13 reflexões sobre Black Friday, endividamento e prosperidade

Tempo de leitura: 10 minutos

13 reflexões sobre Black Friday

Preparamos este especial com dicas sobre consumo consciente para você se inspirar e dar um novo rumo a sua vida financeira!

Um dos momentos mais aguardados do ano pelos consumidores é a Black Friday. Na ânsia de aproveitar os descontos e promoções, há aqueles que abusam das compras sem refletir nas consequências para o bolso e a própria vida.

Como resultado, o apelo de “economizar dinheiro” da Black Friday pode acabar gerando, ao contrário, endividamento com parcelas que pesam no orçamento por longo tempo, boicotando inclusive grandes objetivos e sonhos.

Para evitar essa armadilha, vale se perguntar:

– Eu realmente preciso comprar (tudo) isso agora?

– A compra é uma necessidade ou um desejo?

– A compra cabe no meu orçamento?

– As parcelas vão comprometer minhas finanças nos próximos meses?

– Seria possível adiar a compra?

– Vou me endividar para “aproveitar a promoção”?

shutterstock_1809828760Enfim, refletir sobre estes pontos ajuda você a domar um trem chamado impulsividade e evitar um estrago potencial nas finanças.

É interessante observar que essa urgência de consumir envolve questões comportamentais, muitas delas inconscientes.

Para mergulhar no tema, ao longo deste ano, realizamos diversas lives na Terra Investimentos, ocasião em que tive a oportunidade de entrevistar especialistas de psicologia financeira e mentoria de vida & carreira

Os debates foram tão ricos e oportunos para o momento que decidi fazer este especial com algumas das principais reflexões e dicas. Afinal, quando o assunto é prosperidade, não adianta nada a pessoa “pensar positivo” e viver no negativo!

Confira a seguir o resumo que preparei com os principais insights! 

1) Fique atento para que desejos de consumo não prejudiquem grandes objetivos e sonhos

Esta dica é tão importante que já trago o tema de largada.

Mas antes, deixa eu te perguntar: você já levou um susto quando viu o valor total da fatura do cartão de crédito?

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Esta surpresa negativa pode ser atribuída a diversas razões, entre elas a falta de controle das despesas e a ilusão de que várias “pequenas compras” não pesam no orçamento, comportamento bem explicado pela renomada psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira na live “A cabeça do Investidor”.

O resultado do consumo inconsciente é você se sabotar e impedir a realização de um objetivo importante em sua vida como, por exemplo, começar a investir, tirar as férias do seu sonho, fazer  intercâmbio ou um curso de especialização para avançar na carreira ou, ainda, comprar um imóvel.

Lembre-se: todos os dias surgirão motivos e desculpas para você se desviar do seu plano de voo. Quer realizar seu sonho?  Planeje-se, seja disciplinado e mantenha o foco!

2) Investir no autoconhecimento faz bem à saúde financeira

Já parou para pensar que nossas finanças têm impacto direto em nossa saúde física, mental e emocional e vice-versa?

Para que possamos conquistar tranquilidade financeira, o primeiro passo é tomar consciência que dinheiro e comportamento caminham lado a lado.

Neste sentido, o autoconhecimento é crucial para você descobrir qual é seu objetivo e saber que tipo de estilo de vida você sonha conquistar.

Mergulhar no universo interior é essencial. Observe que muitas pessoas, por não se autoconhecerem, vivem no piloto automático ou no efeito manada, conforme destacou a psicóloga e analista de investimentos da Terra, Eliz Sapucaia, na live “3 atitudes fundamentais para prosperar”.

Nem todo mundo precisa ter um carro ou o último modelo de Iphone; nem todo mundo sonha em ter uma casa própria; nem todo mundo pensa em casar e ter filhos. O que faz sentido para uns pode não fazer para outros. Por isto, é importante se autoconhecer: cada um precisa ter seu próprio plano de voo.

Investir no autoconhecimento ajudará você a estruturar seu projeto de vida e saber como conquistar seus objetivos, bem como identificar os 3 tipos de capitais (financeiro, intelectual e social) necessários para fazer tudo acontecer. Todos esses conceitos são detalhados por Elber Mazaro, mentor de vida & carreira, nesta live imperdível.

