Confira as razões para isto na opinião de Luiz Monteiro, especialista de café da Mesa Agro da Terra Investimentos.
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações nesta terça-feira, 18/5, com preços acentuadamente mais altos.
As cotações dispararam no dia, rompendo resistências e superando novamente a importante linha de US$ 1,50 a libra-peso. Uma série de aspectos esteve por trás dos fortes ganhos desta terça-feira, com destaque para a apreensão com o clima seco no Brasil, com paralisação de embarques na Colômbia e para altas em outras commodities, sobretudo as soft commodities, à exceção do suco de laranja.
Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, a alta em outras commodities (com o índice CRB de commodities avançando, apesar da queda do petróleo) e a baixa do dólar puxaram o café para cima, servindo como impulso inicial para os ganhos. “Já a intensidade da alta está atrelada à proteção contra o clima seco no Brasil e a impulso técnico com a recuperação da linha de 150 centavos”, apontou.
O especialista em café da Terra Investimentos, Luiz Monteiro, destacou que alguns stops foram acionados e o mercado subiu bastante com compras especulativas e de fundos que seguem monitorando a greve na Colômbia, assim como a evolução da safra e do clima no Brasil, além do desenrolar da pandemia em especial na Europa. A liberação e fim de restrições que facilitam o comércio nos países levam o mercado a acreditar no incremento do consumo.
Os contratos com entrega em julho/2021 fecharam o dia a 152,80 centavos de dólar por libra-peso, com valorização de 7,05 centavos (ou de 4,8%). A posição setembro/2021 fechou a 154,75 centavos, alta de 7,00 centavos (ou de 4,7%).
Créditos: Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS – Copyright 2021 – Grupo CMA