Enquanto a bolsa cai, nossa carteira sobe

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra mulher calculando a dívida líquida de uma empresa
Imagem mostra mulher calculando a dívida líquida de uma empresa

Após intensa valorização na semana pós-eleição, o mercado brasileiro se viu sem catalisadores que apoiassem mais uma semana de ganhos e recuou. Em mais uma divulgação, os dados de inflação americana apresentaram aceleração acima do esperado, demonstrando que o FED precisará agir para conter a escalada de preços, o mercado americano até ignorou o registro inflacionário e se valorizou no dia, mas a semana foi negativa diante do desfavorável cenário econômico. Por trás dessa reabilitação momentânea do mercado, estava a mudança de planos do governo do Reino Unido, que demitiu o ministro responsável pelas controversas medidas de reaquecimento da economia britânica.

Cenário Brasileiro

Os novos dados internos de inflação não animaram o mercado, apesar do terceiro registro de deflação seguido, o indicador aquém do esperado foi mais um dos motivos que fizeram os investidores optarem pela segurança e realizarem os lucros acumulados nas sessões anteriores. As eleições ainda foram o principal assunto internamente, as primeiras pesquisas do segundo turno apontam grande diferença entre os candidatos, mas o mercado se mantém cauteloso à espera de maiores detalhes dos planos de governos e indicativos do como a disputa se encerrará ao fim desse mês.

Cenário Internacional

A inflação americana, mais uma vez acima do esperado, foi imperceptível ao mercado de ativos de risco, que já estava conformado e voltou sua atenção completamente para o Reino Unido e sua condução da crise financeira. Após o BoE ampliar a intervenção no mercado de títulos públicos, o presidente da instituição, Andrew Baily, tornou público que os fundos expostos às flutuações de títulos teriam três dias para rever suas posições antes que a intervenção chegasse ao seu fim, a reação do mercado foi negativa. Próximo ao fim da semana, os mercados reagiram parcialmente com o rumor de que o pacote fiscal britânico seria cancelado pelo ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng. O que de fato aconteceu foi a demissão do mandatário, com um novo nome assumindo o posto horas depois, adicionando ainda mais complexidade no gerenciamento da crise pelo governo.

Na Carteira Semanal Top 5 não realizamos nenhuma alteração nessa semana. Em 12 Meses, a Carteira apresenta uma valorização de 22,33% ante o Ibovespa com alta de 0,74%.

Confira o que foi Manchete na semana:

Internacional

– Rússia intensifica ataques às cidades ucranianas após destruição de ponte na Criméia. A rede de energia foi um dos alvos dos ataques e deixa parte do país sem energia.

– Projeção de crescimento do PIB americano de 2022 foi reduzido de 2,3% para 1,6% pelo FMI. A revisão se apoia no crescimento abaixo do esperado no segundo trimestre do ano.

– CPI dos EUA registra alta de 0,4% em setembro ante agosto, acima das expectativas de mercado de incremento em 0,2%. A taxa anual do índice sobe para 8,2% com o aumento do último mês e o núcleo vai a 6,6%.

– FedWatchTool do CME Group, indica probabilidade de 95,4% em aumento de 75 pontos-base na taxa básica de juros americana. A possibilidade de 1 ponto percentual saiu de 0% para 4,6%.

– Ministro das Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, deixa o cargo após especulação de que decidiria por desistir do pacote fiscal proposto nas últimas semanas. Segundo Kwarteng, a decisão não foi sua e continuará apoiando o governo nos bastidores.

Nacional

– IGP-M apresenta deflação de 1,01% na primeira prévia de outubro, conforme a informação da FGV, responsável pela – elaboração do índice. Todos os componentes recuaram no período.

– IPCA registrou deflação de 0,29% em setembro ante a projeção de desaceleração de 0,32%. Esse é o terceiro mês de deflação.

– Jair Bolsonaro (PL) afirmou em entrevista que pretende seguir com Paulo Guedes a frente do Ministério da Economia em caso de reeleição.

– FMI revisa projeção de crescimento do Brasil de 1,7% para 2,8% em 2022. Para 2023, o banco prevê o crescimento em 1% da economia e explica, por relatório, que país pode sofrer com inflação acima das expectativas para o próximo ano.

– CNI revisa estimativa de crescimento do PIB de 1,4% para 3,1%. O setor industrial brasileiro também deve crescer mais no ano, segundo a confederação, de 0,2%, da última divulgação trimestral, para 2,0%.

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