Embraer (EMBR3): lucro líquido ajustado cai 30,9% no 4°T22

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra aeronave da Embraer (EMBR3)
Imagem mostra aeronave da Embraer (EMBR3)

A Embraer (EMBR3) divulgou seus resultados do 4° trimestre de 2022 nesta sexta, 10 de março, reportando lucro líquido ajustado de R$ 226,2 milhões no período. O valor representa um recuo de 30,9% em relação ao resultado do mesmo trimestre do ano anterior.

No acumulado de 2022, o lucro líquido ajustado foi de R$ 171 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 162 milhões do ano anterior. Porém, considerando os números da EVE (subsidiária de mobilidade aérea da Embraer), a companhia fechou 2022 com prejuízo líquido de R$ 1,04 bilhão, sendo R$ 953,6 milhões atribuídos aos seus acionistas.

No 4T22, a receita líquida da Embraer (EMBR3) atingiu R$ 10,45 bilhões, alta de 44,5% em relação a igual período do ano anterior. No acumulado do ano, o indicador bateu R$ 23,44%, um crescimento de 3,5% na comparação com 2021 e em linha com o guidance da companhia.

No último trimestre, a Embraer (EMBR3) entregou 80 jatos, sendo 30 aeronaves comerciais e 50 jatos executivos (33 leves e 17 médios). Ao todo, foram entregues 159 jatos em 2022, sendo 57 aeronaves comerciais e 102 jatos executivos (66 leves e 36 médios). A companhia destaca ainda que aumentou o número de aeronaves entregues em 12,7% em relação a 2021, mesmo com restrições significativas na cadeia de suprimentos.

O EBITDA ajustado do 4°tri22 somou R$ 1,19 bilhão, praticamente o dobro da geração de caixa operacional do último trimestre de 2021. Já a margem EBITDA ajustada do 4T22 foi de 11,5%, alta de 3,1 pontos percentuais (p.p.) no comparativo trimestral. De janeiro a dezembro de 2022, o EBITDA ajustado alcançou R$ 2,35 bilhões contra R$ 1,94 bilhões do ano anterior, e a margem EBITDA de 2022 evoluiu 1,4 p.p., chegando em 10%.

O fluxo de caixa livre ajustado (FCF) sem EVE no 4T22 foi de R$ 3,06 bilhões, o que levou a um FCF anual de R$ 2,73 bilhões em 2022. Segundo a empresa, o valor superou a estimativa do indicador para o ano, devido aos bons resultados da aviação executiva, aliado ao controle rígido do capital de giro, principalmente em relação a estoques, fornecedores e pagamentos antecipados de clientes.

Ao final de 2022, a dívida líquida da companhia (sem EVE) era de R$ 4,95 bilhões, ante R$ 7,84 bilhões em dezembro de 2021. A queda do endividamento líquido aumentou significativamente o fluxo de caixa livre positivo do 4° trimestre de 2022.

O grau de alavancagem (dívida líquida sem EVE / EBITDA ajustado) diminuiu de 4,0x em 2021 para 2,1x em 2022, com forte desempenho de FCF e EBITDA.

Segundo o release de resultados, o prazo médio dos empréstimos foi de 3,4 anos, comparado a 3,7 no trimestre. A estrutura de prazo dos empréstimos é de 90% no longo prazo e 10% no curto prazo. Já o custo dos empréstimos denominados em dólar foi de 5,24% ao ano, em linha com os 5,33% ao ano no terceiro trimestre de 2022. Por outro lado, o custo dos empréstimos em reais aumentou para 8,79% ao ano, ante 7,95% no terceiro trimestre de 2022.

No 4T22, o investimento líquido no imobilizado somou R$ 250,8 milhões, contra R$ 168,1 milhões no mesmo período de 2021. Para o ano de 2022, a companhia investiu um total de R$ 673,6 milhões em adições líquidas ao imobilizado e R$ 1,18 bilhão em P&D. O aumento de R$ 333,3 milhões em pesquisa em 2022 está relacionado às primeiras atividades do programa EVE, e o programa TP foi responsável por R$ 125,9 milhões do aumento em P&D no ano passado.

EMBR3: guidance para 2023

Em relação à entrega de aeronaves, a projeção é de 65/70 jatos comerciais e 120/130 jatos executivos, com receitas na faixa de US$ 5,2 a US$ 5,7 bilhões, margem EBIT ajustada de 6,4% a 7,4%, margem EBITDA ajustada de 10,0% para 11,0%, e fluxo de caixa livre ajustado de US$ 150 milhões ou mais para o ano.

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