Entender como funciona o seguro de vida é muito importante para contar com essa eficiente ferramenta de planejamento financeiro.
Em linhas gerais, o seguro de vida é um contrato que o segurado firma com uma seguradora para que ela pague uma indenização aos beneficiários em caso de morte. Normalmente se pensa nesse tipo de seguro somente no caso de morte, mas ele também pode contemplar coberturas para o próprio beneficiário, como quando há doenças graves ou mesmo invalidez, por exemplo. Além disso, ele pode dar uma boa ajuda nos custos do inventário em um processo de sucessão patrimonial.
Neste conteúdo, falaremos sobre como funciona o seguro de vida – tipos, custos, coberturas, vantagens e todos os pontos que você precisa conhecer antes de contratar um. Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
Como funciona o seguro de vida?
Como vimos, o seguro de vida indeniza os beneficiários caso o segurado venha a falecer. No momento da contratação da apólice, o segurado pode nomear os beneficiários – se não o fizer, os seus dependentes legais é que receberão a indenização.
A vigência de um seguro de vida – o seu prazo de validade – é definida no momento da contratação do serviço, e o segurado pode escolher como fará o pagamento, se de uma vez só ou em parcelas. Enquanto a apólice do seguro estiver vigente, ele estará ativo, e as coberturas, garantidas pela seguradora.
A apólice também traz as coberturas do seguro (veremos isso no próximo item) e as condições de renovação, que pode variar caso a caso. Por exemplo, ele pode ser renovado automaticamente no vencimento, se uma das partes envolvidas não desistir, ou expirar até que um novo contrato seja assinado. Por isso, é sempre importante checar a data do vencimento no momento da contratação, inclusive porque pode ocorrer atualização dos valores segurados.
O que cobre um seguro de vida?
As coberturas de um seguro de vida dependem do plano que o segurado contratou, sendo as mais comuns a morte acidental e por causas naturais. Mas se o contratante identifica outros possíveis riscos para si e para seus beneficiários, existe a possibilidade de ampliar a abrangência da apólice, incluindo coberturas adicionais como:
Doença grave ou terminal
A comprovação de doenças graves é feita com resultados de exames e laudos médicos. As coberturas variam de seguradora para seguradora, e normalmente contemplam câncer, infarto, AVC, Alzheimer, Parkinson, insuficiência renal, perda da fala, audição e visão, queimaduras de 3° grau, transplantes, entre outros casos.
Dependendo do plano, o contratante pode optar por cobrir um determinado número de doenças ou transplantes previstos pela seguradora.
No caso de doenças terminais, existe a possibilidade de antecipar a indenização por morte. Para configurar um quadro terminal, é preciso que se prove não haver chances de recuperação com tratamentos. Normalmente, a expectativa de vida nesses casos fica em torno de seis meses da data do diagnóstico.
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Invalidez temporária ou permanente
Entre as coberturas adicionais, a invalidez temporária ou permanente é uma das mais procuradas por quem contrata um seguro de vida.
Os danos gerados por invalidez são avaliados de acordo com o grau de comprometimento à capacidade do segurado. Por exemplo, se o laudo da perícia atestar que ele perdeu totalmente as funções dos braços ou pernas, a seguradora pagará o valor total da apólice. Se a avaliação médica entender que somente 50% de suas funções ficaram comprometidas, será pago metade do prêmio contratado, e assim por diante.
Existe também a possibilidade de o segurado majorar a cobertura por invalidez, quando o seu trabalho depende mais de algum membro ou função motora específica. São comuns os casos de jogadores de futebol, que dependem do excelente funcionamento das pernas, e de cirurgiões, que necessitam da destreza das mãos. Nessas situações, o segurado deve indicar os membros pelos quais ele deve ser indenizado se não puder mais trabalhar com eles.
Auxílio-funeral
O auxílio-funeral é uma cobertura adicional que custeia os gastos com a cerimônia e o sepultamento quando o segurado morre durante a vigência da apólice.
No contrato de seguro, deverá constar um limite para esses gastos e a pessoa que receberá o valor, que pode ser um familiar ou um terceiro indicado pelo segurado. De acordo com essas informações, a seguradora fará o reembolso.
