CGA e CGE: conheça as certificações para gestores de investimentos da ANBIMA

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra gestores de investimentos com as certificações CGA e CGE
Imagem mostra gestores de investimentos com as certificações CGA e CGE

O mercado financeiro oferece uma ampla gama de possibilidades profissionais para quem possui as qualificações adequadas. Nesse sentido, uma das atividades mais valorizadas e requisitadas é a gestão de investimentos, e as certificações CGA e CGE da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) são fundamentais para o desempenho desse trabalho.

Neste conteúdo, você saberá o que são CGA e CGE, o que faz um gestor de investimentos e o que é necessário para obter essas tão concorridas certificações. Continue a leitura e conheça um pouco mais as oportunidades que esse mercado traz para profissionais qualificados.

O que faz um gestor de investimentos?

Antes de falarmos especificamente sobre as duas certificações, é importante entendermos quem é e como atua um gestor de investimentos.

Esse profissional é responsável por selecionar os ativos que formarão o patrimônio de um fundo de investimentos ou de uma carteira em específico. Isso significa que o seu principal objetivo é elaborar e executar estratégias para que as aplicações gerem o máximo rendimento possível para os investidores.

Para obter esse resultado, o gestor deve conhecer muito sobre produtos financeiros de todos os tipos, desde os mais simples, como a renda fixa conservadora, aos mais sofisticados instrumentos financeiros, como derivativos, ativos internacionais, e assim por diante.

O trabalho do gestor está diretamente relacionado ao perfil de investidor de seu cliente ou do fundo pelo qual é responsável. Isso porque a escolha dos ativos deverá estar em linha com o grau de risco que o fundo permite (isso consta no respectivo regulamento) ou que os investidores estão dispostos a assumir. Para cada perfil, ele deverá desenvolver uma estratégia própria, sempre buscando o melhor equilíbrio entre risco e rentabilidade.

Em relação à atuação, o espectro desse profissional é bastante amplo, pois ele pode tanto assumir a gestão de fundos quanto a do patrimônio dos clientes de forma direta. Entre as organizações nas quais um gestor de investimentos pode trabalhar, estão as instituições e consultorias financeiras, órgãos certificadores do mercado de capitais e casas de análise.

O que são CGA e CGE?

Para lidar com a complexidade do mercado financeiro, é preciso muito conhecimento, e é justamente isso o que a CGA e CGE atestam aos seus detentores.

CGA é a sigla para Certificação de Gestores ANBIMA, e CGE significa Certificação de Gestores para Fundos Estruturados ANBIMA. Ambas capacitam os profissionais a atuarem como gestores de investimentos; o que muda é somente o foco de atuação de cada uma delas.

Até 2021, a ANBIMA disponibilizada somente a CGA para quem desejasse atuar na gestão de recursos de terceiros. Isso fazia com que o conteúdo da prova fosse muito extenso, pois o candidato precisava dominar praticamente todos os produtos de investimentos do mercado financeiro. E isso nem sempre é necessário para um gestor, pois muitos optam por trabalhar com foco em determinados ativos, seja por afinidade ou por demanda dos clientes.

Para que os processos de certificação se tornassem mais acessíveis, a ANBIMA desmembrou a antiga CGA em três: a CFG (Certificação em Fundamentos de Gestão), a CGA e a CGE.

A CFG é a porta de entrada para quem deseja seguir a carreira de gestor de recursos, pois ela é pré-requisito para a CGA e CGE. Já a CGA, que manteve o nome, trata da gestão de produtos como fundos de ações, renda fixa, multimercados e cambiais. Por fim, a CGE é voltada especificamente para a gestão de produtos estruturados, como fundos de índices, fundos imobiliários (FIIs) e fundos de direitos creditórios (FDIC).

O que é preciso para obter as certificações de gestão da ANBIMA?

Como vimos, tanto para a CGA quanto para a CGE, o primeiro passo é obter a Certificação em Fundamentos de Gestão, pois ela é pré-requisito para ambas. A prova da CFG é composta por 60 questões que abarcam 12 áreas do conhecimento, como economia, finanças corporativas, políticas de investimentos, alocação de ativos, análise de relatórios financeiros, entre outros temas.

Para ser aprovado, o candidato precisa ter um aproveitamento mínimo de 70%, o equivalente a 42 acertos.

Com a CFG, já se pode partir para as certificações específicas – CGA ou CGE – de acordo com a área de interesse. Ambas são compostas por 45 questões, que o candidato precisa resolver em duas horas e meia, e também precisa acertar, ao menos, 70% do total para ser aprovado. Veja a seguir o conteúdo de cada uma delas.

Prova para CGA

O conteúdo para o exame CGA abrange os seguintes assuntos:

  • – Gestão de carteiras (renda fixa);
  • – Gestão de carteiras (renda variável);
  • – Investimentos no exterior;
  • – Avaliação de desempenho;
  • – Gestão de risco;
  • – Legislação, regulação e tributação.

Prova para CGE

Já o exame para gestão de produtos estruturados traz os seguintes temas para estudo:

  • – Investimento imobiliário;
  • – Private Equity;
  • – Securitização de recebíveis;
  • – Fundos de índices;
  • – Investimentos no exterior;
  • – Avaliação de desempenho;
  • – Gestão de risco;
  • – Legislação, regulação e tributação.

Validade e atualização das certificações

Se o profissional estiver atuando na gestão de recursos, as certificações permanecerão válidas enquanto o gestor estiver no exercício dessa função. Caso contrário, tanto a CGA quanto a CGE possuem validade de três anos.

Caso seja necessário atualizar as certificações, será preciso fazer o curso de atualização CGA ou CGE da ANBIMA. Quanto elas forem renovadas, automaticamente a CFG também é atualizada.

Custos

A inscrição para o exame da CGA custa R$ 550 para profissionais vinculados a uma instituição associada à ANBIMA e R$ 650 para os demais. No caso da CGE, o exame custa R$ 573 para quem é vinculado e R$ 650 para o público em geral.

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