Ambev (ABEV3) lucra R$ 2,68 bi no 2T23, queda de 13,1% na comparação anual

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Ambev ABEV3
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A Ambev (ABEV3) lucrou R$ 2,68 bilhões no 2° trimestre de 2023 (2T23), cifra 23,1% abaixo do mesmo período do ano anterior. Segundo o relatório de resultados divulgado na manhã desta quinta-feira (3), a queda no comparativo anual se deve ao efeito de créditos tributários extraordinários no montante de R$ 1,23 bilhões auferidos no ano passado. “Ausentes tais créditos tributários extraordinários e seus efeitos relacionados, o lucro ajustado teria crescido 18,0%”, disse a companhia.

A receita líquida do 2T23 foi de R$ 18,89 bilhões, um crescimento de 5,1% em comparação ao mesmo trimestre de 2022. Já o crescimento orgânico do indicador, segundo a Ambev, foi de 20%, impulsionado pelo aumento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 22,8%.

Segundo o relatório de resultados, a receita líquida cresceu na maioria das unidades de negócios: LAS2 +82,1%; Cerveja Brasil +10,1; NAB Brasil 7,5% e CAC +4,8%, enquanto no Canadá ficou estável.

O EBITDA ajustado somou R$ 5,27 bilhões no período, alta de 34,2% no conceito orgânico e queda de 4,7% no reportado. De acordo com a Ambev, as pressões de custos permanecem desacelerando, o que levou ao crescimento do EBITDA e à expansão da margem EBITDA ajustado em todas as unidades de negócios.

“Embora o volume tenha sido impactado por indústrias mais fracas em alguns de nossos principais mercados, a receita líquida aumentou 20,0%, impulsionada por uma sólida performance da ROL/hl (+22,8%) combinada com alavancagem operacional, resultando em um crescimento do EBITDA ajustado de 34,2%. A margem bruta expandiu 170 pontos-base, e a margem EBITDA ajustado expandiu 300 pontos-base”, disse a Ambev.

O resultado financeiro líquido do 2T23 ficou negativo em R$ 1,07 bilhão, o que representa perda financeira de R$ 578 milhões em relação ao 2T22. Entre os principais fatores que impactaram negativamente o indicador estão o aumento de despesas com juros, perdas com derivativos e a hiperinflação na Argentina.

Expectativa de queda nos custos

Em fato relevante publicado junto com o relatório de resultados do 2T23, a Ambev disse ter revisado a expectativa de crescimento do custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro, excluindo depreciação e amortização, para seu
negócio de cervejas no Brasil. de 6,0 a 9,9% para 2,5 a 5,5% no ano de 2023 (excluindo a venda de produtos de marketplace não Ambev). Segundo a companhia, isso se deve à melhora da percepção sobre a inflação, ao mix de produtos e à queda de preços esperada para commodities que influenciam a produção.

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