Via (VIIA3) apresenta prejuízo de R$ 163 milhões no 4T22

Tempo de leitura: 3 minutos

Imagem mostra loja da Casas Bahia (VIIA3)
Imagem mostra loja da Casas Bahia (VIIA3)

Dona das marcas Casas Bahia e Ponto, a Via (VIIA3) reportou prejuízo líquido de R$ 163 milhões no 4° trimestre de 2022 (4T22), revertendo o lucro de R$ 29 milhões que havia auferido no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o resultado ficou negativo em R$ 342 milhões, contra um prejuízo de R$ 297 milhões um ano antes.

A receita líquida da companhia atingiu R$ 8,84 bilhões no 4T22, aumento de 8,8% no comparativo trimestral. No ano, o indicador manteve-se estável em relação a 2021, totalizando R$ 30,89 bilhões.

A piora do resultado de 2022 ocorreu basicamente pelo aumento das despesas financeiras, que cresceram 84,4% em comparação ao ano de 2021, em função da alta da Selic no período.

No 4T22, o EBITDA da VIIA3 ajustado atingiu R$ 629 milhões, com margem de 7,1%, e recuo de 0,8 ponto percentual (p.p) em relação ao último trimestre de 2021. No acumulado de 2022 o indicador bateu R$ 2,38 bilhões (+74,1% no comparativo anual) e margem de 7,7%, contra 4,4% em 2021. A companhia informa que, na linha do EBITDA ajustado, os ajustes não
recorrentes relacionados à atualização dos processos trabalhistas (legado) foram de R$ 108 milhões no trimestre e de 336 milhões em 2022.

A geração de caixa operacional do 4T22 foi de R$ 3,4 bilhões. A companhia destaca que, no período, houve geração de R$ 1,2 bilhão de capital de giro, devido principalmente à redução de estoques. Já os gastos com processos trabalhistas somaram R$ 273 milhões, enquanto a monetização de créditos tributários alcançou R$ 1,1 bilhão.

Adicionalmente, a VIIA3 informa ter incorrido em gastos na ordem de R$ 169 milhões, direcionados a investimentos em TI, logística e abertura de novas lojas. Outros R$ 276 milhões foram gastos com arrendamento e R$ 223 milhões, referentes a juros e amortização de dívidas.

“Tomamos a decisão estratégica de reduzir sustentavelmente a posição de estoques ao longo de 2022, considerando o cenário mais regular de abastecimento. Tal decisão contribuiu de forma positiva para uma redução da necessidade de capital de giro, e consequentemente uma melhora na geração de caixa operacional da companhia em 2022”, declarou a Via na divulgação dos resultados. No trimestre, a posição de caixa encerrou em R$ 6,2 bilhões.

O GMV bruto de lojas físicas cresceu 16% no 4T22 em comparação ao mesmo trimestre de 2021, fechando em R$ 6,75 bilhões. Já a receita bruta de lojas físicas somou R$ 6,54 bilhões, alta de 18% na comparação trimestral.

“O desempenho do GMV bruto de lojas físicas e da receita bruta de lojas físicas no 4T22 reflete a melhoria no fluxo das lojas (apesar de ainda abaixo da do período pré pandemia), mas sobretudo uma maior conversão. Já o desempenho no conceito mesmas lojas (GMV) foi de +11,4% no último trimestre de 2022”, declarou a Via.

A companhia declarou ter inaugurado 15 novas lojas das Casas Bahia, sendo que 60% foram em novos municípios. Segundo a via, o objetivo é ganhar share e fortalecer a omnicanalidade com a potencialização da venda online, dos serviços logísticos, do banQi e ampliação da base de clientes.

“Ao longo do trimestre, encerramos 3 lojas por apresentarem performance aquém do esperado, fechando o 4T22 com 1.133 lojas. Todos os fechamentos ocorreram em municípios onde havia sobreposição de lojas”, disse a empresa.

A VIIA3 conseguiu monetizar R$ 2,38 bilhões de créditos tributários em 2022, para atenuar o impacto dos processos trabalhistas no caixa. Primeiramente, a expectativa original de monetização de R$ 1,8 bilhão. Já para 2023, o guidance da empresa prevê que o impacto desse item no caixa seja de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões, e no resultado, de R$ 500 milhões a R$ 600 milhões.

VIIA3: soluções financeiras

A Via terminou 2022 com 13,4 milhões de clientes totais, 8,8 milhões de clientes ativos e R$ 12,9 bilhões de TPV (volume total de pagamentos).

Já a carteira de crédito do braço financeiro fechou em R$ 5,5 bilhões ao final de 2022 terminou o ano com uma carteira de crédito de R$ 5,5 bilhões. A companhia afirma ter melhorado o nível de perda sobre a carteira ativa em relação ao 3T22, o que reflete a maior recuperação obtida nas faixas acima de 180 dias.

“Entendemos o momento de crescimento de inadimplência no mercado e, consequentemente, ao longo do de 2022 reduzimos exposição ao risco e fomos mais seletivos. Relativamente, seguimos com indicadores abaixo do mercado e continuamos atentos ao ambiente econômico”.

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