Eletrobras (ELET3) reverte lucro e fecha o 4T22 com prejuízo de R$ 479 milhões

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A Eletrobras (ELET3) registrou prejuízo líquido de R$ 479 milhões no 4° trimestre de 2022 (4T22), resultado que reverteu o lucro líquido de R$ 610 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.

De acordo com a companhia, um dos motivos da piora do indicador foi o impacto de R$ 1,26 bilhão referente ao plano de demissão voluntária, realizado em dezembro do ano passado. Além disso, provisões na ordem de R$ 2,52 bilhões para perdas na Amazonas Energia e aumento de R$ 1 bilhão nas despesas financeiras também contribuíram para o prejuízo do período.

No acumulado de 2022, a Eletrobras atingiu lucro líquido de R$ 3,63 bilhões, queda de 36% em relação ao exercício de 2021. No ano passado, a PDD (provisão para devedores duvidosos) aumentou R$ 4,47 bilhões, passando de R$ 1,02 bilhão para R$ 5,02 bilhões.

A receita líquida do 4T22 somou R$ 10,50 bilhões, valor 14% abaixo do último trimestre de 2021. Segundo a empresa, a deflação do período (IPCA e IGP-M reduziram) piorou de forma relevante a receita de transmissão, efeito parcialmente mitigado pela revisão tarifária de 17 contratos do ciclo 22/23.

“A deflação ocorrida no período resultou em uma redução de R$ 1, 67 bilhão nas receitas de transmissão, em especial a receita contratual (receita financeira) que são reajustadas por IPCA e IGPM, de acordo com o ano de competência, considerando os efeitos das regras contábeis aplicáveis (IFRS)”, explicou a Eletrobras.

O EBITDA passou de R$ 2,04 bilhões no 4T21 para R$ 1,42 bilhão no último trimestre de 2022, principalmente devido ao aumento da PDD, à queda da receita com transmissão e às despesas não recorrentes do plano de demissão voluntária (PDV), no valor de R$ 1,62 bilhões. Ao todo, 2.494 funcionários aderiram ao PDV, cujo custo total foi de R$ 1,2 bilhões e payback de 13 meses, segundo a Eletrobras. Até fevereiro de 2023, a companhia informou já ter desligado 1.300 colaboradores.

Excluídos os efeitos não recorrentes, o EBITDA ajustado do 4T22 totalizou R$ 4,40 bilhões, valor 10% abaixo do mesmo período de 2021. Já a margem EBITDA caiu 3,7% no 4° trimestre de 2022, passando de 19% para 16% na mesma base.

No 4T22, as despesas financeiras líquidas somaram R$ 1,68 bilhão contra R$ 732 milhões em igual período de 2021. Uma das causas do aumento do custo financeiro foram os encargos da dívida, que passaram de R$ 443 milhões para R$ 1,54 bilhão na comparação com o 4T21, com destaque para consolidação da Saesa (R$ 436 milhões). As despesas financeiras também sofreram o impacto dos empréstimos indexados ao CDI, que subiu 4,5 pontos percentuais na base anual.

Em 2022, os investimentos da Eletrobras totalizaram R$ 5,63 bilhões, sendo R$ 3,96 correspondentes a investimentos corporativos e R$ 1,67 bilhão em parcerias, com destaque para a aquisição do controle da usina Santo Antonio Energia. Segundo a companhia, os recursos foram distribuídos na geração (R$ 3,7 bilhões), transmissão (R$ 2,0 bilhões) e infraestrutura e qualidade ambiental (R$ 413 milhões).

Ao final de 2022, a Eletrobras tinha R$ 22,9 milhões em caixa + equivalentes, dívida líquida de R$ 34,8 milhões e EBITDA recorrente de R$ 17,8 bilhões no ano.

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