O Magazine Luiza (MGLU3) apresentou prejuízo líquido de R$ 166,8 milhões no terceiro trimestre de 2022. O valor reverte o resultado positivo na comparação anual, que havia sido de R$ 143,5 milhões em 2021, e veio pior do que as expectativas da Bloomberg, que previa prejuízo de R$ 102 milhões para o período. De acordo com relatório financeiro divulgado nessa quinta (10), a piora nos números deve-se principalmente ao aumento das despesas financeiras no período. No acumulado de 2022 até setembro, o prejuízo da empresa totaliza R$ 463,1 milhões, e o prejuízo ajustado (sem despesas não recorrentes) foi de R$ 356,9 milhões.
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Já a receita líquida da companhia totalizou R$ 8,8 bilhões no 3T22, alta de 2,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O número também veio abaixo da projeção da Bloomberg, que era de R$ 9,2 bilhões. A empresa atribui o crescimento das vendas ao aumento de 2,6% no e-commerce total (46,0% de crescimento médio nos últimos três anos) e de 1,4% nas lojas físicas (3,3% de crescimento médio nos últimos três anos).
A companhia também destaca o crescimento das vendas em novas categorias em detrimento do menor volume vendido de bens duráveis. “A receita de serviços de varejo cresceu 17,8% no período, especialmente devido ao crescimento do Marketplace e do Magalu Pagamentos”, afirma no relatório.
O EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado fechou em R$ 527,5 milhões no último trimestre, alta de 50,3% em comparação ao mesmo período de 2021. Já no acumulado do ano, o indicador totalizou R$ 1,45 bilhão, 17,8% acima dos nove primeiros meses de 2021. A melhora do indicador se deve ao aumento das vendas e da margem bruta.
Por sua vez, a margem EBITDA ajustada ficou em 6% no 3T22, um aumento de 1,9 ponto percentual frente ao terceiro trimestre do ano passado. De janeiro a setembro de 2022, essa margem alcançou 5,6% contra 4,8% no acumulado de 2021, alta de 0,8 p.p.
No terceiro trimestre de 22, as despesas financeiras líquidas somaram R$556,3 milhões, o que representa 6,3% da receita líquida do período. Em comparação ao 3T21, essas despesas aumentaram 4,3 p.p. em função das sucessivas altas da Selic ao longo do ano.
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