Qual é o valor de um seguro de vida?
Para chegar no valor do prêmio do seguro de vida, são considerados diversos fatores que envolvem o segurado e o seu contexto. Além do capital segurado que se deseja receber, variáveis como idade, hábitos (se é fumante ou não, se pratica esportes ou é sedentário, etc), estado de saúde (se possui doenças pré-existentes), atividade profissional (se está exposto a riscos ou trabalha em ambiente seguro) e estilo de vida também interferem no preço.
A análise de todas as variáveis combinadas permitirá determinar o risco do contratante do plano. Quanto maior o risco esperado, mais caro será o seguro, e vice-versa.
O valor do seguro de vida pode variar bastante de seguradora para seguradora. Mas, de forma geral, ele é bem mais acessível do que outros tipos de seguros bem conhecidos, como o de veículos, por exemplo.
Pagamento do seguro de vida
Na contratação do plano, o segurado escolhe como deseja que ocorra o pagamento da indenização aos beneficiários, se todo de uma vez ou em parcelas mensais – como uma renda.
Para receber o seguro de vida, os beneficiários devem avisar a seguradora sobre a morte do segurado. Por sua vez, a empresa solicitará documentos e começará a verificação para determinar se não existe algum indício de irregularidade, como parcelas atrasadas ou mesmo fraude.
Se tudo estiver ok, o pagamento aos beneficiários será feitos em até 30 dias da entrega da documentação solicitada. Esse é o prazo máximo determinado pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), mas há muitas seguradoras que pagam bem mais rápido, em menos de uma semana.
Se a seguradora apontar alguma pendência, como falta de documentos ou alguma outra informação, contatará os responsáveis. Nesse caso, o prazo de análise ficará suspenso até que seja dado retorno para a continuidade do processo.
Vantagens do seguro de vida
Além da segurança financeira para a família no caso de morte, o seguro de vida também protege o segurado em determinadas situações de doença ou invalidez, conforme vimos anteriormente. Essa proteção se torna ainda mais importante para quem trabalha por conta própria e não tem rendimentos fixos, como freelancers, autônomos ou profissionais liberais, por exemplo.
E não é só nos casos de invalidez ou doenças graves que se pode receber o seguro de vida ainda em vida. Nesse sentido, alguns seguros podem ser por tempo predeterminado, funcionando de forma semelhante a uma previdência privada, com os períodos de contribuição e de fruição definidos em contrato. Essa é mais uma das vantagens do seguro de vida
Contratar um seguro de vida também é uma boa ferramenta de planejamento sucessório, pois os recursos pagos aos beneficiários não passam por inventário. Logo, a modalidade ajuda bastante nos custos legais que uma partilha de bens sempre envolve.
Como fazer um seguro de vida?
Para escolher a modalidade mais adequada às suas necessidades, é preciso entender bem as coberturas, pois além das que vimos anteriormente (que são as mais conhecidas) existem várias outras possíveis. Além disso, é preciso conhecer a abrangência geográfica do seguro de vida, para não ter surpresas quando for preciso acioná-lo.
A carência e as exclusões são outros pontos importantes na hora da contratação. Embora não seja comum as seguradoras brasileiras incluírem carência nos planos, isso pode acontecer se o segurado tiver alguma doença grave, por exemplo. Nesse caso, algo acontecer com o segurado antes de cumprida a carência, nem ele nem os seus beneficiários receberão a indenização, mesmo que os pagamentos da apólice estejam em dia.
Quanto às exclusões, é possível que a seguradora não indenize casos de suicídio premeditado. Também podem não receber o seguro de vida os beneficiários de vítimas de acidentes ocasionados por influência de drogas ou álcool.
Por fim – mas não menos importante – é preciso escolher bem a seguradora, pois existem muitas ofertas no mercado, e isso não significa que todo o serviço oferecido seja de boa qualidade. Dependendo da instituição, você encontrará opções mais completas ou mais restritas, e tudo isso deve ser avaliado cuidadosamente antes de se tomar uma decisão.
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