3) Elimine crenças limitantes sobre dinheiro da sua vida

A forma como lidamos com dinheiro hoje pode ter suas raízes nas experiências na infância. “Tudo aquilo que vivemos e ouvimos influencia a construção de crenças que impactam nossa vida de adulto”, destaca a especialista Eliz Sapucaia.

Os pais são a primeira referência na vida do filho. Seja pelo bom ou mau exemplo, foi com eles que aprendemos a lidar com o dinheiro em um primeiro momento. Segundo Eliz, todo esse processo acontece de forma subliminar:

“Se a pessoa cresce escutando que o pai é endividado, acaba naturalizando isso. Como resultado, passa a acreditar que viver endividado é normal, tendendo a repetir este comportamento ao longo de sua própria vida”, alerta.

A analista de investimentos comenta ainda que são raros os casos em que os pais ensinam educação financeira aos filhos. Para mudar esta realidade, vale ler o artigo “Aprender brincando: como ensinar a criança a lidar com dinheiro“, no qual ela mostra a importância de introduzir o assunto aos pequenos, pois este será um aprendizado que levarão para a vida.

Outras crenças limitantes envolvem preconceitos como achar que o “dinheiro é algo do mal” ou que “enriquecer é fruto de atividades ilícitas” – vamos falar mais sobre isso adiante no artigo.

4) Autocontrole é uma virtude poderosíssima

Em um mundo repleto de estímulos para o consumo, o autocontrole é uma habilidade indispensável para quem deseja prosperar na vida. Sem ele, fica fácil ceder ao desejo de compra ao ver uma promoção ou sempre que somos impactados por algo que desperte nossa atenção.

shutterstock_1896777892 Ter autocontrole implica em saber falar “não” para nossa criança interior. Na prática, nem sempre isto é fácil, por isso reuni aqui dicas de especialistas para ajudar você a desenvolver esta habilidade:

  • Tenha cuidado ao usar o cartão de crédito. Por ser uma despesa digital e provisionada para o futuro, não sentimos a “dor do gasto” da mesma forma física e imediata que acontece quando fazemos as compras com dinheiro em espécie.

  • Crie o hábito de olhar a fatura do cartão de crédito duas vezes por semana para estar ciente dos gastos até o momento.

  • Torne o hábito de poupar em algo mensal, como se estivesse pagando um boleto ou fazendo uma compra.

  • Invista um valor fixo todo mês, de preferência de forma automática. Se você conseguir guardar mais, ótimo, mas mantenha a constância dos aportes mínimos regulares.

  • Se for muito difícil manter o controle, avalie usar um cartão de crédito pré-pago, definindo previamente um limite máximo para travar as despesas no período.

  • Não compre tudo o que você tem vontade sem pensar. Muitas vezes, nem precisamos do item, mas nosso desejo é disparado por gatilhos inconscientes e emocionais.

  • Mantenha a constância e disciplina. Reflita sobre seu comportamento, faça as mudanças necessárias e saiba que sempre é possível evoluir neste sentido.

  • Seja na hora de fazer um parcelamento, financiamento ou empréstimo, tenha muito cuidado com dívidas. Aqui no blog tem excelentes dicas no artigo Crédito: como usá-lo de forma consciente escrito pela Ana Paula Tralback, head Educacional da Terra.

  • Outra dica de leitura é nosso e-book Como economizar dinheiro e começar a investir, que mostra formas de fazer pequenas e grandes economias no dia a dia. Você pode baixar o e-book gratuitamente aqui.

5) Dinheiro não é o inimigo, mas sim a escassez dele

Você já pensou quantas pessoas veem o dinheiro como tabu, pecado ou algo sujo? O resultado deste tipo de crença geralmente conduz a uma vida de privações e dificuldades.

É preciso entender que o vilão da história não é o dinheiro, mas sim a falta de dinheiro.

“Quando vemos o dinheiro como algo negativo, não vemos sentido em acumulá-lo. Como consequência, nos colocamos em situação de risco e podemos entrar em um looping de gastos e endividamento“, explica Eliz Sapucaia. 

shutterstock_793237669Crenças e experiências exercem influência muito maior do que você imagina.

