação do país.

Selic e o controle da inflação

A relação entre taxa Selic e inflação é bastante fácil de entender.

Em períodos de prosperidade econômica, há uma tendência natural de aumento do consumo. Isso porque, quando estão mais confiantes nos rumos da economia, as pessoas tendem a gastar mais. O problema é quando esse consumo cresce de forma exagerada, e as empresas não dão conta de oferecer produtos e serviços para todos os que estão dispostos a adquiri-los. Nessa situação, temos o que se chama de inflação de demanda. Em outras palavras, há muita gente querendo consumir e poucos itens para atender a todos.

O volume de dinheiro que circula na economia é uma das causas do aumento da inflação. E, para conter os ânimos em relação ao consumo e reduzir esse volume, o governo aumenta a taxa de juros. Com a Selic mais alta, o crédito e o custo de produção das empresas ficam mais caros. Isso desestimula os gastos, e ajuda a conter a disparada dos preços, fazendo com que voltem a patamares inferiores gradualmente.

Agora, imagine a situação contrária. Ou seja, quando há uma crise financeira, que gera desemprego e insegurança da população em relação ao seu dinheiro. Nesses momentos, a tendência é de que as pessoas segurem os gastos, por receio de dificuldades no futuro. Mas quando a retração do consumo é muito grande, isso agrava ainda mais qualquer crise na economia.

Então, para incentivar e movimentar a atividade econômica, o governo reduz a taxa básica de juros. Isso auxilia a manutenção da produção e dos empregos por parte das empresas. Ao mesmo tempo, uma taxa mais baixa torna o dinheiro mais barato, e isso serve de estímulo para que as pessoas gastem mais.

Deu para entender como a Selic age sobre a alta dos preços?

Basicamente, essa é a relação entre taxa Selic e inflação. Quanto mais acentuada for a alta dos preços, maior tende a ser o aperto monetário (alta dos juros) por parte do governo. Por outro lado, o desaquecimento da economia leva o governo a reduzir os juros, para impulsionar o consumo. Simples, não?

E como investir considerando a Selic e a inflação?

Em relação à taxa Selic, os títulos pós-fixados se beneficiam com sua alta. Aqui, estamos falando tanto de títulos públicos (Tesouro Direto) quanto de títulos bancários (como CDBs, LCIs ou LCAs, por exemplo). Ou seja, quanto mais altos estiverem os juros, maiores serão os rendimentos desses investimentos, e vice-versa.

Já em tempos de inflação alta, o investidor precisa se preocupar em proteger o dinheiro da desvalorização. Para isso, o ideal é diversificar a carteira em títulos atrelados a algum índice inflacionário, como o Tesouro IPCA+ ou mesmo CDBs atrelados a esses índices, por exemplo.

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