O que o Agro deve esperar do La Niña?

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Imagem mostra mercado pecuário americano
Imagem mostra mercado pecuário americano

O último fenômeno climático El Niño iniciou em meados de junho de 2023, está em processo de neutralidade e deve terminar até meados de junho deste ano. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, este episódio ficou entre os cinco mais fortes já registrados. 

As consequências do El Niño foram amargas, principalmente para o agronegócio brasileiro. Em 11 de abril, a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou que a safra de grãos deve atingir um total de 294,1 milhões de toneladas (-8% ou – 25,7 milhões de toneladas no comparativo com a safra passada).  

Tamanho estrago veio devido à característica do clima: mais seco e quente no Brasil, com chuvas acima da média no sul e abaixo da média no Centro-Oeste, Norte e Nordeste, onde reduziu a produtividade.

E o que esperar do La Niña?

O que entra no radar agora é a alta possibilidade de ocorrer o fenômeno La Niña, que pode durar de nove a 36 meses. Ou seja, a possibilidade de impactos nas próximas safras é grande.

De forma geral, os efeitos esperados desse fenômeno são o contrário do El Niño. No último evento ocorrido (de março de 2020 a março de 2023), as características foram:  

  • Secas severas no Sul (PR, RS e SC) – provocaram consecutivas quebras de safra.
  • Centro-Oeste e Sudeste – alta amplitude térmica (entre mínima e máxima), dias quentes e noites frias.
  • Norte e Nordeste – chuvas prolongadas (principalmente na região MATOPIBA) 

Segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais), espera-se uma situação de degradação da vegetação e alto risco de incêndios para o final da estação seca. 

Falando de algumas commodities negociadas na B³, segue alguns alertas: 

La nina

Na Pecuária, as condições de pastagens no Centro-Oeste e Sudeste devem comprometer a retenção de animais. 

Duas dicas muito valiosas para as próximas safras são: seguro agrícola e hedge

O seguro agrícola ressarcirá o prejuízo em caso de quebra de produção (seca ou geada) e o hedge irá proteger contra as já esperadas oscilações de preços, garantindo assim a margem e a perenidade da operação agro! 

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