CSN (CSNA3) apresenta prejuízo e CSN Mineração (CMIN3) fecha o 1T23 com lucro menor

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A CSN (CSNA3) reportou prejuízo de R$ 823 milhões no 1° trimestre de 2023 (1T23), revertendo o lucro de R$ 1,36 bilhão do mesmo período do ano anterior. Já a CSN Mineração (CMIN3) apresentou lucro líquido de R$ 516 milhões no período, queda de 30% na comparação com o 1° trimestre de 2022.

De acordo com o balanço, o prejuízo da CSNA3 é não recorrente e sem efeito caixa, fruto do hedge de minério e do hedge accounting de câmbio. “É importante ressaltar também que o efeito do hedge de minério é apenas transitório, uma vez que a forte queda do Platts após o final do 1T23 deve trazer um impacto positivo para a posição em aberto, de forma a compensar majoritariamente o impacto que a companhia teve no 1T23”, diz relatório da empresa.

Quanto à CMIN3, o que motivou a queda do lucro foram as despesas com hedge de Platts realizadas no período. Nesse sentido, a companhia destaca que a posição em aberto desse hedge terá efeito positivo com a forte queda do Platts depois de março de 2023. Isso compensará majoritariamente as perda acumulada no ano, que até o final de abril estava em USD 13,2 milhões.

CSN (CSNA3)

A receita líquida totalizou R$ 11,3 bilhões no 1T23, o que representa uma queda de 4% ante o mesmo período de 2022, mas também um avanço de 2% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Segundo a companhia, a melhora do indicador na comparação com o 4T22 deve-se aos melhores preços realizados na mineração e a boa estratégia comercial observada no período.

O EBITDA ajustado somou R$ 3,20 bilhões nos primeiros três meses do ano, valor 32% inferior ao do 1T22 e 3% acima do último trimestre do ano passado. A CSNA3 atribui a melhora do indicador ante o 4T22 à melhora dos resultados de mineração, que compensaram a dinâmica mais fraca da siderurgia e do segmento de cimentos.

Ao final de março de 2023, a dívida líquida era de R$ 30,15 bilhões, contra R$ 18,16 bilhões um ano antes. Já o grau de alavancagem (dívida líquida / EBITDA) alcançou 2,5 vezes no 1T23 frente a 0,89 vezes em 31 de março de 2022.

“Esse aumento temporário da alavancagem é consequência da saída da base de cálculo dos fortes resultados do início de 2022, em razão dos efeitos da guerra na Ucrânia. No entanto, quando se observa as perspectivas de resultados e geração de caixa para 2023, inclusive com a normalização das condições do capital de giro, espera-se uma redução gradual da alavancagem para dentro da meta estabelecida pela companhia, o que reforça o efeito transitório e excepcional dessa alavancagem acima do teto”, explicou a CSN.

Distribuição de dividendos

No último dia 28 de abril, a companhia divulgou a distribuição de dividendos no montante de R$ 1,6 bilhão, parte à conta da reserva de lucros (R$ 0,63106731615 por ação) e parte referente ao exercício de 2022 (R$ 0,58604102195 por ação). Ambos os pagamentos serão realizados em 17 de maio de 2023.

CSN (CMIN3)

A receita líquida do 1T23 somou R$ 4,12 bilhões, crescimento de 7% na comparação com igual trimestre do ano anterior. Já a receita líquida unitária foi de US$ 91,9 por tonelada úmida, alta de 34% contra o 4T22 e em linha com a trajetória ascendente do preço do Platts, segundo a companhia.

O EBITDA ajustado foi de R$ 2,01 bilhões no acumulado de janeiro a março de 2023, valor 16% abaixo do mesmo período do ano passado mas 13% acima do último trimestre de 2022. A margem EBITDA ajustado ficou em 49%, queda de 1,8 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior e 18,4 p.p. abaixo do registrado um ano antes.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 381 milhões no 1T23, o que corresponde a uma queda de 13% das perdas financeiras em relação ao trimestre anterior. A melhora do indicador deve-se, principalmente, ao efeito da variação cambial verificado no trimestre.

Em 31 de março de 2023, o fluxo de caixa ajustado da CMIN3 foi positivo em R$ 379 milhões, afetado, principalmente, pelas despesas financeiras com as operações de hedge e pelo aumento do capital de giro, fruto do aumento de preços no período. Nessa data, a alavancagem financeira (dívida líquida/EBITDA) era de menos 0,11 vezes, e o caixa somava R$ 9,25 bilhões.

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