No mercado financeiro, existem certificações que habilitam os profissionais a atuar em diferentes áreas, e uma delas é a CFG ANBIMA, que fornece o conhecimento básico para a gestão de recursos de terceiros.
Embora não seja obrigatória, a CFG é pré-requisito para outros certificados, e abre portas interessantes para quem deseja iniciar ou se especializar na gestão de ativos. Neste conteúdo, mostraremos qual a importância dessa certificação, quem pode obtê-la, oportunidades que ela traz e demais aspectos que podem auxiliar quem está pensando em atuar na área. Continue a leitura e saiba mais a respeito.
O que é a CFG ANBIMA?
A CFG (Certificação em Fundamentos de Gestão) é o passo inicial para quem deseja atuar na gestão de recursos de terceiros ou acelerar a carreira para ocupar cargos em empresas de gestão de ativos.
Até 2021, a CGA (Certificação de Gestores ANBIMA) era a única das certificações da ANBIMA voltada à gestão de recursos, o que tornava o seu conteúdo muito extenso. Além disso, existia um gap muito grande entre ela e a CEA, a certificação de mais alto grau na distribuição de investimentos (a CEA abarca as iniciais CPA-10 e CPA-20).
Para tornar os processos de certificação mais acessíveis e focados em determinados produtos, a ANBIMA desmembrou a antiga CGA em três, sendo que uma, a CFG, é pré-requisito para as outras duas: a CGA, que manteve o nome e trata da gestão de fundos de ações, renda fixa, multimercados e cambiais, e a CGE, voltada especificamente a produtos estruturados, como fundos imobiliários (FIIs), fundos de índices e fundos de direitos creditórios (FDICs).
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Ou seja, a CFG é literalmente a primeira etapa na formação de quem busca a gestão de recursos de terceiros. Com ela, o profissional pode optar por atuar na indústria de fundos de investimentos, de produtos estruturados, ou ambos, dependendo das oportunidades que o mercado venha a oferecer.
Isoladamente, a CFG não habilita à gestão de recursos. No entanto, por si só, ela já confere uma importante base de conhecimento para que o profissional possa atuar em empresas de asset management, mesmo que não seja o responsável direto pela alocação das carteiras.
Quem pode obter a CFG ANBIMA?
Qualquer profissional interessado em obter mais conhecimentos sobre gestão de recursos de terceiros pode se candidatar à CFG, não sendo necessário cursos superior para prestar a prova. No entanto, para atuar efetivamente como gestor, além da CGA ou CGE, é preciso ter um diploma universitário.
Conteúdo da prova
Entre todas as provas de certificações, a CFG é considerada uma das mais trabalhosas, justamente pela quantidade de conteúdos que ela abrange e pela complexidade de alguns temas. Ao todo, são 12 áreas de conhecimento que o candidato precisa dominar:
- – Métodos quantitativos;
- – Economia;
- – Análise de relatórios financeiros;
- – Finanças corporativas;
- – Mercados e instrumentos financeiros;
- – Teoria moderna de carteiras e modelos de precificação de ativos;
- – Finanças comportamentais;
- – Política de investimentos;
- – Alocação de ativos;
- – Novas tecnologias em finanças;
- – Ética e autorregulação;
- – Legislação e regulação.
A prova possui 60 questões, que devem ser resolvidas em até três horas. Para aprovação, é preciso acertar 42 questões (70% do total).
Como fazer a prova para CFG?
O primeiro passo é fazer a inscrição no site da ANBIMA. Assim que preencher o formulário, o candidato deverá fazer o pagamento da taxa de inscrição, cujo valor cheio é de R$ 570 ou R$ 475 para profissionais de instituições vinculadas à entidade. Lembrando que, de tempos em tempos, esses valores sofrem reajustes, e todas as atualizações constam no site da própria ANBIMA.
É importante saber que o prazo para fazer a prova é de seis meses após a inscrição. Portanto, é aconselhável que o candidato se inscreva somente quando se sentir suficientemente seguro para prestar as provas, pois caso perca a data, o valor não será reembolsado.