O nome do ex-senador Jean Paul Prates foi aprovado por unanimidade pelo conselho de administração da Petrobras como novo presidente da companhia nessa quinta-feira (26). Por enquanto, ele assume o cargo de forma interina, até que sua indicação seja efetivada na próxima Assembleia Geral Ordinária (AGO), que deverá ocorrer em abril.
Em dezembro, o presidente Lula já havia anunciado o seu nome como escolhido para presidir a estatal. Mesmo antes da transição, pessoas próximas ao governo já o apontavam como favorito para o cargo.
Na quarta-feira (25), Prates renunciou ao seu mandato de senador, horas antes da reunião do conselho de administração da companhia. De acordo com as regras da Petrobras, antes de assumir definitivamente o cargo, o novo dirigente deve ter aprovação para se tornar membro do conselho. Logo após, passa a ser presidente interino da empresa até que se realize uma AGO, que ceve ser convocada com, pelo menos, um mês de antecedência.
Quem é Jean Paul Prates?
O novo presidente da Petrobras é economista e advogado, com mestrados em Petróleo e Gás e em Economia de Petróleo e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo e em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia.
Ao todo, Prates acumula experiência de mais de 25 anos nas áreas de petróleo, gás natural, biocombustíveis e energia renovável. No setor de petróleo, fez parte da assessoria jurídica da Braspetro no final dos anos 1980, para, anos depois, fundar a primeira consultoria do Brasil especializada em petróleo, na década de 90. Sua atuação no segmento contempla ainda trabalhos na regulação dos setores de petróleo & gás, infraestrutura e biocombustíveis nos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula.
Jean Paul Prates também foi Secretário de Estado de Energia do Rio Grande do Norte, estado no qual reside desde 2005 e pelo qual assumiu a cadeira de senador, em 2019. Nesse cargo, chegou a exercer a vice-presidência da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e da Frente em Defesa da Petrobras.
A importância da transição energética
Integrante da equipe de transição do governo Lula, Prates levantou diversas informações sobre o setor de petróleo a pedido do presidente eleito. Mesmo antes da confirmação de seu nome, já sinalizava sobre o desejo de transformar a Petrobras em uma empresa que atue fortemente na transição energética, mas sem perder o foco na produção de óleo e gás.
“Queremos que a Petrobras cresça e que o Brasil cresça junto com ela. A Petrobras tem um efeito multiplicador na economia brasileira. A indústria do petróleo deve ser locomotiva do desenvolvimento do Brasil”, afirmou Prates em seu primeiro pronunciamento como presidente da estatal.
De acordo com Prates, o Brasil passa por grandes mudanças e precisa se alinhar as transformações energética, social, digital e ambiental que atingem o mundo todo. Nesse sentido, destacou o potencial da Petrobras ocupa como importante impulsionadora da transição energética nacional.
“Trabalharemos para que a Petrobras siga sua jornada na indústria de petróleo e gás. Mas trilhe novos caminhos, perseguindo a descarbonização e acelerando a diversificação rentável e a transição energética justa”, disse.
