A B3 (B3SA3) divulgou seus resultados do 4° trimestre de 2022 (4T22) na quarta-feira (15), reportando lucro líquido recorrente de R$ 1,15 bilhão, queda de 6,3% em comparação ao mesmo período de 2021. O indicador foi impactado principalmente pelo maior volume de despesas com pessoal e tecnologia no período.
A receita total atingiu R$ 2,56 bilhões, alta de 5,6% em relação ao 4° trimestre de 2021 e de 2,3% na comparação com o trimestre anterior. Segundo a B3, a melhora do indicador é explicada, principalmente, pelo aumento na receita dos segmentos Balcão e Tecnologia, dados e serviços.
No 4T22, o EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente totalizou R$ 1,62 bilhão, valor 1,7% abaixo na comparação anual. Já a margem EBITDA recorrente foi de 70,5%, queda de 5,4 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mesmo período de 2021. Excluindo Neoway, o EBITDA recorrente teria sido de R$1.645,3 milhões, e a margem EBITDA, 72,9%.
- Raízen (RAIZ4): lucro cai 79% no 3° tri da safra 2022-2023
- Cielo (CIEL3): lucro líquido recorrente de R$ 490 milhões no 4T22
- Vivo (VIVT3): lucro cai 57% no 4° tri 2022 sob efeito de crédito fiscal não recorrente de 2021
- Usiminas (USIM5): prejuízo de R$ 839 milhões no 4° tri 2022, devido a impairment de R$ 1,4 bilhão
Já as despesas totalizaram R$ 976,5 milhões no 4T22, aumento de 20,5% ou de 11,2% excluindo os impactos de Neoway. Desse valor, R$ 356,3 milhões correspondem a despesas com pessoal, que cresceram 37,3% principalmente pela inclusão da Neoway nessa rubrica, pelo dissídio anual e por despesas não recorrentes com rescisões relativas ao projeto de ganho de eficiência, segundo a B3.
O resultado financeiro do período ficou positivo em R$ 48,6 milhões, com receitas financeiras na casa de R$ 426 milhões (+6,2%) e despesas financeiras somando R$ 396,7 milhões (+33,2%). A evolução de ambos se deve ao aumento da Selic na comparação anual.
Durante o 4T22, a companhia investiu R$ 98,6 milhões, principalmente em atualizações tecnológicas em todos os seus segmentos de negócios. Segundo a B3, isso envolve investimentos em capacidade e segurança cibernética e desenvolvimento de novos produtos. No acumulado do ano, o CAPEX alcançou R$ 219,7 milhões.
Distribuições aos acionistas
No trimestre, as distribuições aos acionistas somaram R$ 1,3 bilhão, sendo R$ 749,4 milhões em recompras, R$ 370,1 milhões em juros sobre capital próprio e R$ 140,0 milhões em dividendos. A B3 ainda destaca que, durante os 3 últimos exercícios sociais, os proventos distribuídos totalizaram R$17,5 bilhões, incluindo a recompra de aproximadamente 6% de suas ações.