Nesta semana, a commodity foi pauta de discussão em um dos principais eventos do setor açucareiro do mundo.
O mercado de açúcar tem vários eventos importantes no ano, sendo um dos mais tradicionais o “Sugar Week”, que acontece normalmente em maio em Nova York e em outubro no Brasil ou em Londres (em formato de revezamento da sede). Neste ano, devido à pandemia, os eventos presenciais foram cancelados, porém as discussões globais em torno do tema seguiram firmes.
Ao longo desta semana, os grandes players do setor discutiram sobre a evolução do consumo, as projeções de safra, o trade flow, entre outros assuntos.
Por ora, já podemos destacar que o açúcar deve ter mais um ano de queda no consumo, muito impactado pela pandemia.
A desvalorização do real e o ímpeto comprador dos fundos, não apenas no mercado de açúcar, mas no mercado de commodities como um todo, tem impulsionado as cotações, que chegaram esta semana à máxima de 15,04 cts/lb.
Devemos continuar atentos para o mix de açúcar no centro sul do Brasil. Acreditamos que, no próximo ano, a safra deve continuar sendo mais açucareira, uma vez que a Tailândia não deve ter uma recuperação suficiente para abastecer o mercado e a desvalorização do real deixa o produto ainda mais atrativo para exportação.
Devemos continuar atentos à política de subsídio indiano que coloca um teto no preço do açúcar. Este ano nada foi divulgado por enquanto e especula-se que o valor total seja menor do que o do ano passado.
A posição comprada dos fundos está muito grande e quando eles decidirem vender esses contratos, o mercado deve ceder de maneira brusca.
Fiquemos atentos!
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