O assunto é tão importante que a especialista da Terra recomenda este exercício:

– O que o dinheiro significa para você?

Segundo Eliz, a resposta para esta pergunta vai revelar sua crença e se ela é limitante ou se vai levá-lo a crescer. “Não tenha tabu ou pudor. Fale sobre dinheiro com os amigos e familiares”, recomenda.

6) Evite fazer compras quando estiver triste

Este é um dos gatilhos mais perigosos do consumismo. Nosso estado emocional exerce forte influência sobre a forma como gastamos nosso dinheiro.

“Há estudos que mostram que quando as pessoas estão triste, consomem muito mais; quando estão felizes, consomem menos; e quando estão realizadas, tendem a gastar menos ainda”, revela Eliz. 

Por isto, uma das principais recomendações dos especialistas é evitar fazer compras – físicas ou virtuais – quando estamos chateados, pois o mecanismo de compensação buscará uma forma de gerar bem estar imediato.

É algo similar ao que acontece quando a pessoa come excessivamente para compensar alguma tristeza. No caso do consumo desenfreado, a pessoa acredita que está se “recompensando”, mas está se autossabotando e acumulando dívidas. 

7) Não se endivide na busca por aceitação social

Em tempos de redes sociais e curtidas, este cuidado merece destaque. Muitas pessoas desejam fazer parte de um grupo social e fazem de tudo para parecerem pertencer a ele.

“Pense no preço do Iphone ou Samsung da moda. Quantos salários muitos deixam em um único aparelho?”, indaga Eliz Sapucaia.  “E depois, ainda será preciso gastar com o seguro do celular”, reforça.

Seja movido pelo marketing que bombardeia nosso inconsciente dia e noite, seja pelo desejo de como queremos ser vistos socialmente, precisamos refletir sobre o impacto disso tudo para o bolso”, explica.

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Por ter relação direta com a personalidade, toda esta questão nos leva de volta para o autoconhecimento. “A pessoa deve se indagar por que ela quer ser vista dessa maneira para se sentir aceita pelo grupo”, reforça Eliz.

Neste caso, a recomendação é trabalhar a autoestima e segurança interior para não depender dos adornos sociais e da validação externa.

8) Desabilite propagandas nas redes sociais e notificações no celular

Em tempos de algoritmo e inteligência artificial, o que os olhos não veem o coração não sente é um lembrete importante para controlarmos os desejos de consumo. 

Exemplo disso é desabilitar as propagandas que estimulam consumo no Instagram ou outras redes. Caso contrário, basta clicar uma vez no anúncio para o algoritmo entender que você se interessou pela oferta e vai te oferecer mais e mais daquilo.

Como o celular virou uma grande ferramenta de compra, devemos ser cautelosos no seu uso, desativando as notificações nos apps de redes sociais e de compras. 

9) Precifique o estilo de vida que você deseja

A partir do momento que você se autoconhece e sabe o que almeja na vida, pode ter uma ideia mais clara de quanto capital financeiro precisará para fazer tudo acontecer.

Além disto, poderá identificar com mais facilidade as concessões que estará disposto a fazer, abrindo mão de algo no presente para poder economizar focado em um objetivo importante para você. 

shutterstock_311399768Reflita: quanto custa seu estilo de vida?

Eliz Sapucaia lembra ainda destes pontos:

  • Nosso salário é limitado. Tome consciência para poder fazer uma boa gestão financeira pessoal. Reflita sobre o estilo de vida que você deseja, pois isso tem impacto direto no seu planejamento.
  • Por exemplo, o planejamento financeiro de quem quer ter filho é completamente diferente de quem não quer.
  • Ou ainda, o planejamento financeiro de quem quer ter uma casa é diferente de quem não deseja ter uma. Neste caso, é preciso pensar ainda: Onde vai ser esta casa? Quanto ela vai custar? Quanto tempo vou levar para juntar este dinheiro?

10) Reflita sobre necessidades X desejos

Existe uma enorme diferença entre uma necessidade legítima e um desejo. 

A orientação dos especialistas é nunca comprar por impulso, esperando alguns dias passar para reavaliar se ainda precisamos mesmo do item. 

