BRF (BRFS3) fecha o 4° tri 2022 com prejuízo de R$ 956 milhões

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Dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF (BRFS3) encerrou o 4° trimestre de 2022 (4T22) com prejuízo R$ 956 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 932 milhões alcançado no mesmo período de 2021. Quanto aos fatores que levaram à piora do resultado, a companhia destaca o acordo de leniência relativo à Operação Carne Fraca no valor de R$ 584 milhões, fechado no final de 2022. Esse valor não tem efeito caixa, pois somente em junho de 2023 vence a primeira das cinco parcelas anuais do acordo.

Segundo a BRF, as despesas financeiras líquidas, no valor de R$ 602 milhões, também contribuíram para o resultado negativo do período. No acumulado de 2022, o prejuízo líquido atingiu R$ 3,14 bilhões, o que reverteu o lucro de R$ 437 milhões do exercício anterior.

No 4T22, a receita líquida da companhia somou R$ 14,76 bilhões, alta de 7,6% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior. No acumulado do ano, o indicador totalizou R$ 53,8 bilhões contra R$ 48,3 bilhões em 2021, um crescimento de 11,3%. A companhia atribui a alta principalmente ao aumento dos volumes no mercado interno e no exterior, o que compensou a queda do preço e exportação do frango, além do repasse de preços.

Já o lucro bruto da BRF apresentou queda de 18,6% no último trimestre de 2022 frente ao mesmo período do ano anterior, fechando em R$ 2,43 bilhões. No 4T22, a margem bruta foi de 16,5%, 5,3 pontos percentuais abaixo do 4° trimestre de 2021.

A queda na margem bruta ocorreu tanto no mercado interno quanto no externo. No cenário doméstico, isso se explica pela forte forte pressão dos custos de insumos e mão de obra combinada à limitação de repasse de preços. Já no mercado externo, a companhia atribui a piora da margem à redução dos preços em dólares do frango (maior oferta), além de efeitos inflacionários, cujos custos também não foram integralmente repassados.

Ao final de 2022, o endividamento líquido era de R$ 14,59 bilhões, uma redução de 15,8% em relação a um ano antes. No 4T22, o prazo médio do endividamento era de 8 anos, redução de 0,4 ano em comparação ao trimestre anterior.

A alavancagem líquida da BRF, medida pela dívida líquida/EBITDA ajustado dos últimos doze meses, atingiu 3,75x no 4T22 vs. 3,26x no 3T22 (alavancagem equivalente em USD atingiu 3,68 no 4T22 vs. 3,17 no 3T22).

Plano de desinvestimento

Para tentar equalizar a piora do resultado, a BRF anunciou um plano de desinvestimento que contempla a venda da operação de pet food, anunciada horas antes da divulgação dos resultados do 4T22.

A expectativa é de que essa negociação traga até R$ 4 bilhões ao caixa durante 2023. Segundo a BRF, já existe valuation atrativo para a operação e para outros ativos que não fazem parte da sua operação principal.

O CEO da companhia afirmou em coletiva que o plano é realmente focar no core business, e que, por isso, faz todo sentido avaliar esse desinvestimento.

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