Pullback: saiba o que é e como identificar no trade

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Pullback
Pullback

Quem opera no trade, sabe o quanto é importante identificar as tendências do mercado no tempo certo, e diversos indicadores da análise técnica podem auxiliar nesse sentido. Porém, o movimento de um ativo nem sempre sinaliza uma tendência firme. Em vez disso, pode ser que esteja ocorrendo um pullback, ou seja, uma reversão momentânea de preços.

É justamente nesse ponto que o trader consegue bons resultados nas operações, comprando na baixa e vendendo na alta. Mas é preciso prestar atenção e estudar os movimentos do mercado para não confundir uma breve oscilação de preços com uma reversão de tendência.

Por exemplo, imagine que a ação que você está avaliando para comprar começou a subir. Como saber se o preço vai disparar, ou se ela simplesmente está dentro de um movimento de pullback e, em breve, vai cair novamente? Embora nenhuma metodologia de análise seja infalível, existem diferentes maneiras de se identificar uma tendência no trade, conforme veremos a seguir.

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O que é um pullback no trade?

Pullback significa “puxar”, e a expressão no trade serve para definir um movimento que dura pouco e que contraria a trajetória de preços de um ativo.

No dia a dia do trade, esse tipo de movimento é muito comum, e pode acontecer nas operações de curtíssimo, curto e médio prazo. Pense em uma ação, commodity ou outro ativo que abriu o mercado em queda e que, em determinado momento do dia, começou a subir. Passados alguns minutos ou horas, o seu preço volta a recuar, e o ativo retoma a sua tendência de queda até o fechamento do pregão.

Esse exemplo caracteriza bem o pullback – ou seja, a breve alta não confirmou a tendência, apenas foi uma pequena correção pontual do preço no dia. Nesse caso, o que pode ter acontecido é que os investidores, aproveitando que o preço estava caindo, aproveitaram para comprá-lo. Cessada a demanda, o preço retornou ao movimento original de queda.

Imagine agora que esse ativo tivesse encerrado o pregão em alta. Nos próximos dias, seu preço se manteve estagnado e, uma semana ou mais depois, voltou a cair. Isso também seria um pullback pois, como vimos, esse movimento também ocorre no curto ou médio prazo.

Como identificar o pullback?

Os conceitos de suporte e resistência da análise técnica estão diretamente relacionados à identificação do pullback.

Em uma tendência de alta, o preço do ativo sobe até que a resistência seja rompida. Porém, essa alta não ocorre de forma linear, mas sim com alguns recuos até que se consolide a reversão da tendência.

Esses recuos são justamente o pullback. Logo, quando temos uma tendência de alta, o que ocorre é um (ou vários) pullback de baixa – também chamado de throwback, contrariando o movimento do ativo, conforme mostra a imagem abaixo:

A linha azul mostra a tendência de alta; e a seta em vermelho é a correção do preço (pullback) que ocorre durante a tendência.

em uma tendência de baixa, o preço do ativo cai até romper a linha do suporte. Da mesma forma, isso não ocorre de maneira constante, mas com breves altas que interrompem momentaneamente a tendência.

Ou seja, em uma tendência de baixa, ocorre pullback de alta, que reverte a queda do preço por breves períodos:

A linha azul mostra a tendência de baixa; a seta em vermelho representa o pullback de alta que ocorre durante a tendência.

Em outras palavras, o pullback representa a “falha” no salto que o preço tentou dar, pois esse salto não foi suficiente para romper nem a resistência nem o suporte. Foi simplesmente um fôlego que o mercado tomou antes de o ativo continuar a sua trajetória.

Mas é muito importante identificar quando esse movimento acontece, pois aí estão bons momentos para lucrar com as correções rápidas dos preços.

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Por que acontece o pullback?

À medida que adquire mais conhecimento e experiência no trade, o investidor consegue entender as razões que levam ao pullback. Como vimos, mesmo dentro de uma tendência, os preços no mercado de capitais se movimentam em zigue-zague, mas isso não é algo aleatório.

Por exemplo, imagine que uma ação de sua carteira esteja em alta e que, segundo analistas, deverá continuar nessa tendência, pois possui fundamentos sólidos e as perspectivas para o seu setor são boas. Você comprou essa ação há bastante tempo, por um preço bem abaixo do que ela vale hoje, pois a empresa era pouco conhecida no mercado e ainda não tinha a boa performance de hoje.

Mesmo sabendo que essa ação pode se valorizar mais, você decide vendê-la, pois já obteve o retorno que desejava com o investimento. Só que podem existir outros investidores na mesma situação, que viram a ação se valorizar bastante na carteira, e que decidem realizar o lucro ao considerarem que já lucraram o que gostariam.

Dependendo da quantidade de investidores que decidirem vender a ação, o título pode perder valor temporariamente pelo aumento de sua circulação no mercado. Esse é o momento do pullback de baixa (ou throwback), pois como não há nenhum motivo que justifique uma desvalorização permanente, teoricamente a ação voltará a subir assim que esse movimento de mercado terminar.

Como identificar um pullback no trade?

Muitas vezes, o pullback pode ser confundido com uma reversão de tendência. Uma das maneiras de identificar quando acontece um ou outro é observar o volume de negociação de um ativo.

Voltemos ao exemplo anterior – a ação que está em trajetória de alta. Suponha que o volume de negociação desse título aumente e não se estabilize com o passar do tempo. Esse pode ser um sinal de que a tendência de alta seja realmente duradoura, pois o pullback não ocorre quando o mercado está lateralizado.

Em outras palavras, para que ele exista, é preciso que o ativo tenha uma tendência clara, seja de alta ou de baixa. Na tendência de alta, o investidor aproveitará o breve recuo do título para adquiri-lo; e na tendência de baixa, o pullback de alta sinalizará o melhor momento para vendê-lo.

Além disso, existem indicadores da análise técnica que podem ser utilizados em conjunto para identificar um pullback, como a média móvel, Índice de Força Relativa (IFR), bandas de Bollinger, entre outros.

É seguro fazer operações no pullback?

Normalmente, as operações que envolvem pullback são realizadas no day trade e swing trade, que são mercados de alta volatilidade e risco.

Suponha que um investidor tenha avaliado mal a trajetória dos preços de um ativo, confundindo uma reversão de tendência com um pullback. Se, nesse momento, ele comprou uma ação que estava em baixa, o papel continuará caindo, e ele terá prejuízo, ao menos no curto prazo. Ou, pode ser que tenha vendido um ativo assim que começa a se valorizar, acreditando se tratar de um pullback de alta quando, na verdade, era o início da reversão da baixa.

Logo, é muito importante que se tenha conhecimento e experiência suficientes para dominar essa ferramenta. É claro que isso não elimina totalmente o risco dessas operações, mas dá mais segurança em relação a decisões no timing certo.

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