CSN (CSNA3): receita e lucro caem no acumulado de 2022

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A Companhia Siderúrgica Nacional – CSN (CSNA3) reportou lucro líquido de R$ 197 milhões no 4° trimestre de 2022 (4T22), valor 81% abaixo do resultado auferido no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o resultado líquido registra queda de 84%, passando de R$ 13,95 bilhões em 2021 para R$ 2,16 bilhões no ano passado.

Contribuíram para a piora do indicador em 2022 o aumento do custo de produção e das despesas financeiras (maior custo da dívida e variação cambial).

No 4T22, a receita líquida da CSN totalizou R$ 11,12 bilhões, alta de 2,1% na comparação com o último trimestre de 2021. No entanto, o indicador registrou queda de 7,4% no acumulado do ano, encerrando 2022 na casa dos R$ 44,36 bilhões contra R$ 47,91 bilhões em 2021.

“A queda da receita ocorreu principalmente devido aos desafios operacionais na mineração, relacionados a um alto volume de chuvas observado no início do ano, além de toda a instabilidade nos preços internacionais de minério. O resultado, contudo, foi parcialmente compensado por importantes aquisições realizadas pela CSN, como a Cimentos Brasil e a CEEE-G, ambas com seus resultados consolidados agora no 4T22”, declarou a companhia na divulgação dos resultados na quarta (8), depois do fechamento do mercado.

O EBITDA ajustado do 4T22 atingiu R$ 3,12 bilhões, valor 16% inferior na comparação com igual período de 2021. Já a margem EBITDA do último trimestre de 2022 foi de 27,1%, queda de 7,8 pontos percentuais em relação ao 4T21. No acumulado de 2022, o EBITDA somou R$ 13,81 bilhões contra R$ 22 bilhões em 2021, queda de 37% na base anual.

Segundo a CSN, a piora do EBITDA deve-se aos menores resultados operacionais do ano, que refletiram as reduções de preço no minério e maiores custos de matérias-primas na siderurgia.

O fluxo de caixa ajustado da companhia no 4T22 foi negativo em R$ 146 milhões. basicamente devido aos maiores volumes de Capex e despesas financeiras, além do aumento de impostos pagos no período.

Ao final de 2022, a dívida dívida líquida consolidada era de R$ 30,47 bilhões, com o indicador de alavancagem (dívida líquida/EBITDA) em 2,2x contra 0,76x no mesmo período de 2021. Segundo a CSN, o aumento da alavancagem foi motivado por diversos desembolsos realizados no período, principalmente os relacionados à aquisição da CEEE-G (R$ 2 bilhões para pagamento da outorga, além da distribuição de dividendos).

A companhia ainda destaca que a alavancagem acima do teto é transitória. Isso porque, se considerados no endividamento os recursos para o pré-pagamento de minério obtidos em janeiro, o indicador ficaria em 2,0x, dentro do guidance.

“Adicionalmente, mesmo com o maior volume de desembolsos financeiros, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 12 bilhões”, declarou a empresa.

No 4T22, os investimentos totalizaram R$ 1,03 bilhão, com destaque para a aquisição de equipamentos para a operação da Cimentos Brasil. Ao longo de 2022, foram investidos R$ 3,41 bilhões, alta de 16% em relação ao acumulado de 2021, principalmente devido à incorporação da Cimentos Brasil e à aceleração do CAPEX verificado no final do ano.

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