Como investir no metaverso? Conheça 4 alternativas

Tempo de leitura: 5 minutos

Imagem mostra pessoa aprendendo a investir no metaverso
Imagem mostra pessoa aprendendo a investir no metaverso

Desde que o Facebook passou a se chamar Meta, o conceito vem se popularizando, e cada vez mais as pessoas falam sobre como investir no metaverso. Além da maior rede social do mundo, gigantes mundiais como Microsoft, Disney, Nike, Gucci, Burberry, e grandes companhias brasileiras (Lojas Renner e Banco do Brasil são exemplos) também estão explorando esse novo. Inclusive, muitos se referem a essa tecnologia como “a próxima etapa da internet”.

Por exemplo, a Nike criou a Nikeland, uma plataforma que roda dentro do game Roblox, e também adquiriu uma startup especializada em NFTs de moda (veremos esse conceito mais adiante). Já a Microsoft criou uma plataforma chamada Mesh, que permite a realização de reuniões com hologramas. E, no final de 2021, foi a vez do Banco do Brasil aderir à tecnologia, quando incluiu uma experiência digital no servidor do game GTA.

Para quem gosta de jogos eletrônicos, o metaverso não é nenhuma novidade. Basicamente, ele é como um universo virtual 3D, no qual a interação dos participantes acontece por meio de avatares digitais. Em outras palavras, essa tecnologia simula ambientes e situações reais do dia a dia. Dessa forma, permite que as pessoas interajam na internet como se estivessem trabalhando, convivendo com a família e estabelecendo suas conexões normais.

E como investir no metaverso?

Antes de mais nada, é importante saber que todos os investimentos relacionados ao metaverso pertencem ao mercado de risco. Além de estarmos falando de um setor recente e disruptivo, alguns desses ativos estão fora do mercado tradicional e possuem altíssima volatilidade, conforme veremos a seguir. Logo, para investir no metaverso, é preciso ter um perfil bem mais arrojado.

Dito isso, vamos conhecer agora quatro formas de investir nesse novo mercado aqui no Brasil

1 – BDRs de empresas que atuam no metaverso

Para quem quer ter acesso ao mercado de capitais internacional sem ter que abrir conta lá fora, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são uma alternativa interessante. Esses títulos representam ações de companhias estrangeiras, mas são negociados na bolsa brasileira e em reais.

Por aqui, você pode encontrar BDRs de empresas que atuam em diversos setores, inclusive no metaverso. Um exemplo é a própria Meta (ex-Facebook), cujo código na bolsa é FBOK34. Outro exemplo é a Roblox Corporation, famosa companhia que atua no universo dos games. Na B3, o código desse BDR é R2BL34.

A Nvidia, outra gigante da tecnologia, que também está investindo fortemente nesse ambiente. Recentemente, a companhia anunciou o lançamento do Omniverse Cloud, seu serviço de metaverso que alcança mais de 100 países. Basicamente, a empresa oferece uma estrutura para que os usuários organizem seus próprios espaços nesse mundo virtual pela nuvem. Além disso, as empresas também poderão criar seus aplicativos próprios utilizando a plataforma. Você encontra os BDRs da Nvidia sob o código NVDC34.

2 – Fundos e ETFs

Embora ainda existam poucas opções no Brasil, outra forma de investir no metaverso é por meio de fundos de investimentos e de ETFs (Exchange Traded Funds) Esses últimos também são uma espécie de fundo, com a peculiaridade de seguirem um determinado benchmark ou ativo financeiro do mercado.

Um exemplo de fundo é o Vitreo Metaverso Ações FIA BDR Nível I, que aloca o patrimônio em companhias que utilizam ou desenvolvem a tecnologia blockchain. Nesse sentido, nomes como Meta, Nvidia, Roblox e Unity fazem parte da carteira desse fundo. Além disso, a sua estratégia também prevê alocação estratégica de até 10% em NFTs ligados ao metaverso.

Em relação aos ETFs que investem no metaverso, um deles é o NFTS11, o primeiro da categoria que foi lançado na bolsa, em abril de 2022. Esse ETF é formado por criptomoedas que estão na composição do índice MVIS CryptoCompare Media & Entertainment Leaders. Entre as principais criptos que o índice representa, estão Decentraland (MANA), Gala (GALA), Chiliz (CHZ) e The Sandbox (SAND).

