A temporada de resultados do segundo trimestre de 2022 ainda está chegando ao fim, mas as principais empresas do Brasil já divulgaram seus números. Confira aqui sete resultados que surpreenderam o mercado neste trimestre, de acordo com o analista Luis Novaes, aqui da Terra Investimentos. São empresas que tiveram resultados acima ou abaixo do esperado, o que naturalmente provoca um efeito no preço das ações.
Lembrando: as sete ações e empresas estão no nosso Guia de Ações (para acessá-lo, clique aqui), no qual você poderá ver e acompanhar as nossas recomendações – assim como o preço-alvo para cada uma delas.
Petrobras (PETR4)
Ao superar as principais estimativas, a petrolífera se tornou a estrela da temporada de balanços por registrar R$ 54,3 bilhões de lucro no trimestre. A empresa também apresentou receita e EBITDA (Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) acima do projetado, demonstrando a força da paridade internacional em um momento de alta do petróleo.
Banco do Brasil (BBAS3)
Outra companhia que encheu os olhos do mercado, o resultado foi tido como espetacular pelos investidores, que projetavam efeitos de inadimplência no balanço do banco. O lucro de R$ 7,8 bilhões representou uma alta de 54,8% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, enquanto as provisões tiveram apenas um aumento residual.
Minerva (BEEF3)
Contando com a força do mercado interno, o frigorífico conseguiu compensar a fraca demanda no exterior e obteve uma surpreendente lucratividade no trimestre. O lucro líquido da empresa foi de R$ 424 milhões, 264% maior em relação ao mesmo trimestre do ano passado, e a receita bruta no Brasil cresceu em 46%.
Natura (NTCO3)
Mesmo com resultado resiliente na América Latina, seu principal mercado, o conglomerado de cosméticos foi muito impactado pelo conflito armado entre a Rússia e Ucrânia. As receitas se mantiveram, porém, custos deixaram a margem apertada no período, quase 3 pontos percentuais menor. Por fim, o crescimento das despesas levaram a empresa a registrar um prejuízo de R$ 766 milhões no trimestre.
Santander (SANB11)
Em uma boa temporada de balanços pelos bancos, o Santander acabou sendo o contraste. Mesmo com um lucro acima do esperado para o período, o mercado reagiu mal ao aumento significativo de provisões, demonstrando que o banco avalia negativamente seu crédito. Isso, somado ao prejuízo em carteira de mercado, tornou os investidores pessimistas.
Positivo (POSI3)
Com a escalada de juros, o setor de tecnologia sofreu muito, assim, os bons resultados da empresa serviram para alimentar a perspectiva de melhora ao longo do segundo semestre. A receita bruta apresentou-se 61% maior em relação ao trimestre passado, alavancada pelos ganhos no segmento corporativo, que incluem receitas governamentais. Melhora significativa na margem EBITDA possibilitou o lucro de R$ 90 milhões – acima do projetado.
Braskem (BRKM5)
Os resultados apresentados pela Braskem não foram inesperados, mas a realização de a empresa enfrenta um momento complicado e precisa de um cenário favorável para se recuperar, foi o suficiente para manter os ativos entre os que mais se desvalorizam no mês. As provisões para o acidente em Alagoas também tiveram um grande impacto no resultado da companhia, que fechou o trimestre com prejuízo líquido de US$ 281 milhões.