Dados internos proporcionaram certa recuperação do Índice Bovespa em semana de muita incerteza no mercado global, por expectativas sobre a trajetória dos juros nas principais nações do ocidente e receio quanto a capacidade de retomada na economia da China. Nos EUA e Europa, investidores demonstraram muito apreensão em semana de grande importância para o alinhamento de suas perspectivas com o que pensa os dirigentes dos mais poderosos Bancos Centrais do mundo. Bolsas da China e Hong Kong foram impulsionadas por acordo entre autoridades americanas e chinesas sobre autoria de dados e documentos.
Cenário Brasileiro
A nova divulgação do IPCA-15 fez o Índice Bovespa subir forte após primeiro dia de perdas na última semana. O recuo de 0,73% é a menor taxa mensal da série e alavancou os setores voltados ao consumo, com aéreas e varejistas entre as maiores altas da semana. Entre os piores desempenhos do período estão as empresas de necessidade essências, como energia elétrica, alinhado à perspectiva de maior disponibilidade de renda da população, e aquelas que possuem exposição ao mercado americano, devido o momento de incerteza da potência mundial.
Cenário Internacional
O simpósio organizado pelo Federal Reserve em Jackson Hole foi o foco da semana no mercado global. Em busca de sinais sobre o rumo da política monetária do país, esperava-se muito do discurso do presidente nacional do FED, Jerome Powell, no último dia da semana, onde foi reafirmado o compromisso do controle à inflação de forma implacável, sem que houvesse retornos subsequentes. A resposta do mercado foi negativa, reavendo toda a valorização das bolsas americanas ocasionadas pelo acordo de auditoria entre as autoridades americanas e chinesas.
Nossa carteira
Na Carteira Semanal Top 5 não realizamos nenhuma alteração nessa semana. Em 12 Meses, a Carteira apresenta uma valorização de 20,17% ante o Ibovespa com baixa de 6,03% – nessa semana tivemos alta, impulsionado pelo bom desempenho de SLC Agrícola (SLCE3).
Confira o que foi Manchete na semana:
Internacional
- Dirigente do BCE e presidente do BC alemão disse no fim de semana que o BCE precisa aumentar os juros mesmo com o receio sobre recessão, caso não, a inflação tende a permanecer alta durante todo o ano de 2023.
- Após medidas frustradas de reaquecimento da economia, Banco do Povo da China, realiza o corte em mais duas taxas básicas de juros, de empréstimos de um ano, de 3,7% para 3,65%, e para empréstimos de cinco anos, de 4,45% para 4,3%.
- PMI Composto da Alemanha chega no menor nível em 26 meses, 47,6 em agosto. No Reino Unido, índice vai a 50,9 em agosto, menor nível em 18 meses. Na Zona do Euro, porém, índice fica acima do esperado em 49,2.
- EUA envia pacote de ajuda de US$ 3 bilhões para a Ucrânia.
- O vice-secretário-geral da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China afirmou meta de inflação em 3% será cumprida.
Nacional
- Custos e despesas maiores apertam margens, mesmo com receitas maiores em 18,2% na média, segundo levantamento feito pelo Valor, do O Globo, em 386 empresas nessa temporada de balanços.
- IPC-S da terceira quadrissemana de agosto indica deflação menor no índice cheio, de -1,28% para -0,95%.
- IPCA-15 registra deflação de 073% em agosto ante 0,13% em julho.
- Índice Nacional de Custo da Construção – INCC-M cai 0,33% em agosto. No mês anterior, uma alta de 1,16% foi registrada.
- PEAC – Programa de Garantia de Crédito do BNDES recebe mais de R$ 1,1 bilhão em pedidos na primeira semana da reabertura. O programa vai até dezembro de 2023 e estima-se mais de R$ 22 bilhões em empréstimos.