Vale (VALE3): queda de 18,7% no lucro líquido e EBITDA abaixo do esperado

Tempo de leitura: 2 minutos

Imagem mostra logo da empresa Vale (VALE3)
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A Vale (VALE3) reportou lucro líquido de US$ 4,45 bilhões no terceiro trimestre de 2022, resultado 18,7% inferior ao do mesmo período do ano passado. Já o EBITDA ajustado de operações continuadas foi de US$ 3,67 bilhões, queda de 47% no comparativo anual, impactado principalmente pela queda nos preços de minério de ferro e níquel.

Confira os números da VALE3 e de outras companhias em nosso painel de resultados.

A receita líquida do 3T22 foi de US$ 9,9 bilhões, queda de 19,5% em comparação ao terceiro trimestre do ano passado. Nesse aspecto, o resultado veio em linha com as expectativas do mercado, tendo em vista a queda de 62% no preço referência da tonelada do minério de ferro refinado, que saiu de US$ 162,9 para US$ 103,3 entre julho e setembro. Outris fatores que contribuíram para a queda da receita foram a pressão dos custos de produção e a desaceleração da economia chinesa.

No último trimestre, participação de produtos premium nas vendas totais foi de 78%. “O prêmio de minério de ferro totalizou US$ 6,6/t (vs. US$ 7,3/t no 2T22) devido aos menores prêmios de mercado para produtos com baixo teor de alumina e à ausência de dividendos sazonais das joint ventures“, informou a companhia no relatório do 3T22.

Sobre a queda do preço médio realizado (US$ 20,7/t abaixo do 2T22), a VALE3 informou que “isso foi parcialmente compensado por um menor impacto dos ajustes do sistema de precificação, principalmente devido ao efeito positivo dos preços defasados, com 13% das vendas precificadas a um preço médio de US$ 135,9”. Na comparação anual, o preço médio do minério de ferro da Vale caiu 27%.

Alta das despesas operacionais da VALE3

As despesas operacionais da companhia atingiram US$ 765 milhões no 3T22, alta de 26% em relação ao mesmo período do ano passado. No último trimestre, foram maiores as despesas com pesquisa e desenvolvimento, mas o maior impacto foi dos gastos relacionados a Brumadinho, que saltaram de US$ 161 milhões para US$ 336 milhões.

O aumento das despesas operacionais foi atenuado pelo recuo das despesas financeiras, que totalizaram US$ 221 milhões, ante US$ 240 milhões no comparativo anual. Nesse sentido, o que mais favoreceu o resultado financeiro da Vale foi uma reclassificação de variação cambial, no valor de US% 1,5 bilhão.

Destaques positivos da companhia

Quanto aos pontos positivos, um dos destaques foi a divisão de materiais básicos, que teve crescimento de 61% na receita E 108% no EBITDA no 3T22 no comparativo anual. Nessa divisão, a receita chegou a US$ 1,25 bilhão, e o EBITDA, a US$ 198 milhões.

“O preço realizado do níquel caiu 17% na base trimestral, principalmente devido à queda de 24% no preço médio do níquel da LME. Esse efeito foi parcialmente compensado pelo aumento de 90% no prêmio médio agregado de níquel, atribuído majoritariamente à maior participação de produtos Classe I Superior no mix de vendas, conforme as refinarias voltaram a operar no Atlântico Norte, e aos maiores prêmios para produtos Classe I Superior, em razão do aumento da demanda por material não originado da Rússia”, explica a companhia no release do 3T22.

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