BTG Pactual (BPAC11): conheça o maior banco de investimentos da América Latina

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra Logo do BTG Pactual (BPAC3; BPAC11)
Imagem mostra Logo do BTG Pactual (BPAC3; BPAC11)

Nos últimos anos, o crescimento do BTG Pactual (BPAC11) apoiado principalmente em aquisições lhe rendeu o apelido de “serial buyer” do mercado financeiro. Além disso, fortes investimentos em digitalização e parcerias com grandes escritórios de agentes autônomos contribuíram para fortalecer a posição da instituição como maior banco de investimentos da América Latina.

Que tal saber mais sobre a história do banco e sobre os números do último trimestre? Então, continue a leitura e confira a análise da equipe da Terra Investimentos!

Quem é o BTG Pactual (BPAC11)?

A história do banco tem início em 1983, com a fundação da Pactual DTVM, no Rio de Janeiro. Em 1989, a distribuidora tornou-se um banco, com a abertura de um escritório na cidade de São Paulo.

Em 1998, inicia o processo de internacionalização do BTG Pactual, com a abertura de uma corretora de valores em Nova York. Mas a mudança estrutural mais expressiva acontece em 2006, quando o USB – maior banco da Suíça e um dos maiores da Europa – adquire sua operação. Dessa forma, nasce o USB Pactual, principal divisão do banco suíço na América Latina.

Em 2009, um ano depois de sua fundação, a BTG Investments adquire o USB Pactual, operação que dá origem ao BTG Pactual. Três anos depois, o banco realiza a sua abertura de capital (IPO) na bolsa brasileira, operação na qual levanta R$ 3,2 bilhões.

Em 2014 iniciam as operações do BTG Pactual digital, startup que funciona dentro da estrutura do banco. O modelo tem foco em user experiente e em investimentos para o varejo brasileiro de alta renda.

De 2019 para cá, o banco realizou quatro ofertas de follow-on, sendo a última em junho de 2021, na qual levantou R$ 2,9 bilhões. Em comunicado de fato relevante, a instituição informou que destinaria os recursos para fins corporativos gerais, em especial para acelerar estratégias no varejo e para impulsionar o crescimento de sua plataforma digital.

Aquisições e parcerias

De 2016 a 2021, o BTG Pactual (BPAC11) realizou 15 aquisições, com foco na estratégia de crescimento da plataforma digital para o investidor de varejo. Entre os nomes, estão o Grupo Empiricus, a corretora Elite, a Necton Investimentos, o banco Econômico (atual BESA) e a mexicana Darapti, uma pequena instituição financeira que pode conceder empréstimos.

O constante aumento da participação do banco no sistema financeiro nacional também se dá por meio de parcerias. Nesse sentido, há grandes escritórios como EQI Investimentos, Acqua Vero e EWZ Capital que são associados ao BTG Pactual.

Análise da Terra Investimentos

Nos últimos anos, diversos eventos trouxeram efeitos negativos para a economia, tanto no Brasil quanto no resto do mundo, o que acabou se refletindo no mercado de capitais de diversas formas. Nesse sentido, Luis Novaes, analista da Terra Investimentos destaca o grande movimento de retirada de recursos da indústria de fundos, diante da insatisfação dos investidores com os baixos retornos ou menor adesão ao risco da renda variável ou crédito privado. 

“As incertezas também levaram as empresas a optar por planos de investimentos mais conservadores e preferir usar recursos próprios em vez de uma nova emissão de dívida ou ações, seja através de uma oferta primária ou secundária. Isso reverteu o alto número de emissões primárias (IPOs) pelo qual o mercado brasileiro vinha passando”, observa Novaes.

Para um banco de investimento como o BTG Pactual, esse contexto é particularmente ruim, mesmo com uma atuação ampla no mercado de capitais. No entanto, os resultados do 3T22 foram sólidos, acima do esperado pelo mercado.

“O BTG teve desempenhos positivos em Debt Capital Markets, Sales and Trading e Asset and Wealth. Por outro lado, áreas como Mergers and Acquisitions e Equity Capital Markets tiveram um recuo devido à situação adversa da economia e da menor atividade do mercado de capitais”, aponta o analista.

Perspectivas

Com a melhora do ambiente econômico, o BTG Pactual pode se beneficiar com a volta de investidores com mais apetite para o risco. Além disso, espera-se que as empresas estejam mais dispostas a realizar ofertas públicas.

“O investimento recente em fundos de gestão própria também tem resultado em um maior retorno no segmento de gestão de recursos, e isso deve continuar nos próximos anos”, diz Novaes.

As incertezas sobre o cenário macroeconômico no Brasil e do exterior podem levar a mudanças repentinas no panorama econômico, o que pode ser ruim para o banco. Porém, os últimos balanços demonstram que a instituição possui uma certa resiliência diante de aspectos desfavoráveis do mercado devido ao seu portfólio, desde que, é claro, não haja mudanças de grande impacto na conjuntura econômica. 

Também há um grande investimento na transição para o digital, algo que é visto na indústria como inevitável. Considerando que os clientes cada vez mais estão dando preferência para as plataformas e aplicativos para realização de investimentos e correlatos. 

Pontos fortes do BTG Pactual

  • – O banco possui portfólio mais diversificado na comparação com seus pares.
  • – Retrospecto e tendência de resultados positivos.
  • – Os fortes investimentos em digitalização são um importante diferencial competitivo.

Pontos fracos do BTG Pactual

  • – Há grande concorrência no mercado financeiro.
  • – Mudanças repentinas na política monetária – mais especificamente na taxa de juros – podem impactar negativamente os resultados do banco. 

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