Afetado pelas expectativas de crescimento no exterior e incertezas sobre política econômica no Brasil, o mercado teve uma semana levemente positiva. As falas do presidente Lula quanto à atuação do BNDES durante os próximos anos geraram uma reação negativa no mercado, além de renovadas as preocupações quanto uma possível interferência do governo na política monetária. Nos EUA, o crescimento superou as projeções novamente, aliviando o receio dos investidores relativos à plausível recessão americana, enquanto as nações do ocidente tomaram uma importante decisão que pode modificar o curso da guerra na Europa. O avanço da covid-19 na China demonstra ter desacelerado, favorecendo a perspectiva de retomada econômica e impulsionando o mercado de commodities.
Cenário econômico pesa na semana
Em mais de uma ocasião, o presidente Lula deixou claro que pretende reviver a postura desenvolvimentista do BNDES, através de projetos no País e no exterior. As declarações não foram bem recebidas pelo mercado, que recordou o histórico negativo dessa política em anos anteriores. A política monetária para os próximos anos também é vista com incerteza pelo mercado ao passo que a reunião do CMN se aproxima. Esses fatores foram responsáveis pelo desempenho moderado do mercado interno, mesmo com o impulso das bolsas globais.
A divulgação do PIB do quarto trimestre americano era amplamente esperada pelo mercado. O resultado acima do esperado, demonstrando que a economia americana permanece crescendo, mesmo após a escalada dos juros, e afasta a perspectiva de uma recessão iminente. Após meses de discussão, nações ocidentais decidem fornecer tanques pesados à Ucrânia, o que pode vir a ser um importante marco para a guerra na Europa. A China declara que as internações e mortes em decorrência à covid se encontram em patamares muito menores ao pico, sustentando a alta das commodities no mercado internacional.
Na Carteira Semanal Top 5 não realizamos nenhuma alteração nessa semana.
Em 12 Meses, a Carteira apresenta uma valorização de 24,01% ante o Ibovespa com alta de 2,60%.
Noticiário Internacional
– Alemanha concorda em enviar tanques pesados para a Ucrânia, além de autorizar outros países a fazerem o mesmo. Autoridades ucranianas comemoraram a decisão, enquanto o governo russo respondeu afirmando que tanques trarão “mais sofrimento” à Ucrânia.
– PIB americano avançou 2,9% no quarto trimestre de 2022 ante os três meses anteriores, superando as projeções de mercado. Em todo o ano de 2022, o PIB real dos EUA cresceu 2,1% ante o ano anterior.
– China informou que as internações e mortes por covid-19 caíram 70% desde o pico recente, no início do mês.
– IIF publicou em seu relatório que o choque de energia na Europa ainda não terminou e mantém seus efeitos de forma “substancial e contínua”, destacando que os precos de gás natural estão entre 220% e 230% acima das médias pré-pandêmicas.
– Índice PCE registra alta de 0,1% em dezembro ante novembro de 2022. Na comparação anual, o resultado foi superior em 5%. O núcleo do PCE teve crescimento de 0,3% em dezembro ante novembro e 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Noticiário Nacional
– IPCA-15 subiu 0,55% em janeiro ante alta de 0,52% em dezembro de 2022, segundo dados do IBGE. O resultado está em linha com o esperado pelo mercado.
– Presidente Lula afirmou que “o BNDES vai voltar a financiar de engenharia para ajudar as empresas brasileiras no exterior”. A fim de compartilhar a possibilidade de crescimento com outros países, o que poderá beneficiar o Brasil no futuro.
– BC encontrou erro na série histórica do fluxo cambial e o resultado de 2022 foi revisado de uma entrada líquida de 9,574 bilhões de dólares para uma saída de 3,233 bilhões de dólares.
– Investimentos Diretos no País somaram US$ 90,572 bilhões em 2022, segundo o BC. O valor equivale a 4,76% do PIB. O resultado superou as expectativas e é o maior valor desde 2012.
– Petrobras confirmou que o Conselho de Administração aprovou Jean Paul Prates como presidente da companhia. Prates foi aprovado de forma unânime e escolhido para atuar como conselheiro de administração até a próxima Assembleia Geral de Acionistas.