Outro ETF que você encontra na B3 é o META11, lançado em junho de 2022. O objetivo desse fundo é replicar o índice CF Digital Culture Composite Index, que representa projetos digitais, plataformas blockchain e protocolos de suporte para tecnologia.

3 – Criptoativos

Quando falamos em investir no metaverso por meio de criptoativos, uma das coisas mais importantes a entender é a diferença entre criptomoeda e token, dois tipos de ativos digitais. Como nosso foco aqui é o metaverso e não o mundo cripto, faremos isso de forma mais resumida.

Em relação à funcionalidade, as criptomoedas podem ter o objetivo de ser reserva de valor, de serem utilizadas como moedas em transações financeiras, ou ambos. Já os tokens são a representação de um ativo financeiro, ou seja, um bem que possui valor de mercado. Dentro dessa categoria, temos os NFTs (non-fungible tokens), ou “tokens não fungíveis”, na tradução para o português. Como o próprio nome diz, esses tokens representam bens únicos e insubstituíveis, como obras de arte, obras literárias, músicas, direitos autorais, avatares de games, e assim por diante.

Voltando ao universo virtual, tanto criptomoedas quanto tokens são formas de investir nesse ambiente. Nesse sentido, um dos exemplos mais conhecidos é o jogo Axie Infinity, que funciona baseado em avatares. Para participar do jogo, o usuário precisa adquirir esses avatares, representados por NFTs. Assim como outros criptoativos, esses NFTs têm potencial de valorização ao longo do tempo, e, portanto, são uma forma de investir no metaverso.

Outro exemplo é o da empresa Yugga Labs, que criou os conhecidos macaquinhos da coleção “Bored Apes”. Com o objetivo de construir um metaverso que liga várias coleções de NFTs, a companhia captou R$ 2,1 bilhões. Atualmente, pode-se investir no projeto comprando o token APE.

4 – Investimentos dentro das plataformas

Também é possível investir no metaverso dentro das próprias plataformas, pela compra de terrenos virtuais ou desenvolvimento de soluções dentro desses ambientes.

À primeira vista, pode parecer muito abstrato ou mesmo impossível comprar um bem no universo virtual, não é mesmo? Pois saiba que isso, não só é totalmente viável, como tem atraído muitos investidores ao redor do mundo. É o caso do Decentraland, um ambiente baseado na tecnologia blockchain, no qual se pode interagir com outros avatares, visitar e adquirir terrenos em um marketplace. Nesse caso, os valores partem de cerca de 3 mil ETH e, dependendo da localização e de outras variáveis, podem chegar à casa dos milhões de dólares.

Outra forma de lucrar com o metaverso é desenvolvendo soluções para empresas. Por exemplo, há participantes desse ambiente que criam prédios e os vendem a construtoras

Lopes afirma que outra forma de lucrar é através do desenvolvimento de soluções para empresas. Esse é o caso de usuários que criam edifícios e vendem essas infraestruturas para construtoras. Por sua vez, as construtoras oferecem aos seus clientes a experiência do metaverso, como forma de alavancar as suas vendas.

Quanto custa para entrar no metaverso?

O custo para investir no metaverso dependerá da modalidade que você escolher. Nesse sentido, se a opção for por criptoativos ou investimentos direto nas plataformas, os valores oscilam bastante.

Por exemplo, o token AXS chegou a custar US$ 165 na sua máxima histórica e, para que comece a jogar, o usuário precisa de, ao menos, três tokens. No caso dos terrenos, os preços também variam muito, mas partem de um patamar alto, como vimos no item anterior.

Por outro lado, no mundo dos investimentos tradicionais, você consegue encontrar opções acessíveis para investir nesse ambiente. As cotas do ETF META11, por exemplo, custam cerca de R$ 40, e as do NFTS11, são negociadas a R$ 100.

Ou seja, no mundo do metaverso, existem alternativas para todos os bolsos. Lembrando que, independentemente de quanto for o aporte, trata-se de um investimento de grande volatilidade e, portanto, de alto risco.

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