A Ambev (ABEV3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 3,83 bilhões no 1° trimestre de 2023 (1T23), alta de 8,1% na comparação com o mesmo período do ano passado e acima das projeções compiladas pela Bloomberg, cuja previsão era de lucro de R$ 3,09 bilhões para o período. Segundo a companhia, a melhora do indicador deve-se principalmente ao crescimento do EBITDA no três primeiros meses do ano.
A receita líquida totalizou R$ 20,53 bilhões no período, um crescimento de 11,3% em relação ao 1° trimestre de 2022 impulsionado pela maior receita por hectolitro (ROL/hl) em todas as unidades de negócios. Já o volume total diminuiu ligeiramente, passando de 45,08 para 44,92 milhões de hectolitros no 1° trimestre do ano.
“No quesito reputação, o trimestre foi marcado pela divulgação de resultados expressivos, com os rankings coordenados e divulgados pela Merco, principal monitor de reputação corporativa da América Latina, destacando a percepção externa sobre a Companhia. No Brasil, mantivemos o segundo lugar pelo quinto ano consecutivo, enquanto na Bolívia mantivemos a primeira posição pelo sexto ano consecutivo e na Argentina fomos do quinto para o quarto lugar”, informou a Ambev na divulgação dos primeiros resultados de 2023.
- Carrefour (CRFB3) encerra o 1T23 com prejuízo de R$ 375MM
- Weg (WEGE3) não decepciona e lucra R$ 1,3 bilhão no 1T23
- Klabin (KLBN11) lucra R$ 1,26 bilhão no 1° trimestre de 2023
O EBITDA ajustado do 1T23 somou R$ 6,44 bilhões no 1T23 contra R$ 5,52 bilhões em igual trimestre de 2022, alta de 16,7%. Já a margem EBITDA ajustada ficou em 31,4% ou 1,4 ponto percentual (p.p.) acima do mesmo período do ano passado.
“O crescimento do EBITDA ajustado foi impulsionado por LAS (+97,0%), NAB Brasil (+47,1%), Cerveja Brasil (+24,4%) e Canadá (+3,5%), e parcialmente compensado por CAC (-2,1%). O desempenho do indicador foi liderado pelo crescimento da receita líquida, com expansão da margem EBITDA ajustado de 310 pb (% orgânico), apesar dos preços das commodities que impactaram o CPV”, declarou a Ambev.
As despesas financeiras líquidas totalizaram R$ 997,9 milhões, um aumento de R$ 401,2 milhões no prejuízo financeiro em relação ao 1T22. A piora do indicador deve-se principalmente ao aumento das despesas com juros (de R$ 397,8 milhões no 1T22 para R$ 616,8 milhões no 1T23), e a perdas não-monetárias no balanço consolidado(de R$ 122,1 milhões para R$ 260,6 milhões).