O Nubank está em transformação, novamente! E isso tem atraído os olhos atentos de um dos maiores investidores do mundo: o japonês Softbank, que atualmente já é um dos maiores investidores do banco digital. A companhia japonesa, conhecida por seus grandes investimentos em empresas como Alibaba, Uber e WeWork, comprou 22 milhões de ações da companhia brasileira.
Para isso, o Softbank pagou US$ 82,3 milhões nessas ações, um custo médio de US$ 3,74 por ação. As ações fecharam a US$ 4,68 na sessão da segunda-feira (15), logo antes da divulgação do resultado. O neobank fintech nacional é uma das apostas para a japonesa, que recentemente registrou um prejuízo de R$ 122 bilhões em seu fundo – e liquidou sua participação na Uber, além de reduzir fortemente a exposição em Alibaba.
A companhia anunciou uma reestruturação organizacional, com uma mudança de comando. Chama a atenção, porém, os resultados da empresa, divulgados nesta segunda após o fechamento do mercado. “Estamos anunciando talvez o melhor trimestre da nossa história”, afirmou Vélez, destacando que a empresa é a maior emissora de cartão de crédito no Brasil, México e Colômbia – os três países em que a empresa atua. “Houve um avanço em todas as nossas métricas, com crescimento na base de clientes, nos três países onde estamos”, completou o fundador.
Mesmo com o melhor resultado da sua breve história, a empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 29,9 milhões nos três meses terminados em julho – praticamente o dobro do que havia sido visto um ano antes. O resultado ajustado, por sua vez, é um lucro de US$ 17 milhões. As ações subiram mais de 10% no after-market da bolsa americana, e a tendência é que os BDRs acompanhem esse movimento – na manhã desta terça, sobem 12,69% para R$ 4,44.
No mercado brasileiro, que é o mais consolidado para a empresa, a companhia teve lucro líquido contábil de US$ 13 milhões no primeiro semestre, marcando assim a sua “virada” para a rentabilidade. A companhia continua focando em seu expressivo crescimento de base de clientes, atingindo mais de 65,3 milhões de pessoas nos três países de atuação – crescimento de 57% nos últimos meses.
O Nubank chegou a ser o banco brasileiro com maior valor de mercado na época da sua abertura de capital, mas a queda subsequente das ações fez com que Itaú Unibanco e Bradesco retomassem seus postos. A tese desses três players é completamente diferente: enquanto o Nubank é um case de crescimento (e para isso a eficiência acaba sendo posta de lado), Itaú e Bradesco são bancos consolidados e muito bem geridos, ganhando cada vez mais eficiência.
Para se ter uma ideia, enquanto o Nubank teve um prejuízo de US$ 29,9 milhões no trimestre, o Bradesco lucrou R$ 7,04 bilhões (cerca de US$ 1,37 bilhão no câmbio desta terça) e o Itaú teve ganhos de R$ 7,68 bilhões no mesmo período (cerca de US$ 1,50 bilhão). Ou seja, são comparações muito distintas. O Brasil tem diversas outras opções de bancos, de varejo ou de nicho, listado em bolsa e você pode acompanhar e descobrir quais são boas oportunidades de investimento através do nosso guia de ações gratuito – para baixar é só clicar aqui. Talvez você encontre uma alternativa melhor do que aquela que o Softbank encontrou!
