Ambev (ABEV3): lucro líquido cai 11% no 4T23 e vai a R$ 4,52 bilhões

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Imagem mostra marcas da Ambev (ABEV3)
Imagem mostra marcas da Ambev (ABEV3)

A Ambev (ABEV3) encerrou o 4° trimestre de 2023 (4T23) com lucro líquido de R$ 4,52 bilhões, queda de 10,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor veio próximo das projeções do mercado – o consenso de analistas ouvidos pela Bloomberg apontava para lucro líquido de R$ 4,64 bilhões.

De acordo com o balanço, divulgado na manhã desta quinta-feira, 29, o resultado do trimestre foi negativamente afetado pela depreciação do câmbio na Argentina e por provisões fiscais referentes a juros sobre capital próprio (JCP). No acumulado de 2023, o lucro da companhia alcançou R$ 14,96 bilhões, estável em relação ao exercício anterior.

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De setembro a dezembro de 2023, a receita líquida foi de R$ 19,98 bilhões, um recuo de 11,9% em relação ao último trimestre de 2022 e abaixo dos R$ 23,46 bilhões projetados pelo mercado. Segundo a Ambev, o volume de hectolitros do 4t23 foi de 52 milhões. No acumulado de 2023, o indicador manteve-se na faixa do ano anterior, em 79,73 bilhões.

O EBITDA ajustado do 4T23 também permaneceu estável na comparação anual, fechando em R$ 7,15 bilhões, mas abaixo do consenso do mercado, que esperava por R$ 7,62 bilhões. Já a margem EBITDA do período evoluiu 4,5 pontos percentuais trimestre a trimestre, alcançando 35,8%. A companhia atribui a melhora às condições mais favoráveis no câmbio e nas commodities em relação ao ano anterior e à disciplina na gestão de custos e despesas.

“O Brasil liderou mais uma vez, impulsionado pela execução disciplinada da nossa estratégia comercial. A recuperação da CAC (América Central e Caribe) foi impulsionada pela República Dominicana, que entregou um ano recorde. O Canadá apresentou crescimento do EBITDA ajustado em meio a um cenário difícil da indústria. E o desempenho da LAS (América Latina Sul) foi impactado pela desvalorização cambial na Argentina. No entanto, nossa preparação valeu a pena e conseguimos gerar um maior fluxo de caixa em dólares do que em 2022”, disse a Ambev na divulgação dos resultados.

Quanto às perspectivas para 2024, a companhia aponta alguns desafios como a desvalorização do peso argentino em dezembro e a alteração das regras de dedutibilidade de IR dos JCP e subvenções de ICMS. No entanto, a Ambev afirma ter iniciado o ano mais bem posicionada do que em 2023, com “marcas mais saudáveis, pipeline de inovação sólido e estratégia digital funcionando”, segundo a própria.

Projeções de custos dividem opiniões

Considerando os preços atuais das commodities e do câmbio (com hedge real/dólar a 4,97 em 2024), a Ambev espera queda do CPV (custo do produto vendido) entre 0,5% e 3% no ano.

A estimativa da companhia ficou bem abaixo da projeção de alguns analistas, que esperavam queda do CPV entre 6% e 8% no ano. Nesse sentido, há quem se preocupe com as pressões competitivas que começam a voltar no Brasil – o que se reflete na queda da participação de mercado da Ambev – e quem veja com certa normalidade o guidance de custos, tendo em vista a questão cambial na Argentina e a tributação mais alta no Brasil.

Confira os destaques financeiros da Ambev (ABEV3):

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