O gatilho inconsciente age de maneira sorrateira, quando menos esperamos.

Compartilhando uma história pessoal, um dia entrei em uma loja e fui fisgada pelo “olhar” e comprei por impulso um conjunto de sombras para olhos, porque achei linda a paleta de cores que ia do amarelo, passando por todas as demais cores até os tons mais escuros.

Quando cheguei em casa, lembrei que eu já tinha outro estojo de maquiagem similar e, para piorar, lembrei que raramente usava sombra… Foi uma compra irracional, mas ao menos aprendi na pele a evitar este tipo de erro. Se eu tivesse esperado alguns dias, certamente teria evitado essa despesa desnecessária

11) Cuidado com o lema: “deixa a vida me levar”

Muitas pessoas acham que planejar o futuro é perda de tempo, alegando existir diariamente muitas variáveis que podem mudar todos os planos. 

Mesmo que a vida seja dinâmica, é importante pensar no amanhã e ter um planejamento. De acordo com o mentor de vida & carreira, Elber Mazaro, é muito melhor ter um plano de voo e fazer ajustes na rota sempre que necessário, do que ser pego de surpresa e não ter plano nenhum. 

Um exemplo disto pode ser notado durante a pandemia, quando diversas pessoas perderam o emprego e a renda. Aqueles que tinham uma reserva de emergência puderam atravessar o período com mais previsibilidade e tranquilidade para pagar suas contas do que aqueles que não tinham nenhum plano B.

12) Tenha atitude e faça acontecer

Ter atitude é  fundamental. Sem isto, tudo é apenas teoria.

Seja protagonista da sua vida, tome medidas práticas para que todas estas ideias possam ser aplicadas no seu dia a dia, resultando em seu progresso. 

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Recapitulando, evite cair em armadilhas que prejudicam sua vida financeira. Entenda o que você quer na vida. Desenvolva seu autocontrole. Precifique o estilo de vida que você deseja e descubra quanto você precisará poupar para realizar seu sonho. Parta para a ação!

13) A prosperidade financeira ajuda você prosperar em outras áreas

Aprenda a ver o dinheiro como o meio viabilizador para você atingir seus objetivos.

Ao cuidarmos bem da nossa saúde financeira, é possível ter os recursos para progredir em outras áreas da vida e sentir mais segurança, proteção, tranquilidade, realização e liberdade ao longo da jornada. 

Estude sobre o assunto e desenvolva crenças positivas sobre dinheiro:

“O dinheiro é uma engrenagem que nos permite viver novas experiências, ter qualidade de vida, experimentar novos esportes, conquistar mais autoconhecimento, adquirir mais cultura e educação, evoluir na carreira, fazer viagens, tirar um ano sabático, entre outras inúmeras possibilidades”, exemplifica Eliz. 

Sempre é tempo de virarmos a chave e evoluir. Coloque-se na trilha certa para que seja possível progredir em diversas frentes para uma vida com muito mais sentido, conquistas e realizações!

shutterstock_549858442O tempo voa: cada dia faz a diferença na história da sua vida!

|Invista em você!

Como é possível perceber, o capital financeiro é um dos pilares fundamentais para tornar planos em realidade.

Na hora de cuidar do seu dinheiro, saiba que você pode contar com nossa assessoria de investimentos especializada para esclarecer todas as suas dúvidas.

Nesta Blackfriday, inclusive, temos uma novidade: abrindo sua conta grátis na Terra Investimentos e depositando R$ 100 na sua própria conta nesta sexta-feira (26/11/2021), você ganhará o curso online da Caroline Daher para aprender a investir do zero!

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#VamosJuntos

Aleksandra Zakartchouk_FotoAleksandra Zakartchouk é Especialista de Comunicação e Conteúdo da Terra Investimentos desde 2018. É apaixonada por storytelling e pelo ofício de escrever e criar experiências. Já trabalhou na Bolsa de Valores e em outras empresas do mercado de capitais, tendo ampla experiência em iniciativas de educação financeira. Produz conteúdo digital focada em ajudar as pessoas a ingressarem no mundo dos investimentos para que, através dele, conquistem seus objetivos.

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