Você sabe como calcular o preço médio das ações?

Tempo de leitura: 4 minutos

Imagem mostra investidor calculando o preço médio das ações
Imagem mostra investidor calculando o preço médio das ações

Normalmente, quem investe na bolsa costuma comprar ações de uma mesma empresa em diferentes momentos ao longo do tempo. A cada compra, os preços dos títulos sofrem oscilações para mais ou para menos, que podem ser de apenas centavos ou de valores expressivos. Por isso, para saber a média que o investidor pagou por determinado título, é preciso calcular o preço médio das ações.

Muitos investidores lembram da importância dessa informação somente para avaliar a melhor hora de comprar ou vender uma ação. Porém, o preço médio é necessário na hora de fazer a declaração do Imposto de Renda, pois esse valor é solicitado pelo programa da Receita Federal.

Neste conteúdo, mostraremos como calcular o preço médio das ações e como você pode utilizar essa informação também como uma estratégia de investimento. Portanto, se você está em busca de mais conhecimento para rentabilizar a sua carteira, continue a leitura a seguir!

Como encontrar o preço médio das ações?

Primeiramente, você precisará de quatro informações básicas para calcular o preço médio de suas ações:

  • – a quantidade de títulos que você comprou em cada operação;
  • – o preço unitário da ação em cada operação;
  • – o total de ações que você possui e
  • – todos os custos dessas operações, como taxas de corretagem e emolumentos da bolsa, por exemplo.

Lembrando que, para cada transação que você realizou na bolsa, a sua corretora emite uma nota de negociação. Nesse documento, constam todas as informações sobre cada uma dessas operações. Para obtê-lo, basta acessar o home broker da corretora, sendo que algumas instituições costumam enviá-lo aos seus clientes no final do pregão ou no dia seguinte ao das negociações.

Exemplo de cálculo

Digamos que você tenha comprado um lote de ações (100 unidades) de uma empresa, no valor total de R$ 3.000. Dividindo o valor pago pela quantidade de ações, você chega ao preço unitário de R$ 30.

Após alguns meses, o preço dessas ações cai para R$ 25. Você vai em busca de informações e conclui que os títulos caíram de preço por um movimento específico do mercado, pois os fundamentos da empresa continuam sólidos. Mas dessa vez, ao invés de adquirir um lote, você decidiu comprar somente 50 unidades no mercado fracionário de ações, pagando R$ 1.250 pelos títulos.

Para facilitar o cálculo, considere que, em cada uma das operações, os custos totalizaram R$ 10.

Considerando que essas tenham sido as únicas operações feitas com esses títulos, você já tem tudo o que precisa para calcular o preço médio das ações. Acompanhe:

  • – 1° compra: 100 ações a R$ 30 cada = R$ 3.000 + 10 (custos) = R$ 3.010
  • – 2° compra: 50 ações a R$ 25 cada = R$ 1.250 + 10 (custos) = R$ 1.260
  • – ao todo, foram compradas 150 ações (100 na primeira operação + 50 na segunda)

Assim, chegamos ao seguinte preço médio: (R$ 3.010 + R$ 1.260) / 150 = R$ 28,46

Quando é preciso pagar IR sobre ações?

O pagamento de IR sobre ações vai depender dos valores que o investidor negociou ao longo do mês e do tipo de operação.

Em operações normais (fora o day trade), quando o valor total de negociação for superior a R$ 20 mil, será preciso recolher 15% de IR sobre o lucro da venda. Além disso, há retenção na fonte de 0,005% nesse caso. Se o total de negociações não alcançou o limite de R$ 20 mil, o investidor não precisará recolher o tributo.

Já para o day trade, o recolhimento do IR é obrigatório, independentemente do valor da negociação. Por exemplo, quem comprou R$ 1.000 em ações, vendeu no mesmo dia e lucrou R$ 20, pagará 20% de IR sobre essa operação. Nesse caso, a corretora que intermediou a negociação fará a retenção de 1% do lucro antes de repassá-lo ao cliente.

Na hora de pagar o DARF, o investidor deverá fazer a compensação do valor retido sobre os ganhos. Ou seja, deverá abater o 1% sobre o lucro, e então efetuar o pagamento.

A venda interfere no preço médio das ações?

Não, a venda das ações não interfere no cálculo do preço médio. E o motivo é simples: independentemente do número de ações que possa ter vendido ou do valor que recebeu, o preço que você pagou por elas continua sendo o mesmo.

No entanto, na hora de acertar as contas com o fisco, você precisará declarar ganho de capital caso tenha vendido suas ações com lucro. Daí sim o preço de venda será importante, pois ele será a base de sua tributação.

Usando o preço médio como estratégia de investimento

Ao calcularmos o preço médio das ações, conseguimos identificar a partir de que valor poderemos lucrar com a venda dos títulos.

No exemplo anterior, chegamos a um preço médio de R$ 28,46 para a carteira de ações. Ou seja, se esses títulos forem negociados a um valor acima dessa média, significa que haverá ganho para o investidor. Nesse mesmo exemplo, foi realizada uma nova compra quando o preço da ação caiu, pois os fundamentos da empresa continuavam bons.

E é justamente aí que o preço médio pode ser uma boa estratégia para a carteira. Isso porque ele pode ajudar a identificar ativos com bom potencial de valorização, mas que estejam momentaneamente mais baratos. Reforçando: não adianta nada fazer preço médio somente para comprar ações descontadas, pois se a situação da empresa estiver se deteriorando, esses títulos não irão se valorizar. Em vez disso, é preciso entender qual a situação atual da companhia, os motivos que levaram à desvalorização de suas ações e quais as chances de retomada de uma boa performance.

Por exemplo, pode ser que uma ação tenha perdido valor por causa de uma mudança na administração ou controle societário. Ou mesmo em função de um momento pontual na economia, que envolva inflação, retração do consumo, oscilações do dólar, e assim por diante. Nesse caso, quando avaliamos os indicadores financeiros da empresa e questões ligadas à macroeconomia, conseguimos entender se a empresa é forte o suficiente para superar essas turbulências, ou se isso pode comprometer os seus resultados no futuro.

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