Fundamental para o mundo inteiro, o agronegócio é um setor que alcança diversas esferas da economia, desde o preparo da terra, passando pelo plantio até o processamento e comercialização de alimentos. Nesse contexto, os ETFs para investir no agro trazem uma boa diversificação para a carteira, ao mesmo tempo que conseguem refletir os bons resultados dos ciclos de alta das commodities.
Uma das principais vantagens de investir em ETFs é o fácil acesso a diferentes mercados e ativos financeiros. Por isso, os ETFs do agro acabam sendo uma das opções mais simples de investir em um dos principais setores da economia brasileira e mundial.
Continue a leitura e saiba mais sobre esse investimento!
5 ETFs para investir no agro
Para relembrar: os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos negociados em bolsa que buscam replicar determinado índice ou ativo financeiro do mercado. Dependendo do índice de referência, ao comprarmos cotas de um ETF, é como se estivéssemos investindo em diferentes ações, títulos de renda fixa, criptoativos, setores específicos da economia, e assim por diante.
Além da diversificação que proporcionam, outra vantagem dos ETFs são os custos reduzidos em comparação à aquisição direta dos ativos. Por exemplo, quem compra ações na bolsa vai pagar custos de corretagem em cada operação. Já no caso de um ETF atrelado a um índice de ações (como o Ibovespa ou algum outro), esse custo ocorre uma vez na compra e outra na venda.
E também não há cobrança do come-cotas nos ETFs, ao contrário da maioria dos fundos de investimento. Essa forma de tributação antecipa o Imposto de Renda sobre os rendimentos a cada seis meses, reduzindo o montante investido.
Dito isso, veja agora cinco opções de ETFs para investir no agro que você pode encontrar na bolsa brasileira.
AGRI11
O AGRI11 foi o primeiro ETF do agro lançado no Brasil, em maio de 2022. O fundo busca acompanhar a variação do índice IAGRO B3, que representa ações de empresas com atuação direta (maioria) e indireta no agronegócio.
A intenção do índice é replicar não só o desempenho de commodities agrícolas, mas também de grande parte da cadeia de valor do agro. Por isso, encontraremos nele alguns setores aparentemente desconectados, como logística, maquinário e varejistas eventualmente.
A BB Asset Management é a gestora do AGRI11, e a sua taxa de administração é de 0,35%.
FOOD11
O Investo Food (FOOD11) tem como referencial o MVIS Global Agribusiness Index, indicador que representa o desempenho das maiores e mais líquidas empresas do agro mundial.
Além de abranger empresas de várias partes do mundo, esse ETF também contempla diferentes segmentos da cadeia agro. Tecnologia no campo, equipamentos, produção de sementes e fertilizantes e até mesmo preceitos veganos estão no escopo do índice de referência.
O FOOD11 tem gestão da Investo, e taxa de administração de 0,30%.
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BBOI11
Entre os ETFs para investir no agro, o BBOI11 o que contempla especificamente os contratos futuros de boi gordo.
Esse ETF acompanha o Índice Futuro de Boi Gordo (IFBOI B3), composto por diversos contratos futuros da commodity. Os contratos futuros são uma espécie de derivativo, utilizados para garantir o preço de negociação do ativo em uma data futura, com o objetivo de atenuar o risco das oscilações de preços.
O BBOI11 tem taxa de administração de 0,45% e gestão da BB Asset Management.
CORN11
O CORN11 também é um ETF ligado a contratos futuros – nesse caso, a commodity é o milho. O seu objetivo é replicar o desempenho do Índice Futuro de Milho (IFMILHO B3), que representa uma carteira teórica de contratos futuros de milho.
A taxa de administração do CORN11 é de 0,45%, e seu gestor é a BB Asset Management.
CMDB11
O CMBB11 é um ETF para investir em empresas que produzem e exportam commodities negociadas na bolsa brasileira.
O seu objetivo é acompanhar o Índice Teva Ações Commodities Brasil, composto por ações e units de empresas listadas na B3. Papel e celulose, produção de alimentos de carne, açúcar e álcool, mineração e metalurgia são o foco de atuação das companhias que formam o índice.
O BTG Pactual tem a gestão do CMDB11, cuja taxa de administração é de 0,50%.
Vantagens e riscos de investir em ETFs do agro
Em diferentes graus, todos os setores da economia dependem do agronegócio. Seja diretamente, no caso de produtores e de empresas da cadeia, ou indiretamente, consumindo seus produtos ou utilizando-os como fontes de energia.
Isso faz com que o segmento seja bastante resiliente, pois o consumo de alimentos, combustíveis, metais e demais commodities tende a ser constante. Em situações de crise, setores não essenciais costumam sofrer impactos maiores.
Outra vantagem de investir no agro é o potencial de capturar os resultados de investimentos em tecnologia no setor, que crescem a cada ano. Agricultura de precisão, inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), automação, robótica e plataformas digitais são algumas das tecnologias aplicadas ao agro que ainda têm bastante espaço para crescer, principalmente em países como o Brasil. E empresas do setor tendem a se valorizar com esses investimentos.
Por outro lado, é preciso lembrar que a performance do agro é marcada por forte volatilidade. Seja por questões climáticas, que afetam diretamente a produção, ou por aspectos macroeconômicos – como juros, inflação, taxa de câmbio, entre outros – o fato é que as commodities oscilam historicamente, com maior ou menor intensidade ao longo do tempo. Esse é um risco do setor e, por isso, os ETFs para investir no agro acabam sendo indicados para perfis mais arrojados.
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