A importância de uma carteira equilibrada

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Em meio às expectativas otimistas sobre o crescimento da economia brasileira no ano, mercado sucumbe ao exterior em um prelúdio de decisão agressiva do Federal Reserve sobre a política monetária americana. As bolsas americanas, que estavam recuperando parcialmente as perdas das últimas semanas, afundaram em seu pior dia desde o auge da pandemia, sob o receio de um aumento maior que o esperado na taxa de juros, em razão da crescente inflação registrada nos EUA. Na Ásia, os novos incentivos à economia não são suficientes para alavancar os índices, que recuam seguindo a tendência internacional.

Cenário Brasileiro

As projeções oficiais do Ministério da Economia mais uma vez revisadas para cima evidenciam o momento singular que vive o país diante de toda a incerteza que paira sobre as grandes potências econômicas internacionais. Agora, espera-se que o Brasil cresça 2,70% no ano, contra os 2,00% previstos anteriormente, e registre uma inflação de 6,30% no fim ano, abaixo do 7,20% antes projetado. Mas não foi o suficiente para se desvencilhar do mercado externo negativo, assim, terminou a semana com desvalorização.

Cenário Internacional

A quebra de expectativa quanto ao dado de inflação aos consumidores americanos fez o mercado desabar, constatando seu pior dia desde o pico da pandemia, em 2020. As projeções indicavam deflação de 0,1% no CPI americano, porém, o que se teve foi inflação de 0,1%, demonstrando que os preços ainda estão numa escalada positiva. Esse dado pode ser usado com base para um novo aumento na taxa básica de juros na próxima semana na reunião de política monetária do FED. No oriente, as bolsas chinesas não respondem aos estímulos do PBoC e, assim como os outros índices de ações, caem.

Na Carteira Semanal Top 5 não realizamos nenhuma alteração nessa semana.
Em 12 Meses, a Carteira apresenta uma valorização de 17,40% ante o Ibovespa com baixa de 4,44%.

Confira o que foi manchete na semana:

Internacional

  • Dados de inflação dos EUA são divulgados além do esperado, com avanço de 0,1% em agosto, contra -0,1% projetado. A taxa anual agora se encontra em 8,3%.
  • Na Alemanha, a inflação volta a acelerar, passando de 7,5% em julho para 7,9% em agosto, considerando a taxa anual.
  • Produção Industrial da Zona do Euro recua 2,3% no mês de julho, abaixo das expectativas de queda de 1,0%. O registro é 2,4% menor em relação ao mesmo mês do ano anterior.
  • Taxa anual de inflação em patamar recorde é confirmada pela agência de estatísticas Eurostat, em 9,1%.
  • Bank of America acredita que FED irá elevar taxa básica de em juros em 75 pontos-base na próxima semana, para 3,00% e 3,25% ao ano. Além disso, banco espera que taxa chegue em 3,75% e 4,00% no fim do ano.

Nacional

  • IBC-Br registra alta de 1,17% em julho ante junho, com ajuste, acima do teto das projeções de 1,0%. O acumulado no ano até julho, sem ajuste, é de 2,52%.
  • IGP-10 recua 0,90% em setembro, além da deflação projetada de 0,60%. Todos os índices componentes registraram deflação, IPA-10 em -1,18%, IPC-10 em -0,14% e INCC-10 em -0,02%.
  • Balança comercial da segunda semana de setembro registra superávit de US$ 1,323 bilhão. O acumulado no mês está com superávit de US$ 2,342 bilhões e no ano US$ 46,217 bilhões.
  • Vendas no varejo registra aumento real de 2,8% em agosto, de acordo com avanço de 15,8% no Índice Cielo do Varejo Ampliado. Setores de Bens não Duráveis e de Serviços puxam o crescimento de vendas.
  • Ministério da Economia eleva projeção de crescimento do PIB de 2,00% para 2,70% em 2022 e reduz para inflação no fim do ano de 7,20% para 6,30%. Para 2023, as projeções de PIB e inflação foram mantidas, em 2,50% e 4,50%, respectivamente.

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