7 mitos sobre investimentos em ações que você precisa conhecer

Tempo de leitura: 5 minutos

Imagem mostra dúvidas em relação a mitos sobre investimentos em ações
Imagem mostra dúvidas em relação a mitos sobre investimentos em ações

De tempos para cá, é cada vez maior o número de brasileiros que investe na bolsa de valores. Segundo levantamento da B3, foram 1,25 milhão de novos investidores somente entre julho de 2021 e junho de 2022, o que fez a quantidade de CPFs cadastrados saltar de 3,15 milhões para 4,4 milhões de pessoas.

No entanto, ainda existem muitos mitos sobre investimentos em ações, e é importante conhecê-los para não cair em ciladas ou fazer escolhas erradas para a carteira.

Mitos sobre investimentos em ações

Abaixo, listamos alguns dos mitos mais frequentes que confunde até mesmo alguns investidores mais experientes. Continue a leitura e confira a seguir!

1 – Só ganha dinheiro quem troca muito os papéis

Nos últimos anos, o crescimento do day trade no mercado brasileiro fez com que muitos acreditassem que investir em ações traz sempre retorno rápido. Isso até pode acontecer, pois de fato há profissionais e investidores mais experientes que realizam operações de curto ou curtíssimo prazo para aproveitar a oscilação de preços de alguns papéis – e ganham muito dinheiro com isso. No entanto, quando falamos em investir em ações, a regra para aproveitar a maioria das oportunidades é o foco no longo prazo.

E o motivo é simples: basta você pensar no tempo que uma empresa precisa para estruturar as suas operações, gerar resultados e finalmente distribuí-los aos investidores. Além disso, é preciso entender que todas as empresas estão sujeitas a fatores macroeconômicos, sobre os quais não possuem ingerência. Ou seja, mesmo que uma companhia tenha boa performance ao longo dos anos, ela pode ser negativamente impactada em momentos de retração da economia. Por isso, quem deseja construir uma carteira sólida de ações deve ter o tempo como seu maior aliado e você não precisa ficar comprando e vendendo o tempo todo.

2 – Precisa de muito dinheiro para investir em ações

Diferentemente do que muitos pensam, a bolsa de valores não é um local exclusivo para quem grandes volumes para investir. Logicamente, desde que você faça boas escolhas, quanto maior for o seu aporte, mais crescerá o seu patrimônio investido em ações.

Porém, você pode sim começar com valores mais baixos. Nesse sentido, a estratégia do value investing busca justamente identificar ações com bom potencial de valorização e que estejam abaixo do preço que realmente valem. Inclusive, grandes nomes do mercado financeiro fizeram fortunas ao comprarem ações na baixa e venderem na alta, com foco no longo prazo.

Outra forma também de investir em ações com pouco dinheiro é recorrer ao mercado fracionário. Nesse ambiente da bolsa, não é preciso respeitar a quantidade mínima de ações que o lote padrão estabelece. Dessa forma, você gastará menos pois poderá comprar quantos títulos desejar.

No entanto, no mercado fracionário o número de negociações é bem menor em comparação aos lotes padrão. Por isso, a liquidez desse mercado costuma ser menor, e os spreads das negociações, maiores. Mas, mesmo assim, é uma porta de entrada para quem deseja começar a investir em ações com poucos recursos.

3 – Para se dar bem na bolsa, basta seguir o mercado

Esse é um dos mitos sobre investimentos em ações que costuma ser bastante perigoso, pois pode induzir a grandes prejuízos. É claro que, para que a carteira tenha um bom desempenho, é muito importante acompanhar os acontecimentos da economia e como eles se refletem no mercado financeiro. Como vimos, o preço das ações sofre impacto direto de variáveis macroeconômicas. Logo, estar bem informado lhe dá segurança para tomar as melhores decisões e rever a sua estratégia de investimento sempre que for preciso.

No entanto, isso não significa seguir aleatoriamente o comportamento coletivo dos investidores. No mercado financeiro, não são raras as ondas de euforia e pessimismo sem fundamentos, que podem gerar o perigoso “efeito manada”. Além de ser algo irracional, simplesmente seguir o comportamento do mercado pode fazer você tomar decisões que não têm a ver com seu perfil ou objetivos financeiros.

Por isso, fique atento para não embarcar em modismos ou dar ouvidos a falsos gurus ou a opiniões pouco qualificadas. Se fizer isso, as chances de escolher ativos errados em momentos igualmente errados acaba sendo grande.

4 – Você só ganha dinheiro com ações quando vende o papel

Para ganhar dinheiro com ações, existem diferentes estratégias que não dependem necessariamente da valorização do título. Por exemplo, você pode obter resultados montando uma carteira de ações que pagam dividendos, e garantir uma renda passiva periódica. Nesse caso, é preciso conhecer as peculiaridades de empresas e setores para entender como funciona a distribuição de resultados.

Outra possibilidade para lucrar com ações é por meio do aluguel dos títulos, conforme veremos no próximo item.

5 – A queda da bolsa sempre traz perdas para os investidores

Outro mito sobre investimentos em ações é achar que a queda da bolsa não traz boas oportunidades. É claro que a valorização dos ativos é a principal forma de rentabilizar a carteira. No entanto, algumas operações podem proporcionar ganhos mesmo com o mercado em baixa.

Um exemplo disso é o aluguel de ações, que pode ser rentável tanto para quem tem quanto para quem aluga o título. Nesse tipo de operação, o investidor aluga uma ação quando acredita na sua desvalorização para vendê-la antes que o preço efetivamente baixe. Se as suas expectativas se confirmarem, lucrará com a diferença entre os preços de venda e de compra do título.

6 – Para saber se uma ação está cara ou barata, basta olhar o preço

Embora o preço seja um importante termômetro para avaliar uma ação, somente ele não basta para entender se o título está caro ou barato. Isso porque existem outros fatores a serem considerados para definir o melhor momento de adquirir uma ação, e o Preço/Lucro (P/L) pode auxiliar nessa tarefa.

Basicamente, o P/L indica a relação entre o preço atual da ação e o lucro acumulado pelo título nos últimos 12 meses. Em outras palavras, esse indicador mostra o quanto os investidores estão dispostos para pagar pelo lucro da companhia. Por isso, é muito utilizado por quem deseja encontrar o preço justo de uma ação.

Há diversos outros indicadores que auxiliam na tomada de decisão sobre ações, como o EBITDA e outros tantos da análise fundamentalista. Para uma avaliação completa, o ideal é utilizar sempre a maior quantidade de informações e indicadores possíveis sobre as companhias.

7 – Se o investidor for arrojado, não tem problema colocar todo o dinheiro em ações

Mesmo para os investidores mais arrojados, experientes e capitalizados, é um erro extremamente perigoso colocar todo o dinheiro em renda variável. Isso porque o primeiro passo de quem começa a investir é formar a reserva de emergência, pois esses recursos darão suporte a eventuais urgências financeiras.

Imagine que o seu patrimônio esteja todo investido em ações, e que você precise de dinheiro imediatamente para bancar um gasto extra. Nesse caso, como você não tem nenhuma aplicação de liquidez imediata, precisará ir a mercado para vender parte de suas ações. No entanto, se o mercado estiver em baixa, possivelmente você irá sacrificar o preço de suas ações para vendê-las rapidamente. Dessa forma, o resultado de sua carteira de ações também será comprometido.

Portanto, nunca se descuide de sua reserva de emergência. Além de lhe socorrer no caso de imprevistos financeiros, ter recursos à disposição também faz com que você consiga aproveitar boas oportunidades de investimentos assim que elas surgem.

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