Petrobras (PETR3; PETR4) lucra R$ 38,1 bilhões no 1T23, acima do esperado

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Imagem mostra instalações da Petrobras (PETR4)
Imagem mostra instalações da Petrobras (PETR4)

Mesmo com lucro menor, os resultados da Petrobras (PETR3; PETR4) vieram acima das expectativas do mercado. A companhia fechou o 1° trimestre de 2023 (1T23) com lucro líquido recorrente de R$ 38,15 bilhões, queda de 14,4% no comparativo anual, enquanto analistas ouvidos pela Bloomberg projetavam lucro líquido de R$ 27,9 bilhões para o período.

“Os resultados financeiros refletem o excelente desempenho operacional da companhia. O pré-sal continua a ser o centro das nossas receitas e da geração de caixa, respondendo hoje por 77% da nossa produção total. Em fevereiro, o pré-sal bateu novo recorde mensal de produção, com 2,13 milhões de barris de óleo equivalente (boe) por dia – fruto da alta produtividade dos poços e beneficiados pela aplicação das mais modernas tecnologias que combinam alta eficiência e baixa intensidade de carbono. Estamos produzindo cada vez mais, com uma produção cada vez mais
eficiente e com menos emissões”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, no relatório de resultados divulgado na noite desta quinta-feira (11).

A receita líquida do 1T23 atingiu R$ 139,06 bilhões, queda de 12,3% frente ao acumulado de janeiro a março de 2022. Segundo a PETR3, um dos principais motivos para a piora do indicador foi a desvalorização do petróleo tipo brent no período. Outros fatores que puxaram a receita para baixo foram a queda dos derivados no mercado interno (demanda menor por diesel e gasolina), queda nas receitas de GLP (sazonalidade e concorrência) e menor receita de GLP. Em contrapartida, o maior volume de vendas de petróleo para a Acelen fez a receita com a commodity crescer 4%, apesar da queda do brent.

O EBITDA ajustado do período foi de R$ 72,49 bilhões, um recuo de 6,7% na comparação com igual período de 2022 e praticamente em linha com o trimestre imediatamente anterior. Segundo a Petrobras, esse é o 4° maior EBITDA recorrente de sua história.

De janeiro a março de 2023, a PETR3 apresentou resultado financeiro negativo de R$ 3,2 bilhões, contra receitas financeiras líquidas de R$ 2,98 bilhões no 1T22 e de R$ 1,49 bilhão no último trimestre do ano passado. De acordo com o relatório de resultados, tiveram impacto sobre as perdas financeiras do último trimestre as maiores despesas com arrendamentos e atualizações financeiras de provisões. Além disso, a receita com variação cambial foi menor no 1T23, somando R$ 4,17 bilhões ante R$ 12,53 bilhões no 1T22 e R$ 5,35 bilhões no trimestre anterior.

Além da desvalorização do brent, o lucro líquido menor no 1T23 se deve ao aumento de R$ 2,9 bilhões na despesa com Imposto de Renda. Segundo a Petrobras, a ausência de créditos tributários contabilizados no último tri/2022 justificam o aumento do imposto.

Ao final de março de 2023, o caixa e equivalentes somavam R$ 52,3 bilhões. Já os recursos gerados pela operação totalizaram R$ 53,8 bilhões, e o fluxo de caixa livre positivo, R$ 42,1 bilhões. A companhia informou que essa geração de caixa, junto de recursos provenientes de desinvestimentos, foram utilizados para remunerar acionistas, realizar investimentos, amortizar arrendamentos e antecipar a quitação de dívidas. Ao todo, esses desembolsos somaram R$ 48,5 bilhões.

A dívida bruta totalizou US$ 53,3 bilhões ao término do 1T23, praticamente em linha com o final de 2022. O prazo médio da dívida ficou em 12 anos e o custo médio foi de 6,5%, ambos em linha com os registrados em 31/12/2022.

A relação dívida bruta/EBITDA ajustado, foi de 0,82x em 31/03/2023. Por sua vez, , a dívida líquida atingiu US$ 37,6 bilhões, queda de 9,5% em comparação com o final de 2022.

Dividendo bilionário à vista

Horas antes da divulgação dos resultados do 1T23, a PETR3 anunciou a aprovação do pagamento de dividendos superiores a R$ 24,65 bilhões, o que representa R$ 1,893577 por ação.

Segundo a Petrobras, a sua política de remuneração prevê distribuição de 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos em imobilizado e intangível se a dívida bruta não passar de US$ 65 bilhões.

O pagamento dos dividendos será realizado em duas parcelas, nos dias 18 de agosto e 20 de setembro de 2023. A partir de 13 de junho, as ações da Petrobras serão negociadas ex-dividendos na B3 e em Nova York.

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