Como funciona a taxa de administração do consórcio?

Tempo de leitura: 4 minutos

Taxa de administração do consórcio
Taxa de administração do consórcio

O consórcio pode ser a solução para deseja adquirir um bem mais caro e não possui dinheiro suficiente para comprar à vista, ou mesmo para a entrada. Apesar de ser uma modalidade muito simples de financiamento, é bastante comum surgirem dúvidas em relação à taxa de administração do consórcio, e é sobre isso que falaremos a seguir.

Se você está pensando em fazer um consórcio e quer saber mais sobre a taxa de administração – o que é, como é calculada, se é mais vantajosa do que a taxa de um financiamento, entre outros aspectos – continue a leitura e tire suas dúvidas!

O que é a taxa de administração do consórcio?

A taxa de administração nada mais é do que a remuneração paga à administradora para que ela faça o gerenciamento dos grupos de consórcio.

A função de uma administradora de consórcio é garantir que o grupo funcione de acordo com a legislação, para que tudo corra bem do ingresso de cada participante até o momento da contemplação. Para isso, ela faz a gestão dos recursos arrecadados, realiza assembleias periódicas, atualiza os valores das cotas quando necessário, presta contas sobre a gestão, e assim por diante.

Todo esse trabalho tem um custo, e é justamente aí que entra a taxa de administração do consórcio. O valor dessa taxa é um percentual sobre o total da carta de crédito, e é diluído nas prestações que os consorciados pagam mensalmente.

Taxa de administração é o mesmo que juros?

Não. Taxa de administração e juros não são a mesma coisa, e essa é uma das principais diferenças entre um consórcio e um financiamento.

Sobre uma operação de crédito, incidem juros compostos, ou seja, juros que se aplicam sobre o montante total capitalizado. Dependendo do prazo e do patamar da taxa, o valor que acabamos pagando por todo o financiamento pode chegar ao dobro ou mais do que tomamos inicialmente.

O mesmo não acontece com a taxa de administração do consórcio. Isso porque ela é aplicada sobre o valor da carta de crédito, e diluída nas prestações do consórcio. Isso dá mais previsibilidade para a operação e faz com que os desembolsos sejam bem menores do que os de um financiamento, como explica Leandro de Miranda, especialista de consórcios da Terra Investimentos.

“Para se ter uma ideia, atualmente você paga uma taxa média de 11,80% ao ano em um financiamento de 35 anos aproximadamente. Já no consórcio, a taxa de administração cobrada junto com as parcelas gira em torno de 0,13% ao mês, uma diferença enorme”, diz o especialista.

Exemplo de cobrança da taxa de administração

Veja como funciona a taxa de administração na prática:

Imagine que o valor da carta de crédito de um consórcio de 60 meses seja R$ 100.000, e que a taxa de administração seja de 15%. Para sabermos o valor correspondente à taxa de administração, basta multiplicar R$ 100.000 por 15%, e chegamos a R$ 15.000. Somando esse valor ao da carta de crédito, temos R$ 115.000, que, divididos por 60, resultam em parcelas mensais de R$ 1.916,67.

O consórcio possui outros custos?

Além da taxa de administração, o consórcio possui um fundo de reserva, que serve para garantir a continuidade do grupo caso um ou mais consorciados fiquem inadimplentes.

Normalmente, o percentual do fundo de reserva fica entre 1% e 2% da carta de crédito e, assim como a taxa de administração, esse valor é fixo e diluído nas prestações. Se houver saldo nesse fundo quando o grupo chegar ao fim, o valor é dividido entre todos os participantes.

Alguns consórcios costumam cobrar um seguro adicional, que também é somado às parcelas. De forma geral, esse seguro cobre eventualidades como inadimplência por parte do consorciado que perdeu o emprego, seguro prestamista ou mesmo possíveis fraudes que possam ocorrer no grupo.

Por fim, tanto a carta de crédito quanto as parcelas dos consórcios sofrem reajustes de tempos em tempos, para manter o poder de compra do consorciado quando o bem fica mais caro. No caso dos consórcios de veículos, a base do reajuste é a tabela do fabricante e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Já nos consórcios de imóveis, a correção normalmente é feita pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção).

Afinal, consórcio vale a pena?

Um dos principais pontos positivos de um consórcio é a sua acessibilidade, pois há opções para todos os bolsos e tipos de planejamento financeiro. Além disso, a burocracia envolvida na operação é menor do que em um financiamento, já que não existe análise de crédito inicial.

Um ponto menos favorável é a necessidade de esperar pela contemplação quando o consorciado não tem recursos para dar um lance. Por outro lado, quem tem essa possibilidade pode antecipar o recebimento da carta de crédito em condições muito favoráveis, como explica Leandro de Miranda.

“Para você ingressar em um financiamento imobiliário, precisará ao menos de 20 a 30% do valor do imóvel. Mas se você tem esse valor, pode utilizá-lo em um consórcio de imóveis e ainda utilizar um percentual da própria carta de crédito para dar um bom lance e pagar bem mais barato do que no financiamento”, diz o especialista.

E mesmo para quem não tem planos de adquirir um imóvel, um veículo ou outro bem mais caro, o consórcio pode ser uma boa alternativa como investimento. Nesse caso, estamos falando da Modalidade de Contemplação Acelerada (MCA), que oferece taxas atrativas para quem procura diversificação da carteira no longo prazo.

Para saber mais sobre o funcionamento e as vantagens de um consórcio, confira os links abaixo:

Modalidade de Contemplação Acelerada no consórcio: conheça!

Conheça as 7 dúvidas mais comuns sobre consórcio

A importância de uma consultoria para escolher o melhor consórcio

Converse com um especialista

E então? Convencido sobre as vantagens do consórcio? Se você tem dúvidas, ou se deseja mais informações a respeito, saiba que a Terra Investimentos possui uma equipe de especialistas na área que pode lhe ajudar a encontrar o plano de consórcio mais adequado aos seus objetivos.

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