O grupo Ultrapar (UGPA3) reportou lucro líquido de R$ 274 milhões no 1° trimestre de 2023, resultado 41% inferior ao do mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, a queda do indicador se deve às desconsolidações dos resultados da Oxiteno e Extrafarma. Já em relação ao trimestre anterior, o lucro líquido caiu 67%, em função de créditos fiscais extraordinários registrados na Ipiranga e Ultragaz nos últimos três meses de 2022.
A receita líquida totalizou R$ 30,5% no 1T23, queda de 10% na comparação com o mesmo trimestre de 2022, devido aos desinvestimentos da Oxiteno e Extrafarma (cujos resultados foram desconsolidados em abril e agosto, respectivamente) e á queda do faturamento da Ipiranga. Já em relação ao último trimestre de 2022, a queda da receita foi de 15%, dessa vez motivada por menor faturamento da Ipiranga e Ultragaz.
Nos três primeiros meses de 2023, O EBITDA ajustado recorrente das operações continuadas foi de R$ 1,02 bilhão contra R$ 873 milhões em igual período de 2022 (alta de 17%), devido aos maiores EBITDAs da Ultragaz e Ultracargo. Já na comparação com o 4T22, o indicador cresceu 36% nos principais negócios do grupo.
O resultado financeiro líquido do 1T23 ficou negativo em R$ 312, uma redução de 41% do prejuízo financeiro apurado no mesmo período do ano anterior. Isso se deve à redução do saldo médio da dívida líquida, em que pese a alta do CDI no período. Já em relação ao último trimestre de 2022, o aumento de 23% das despesas financeiras líquidas foi ocasionado principalmente pela marcação a mercado desfavorável de hedges.
De janeiro a março deste ano, a Ultrapar consumiu R$ 711 milhões de caixa operacional, ante R$ 1,18 bilhão no 1T22. Segundo a companhia, a necessidade de capital de giro foi maior no ano passado, principalmente por causa dos aumentos relevantes dos preços de combustíveis. Isso foi parcialmente compensado pela redução de R$ 897 milhões do saldo de risco sacado no 1T23.
Na divulgação dos primeiros resultados do ano, a Ultrapar comunicou a aquisição de 50% de participação na Opla, maior terminal independente de etanol no Brasi. Segundo o grupo, o fato marca a entrada da Ultracargo no segmento de armazenagem e logística de granéis líquidos de interior, integrado a terminais portuários, em linha com seu plano de crescimento.
